segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Episodio 48= Sensibilidade de Viver :Adendos Finais

 Ela não tinha dormido, e saiu da cama, desceu a escada sozinha e apareceu impávida em toda a sua alturinha de criança, e disse em alto e bom som:

-Bisa! Para de machucar o Papai !Mamãe fica triste  e eu também !Pára !Só para !Tá todo mundo junto, família é isto !

Todos ficaram espantados, desatinados, surpresos, de ver aquela menininha de apenas dois anos falando daquele jeito, e mostrando para todo mundo que entendi muito bem o que estava acontecendo (e que todos tentavam esconder dela), e que havia muita inteligência e sensibilidade naquele coraçãozinho de criança.

A reunião terminara. Ninguém conseguiu ficar sem sorrir, emocionada(o)-aquelas poucas palavras eram tão sábias, tinham tanta razão, que eram incontestáveis !

Aquela seria uma noite memorável para todos !

 

Dali por diante, eles aprendiam, principalmente Lune, que não adiantava esconder nada de Rina.

Os três adultos sorrisam e os olhares se tornaram meigos e doces. Lágrimas de emoção caíam deles, ainda que Asuka fizsesse tanta forta para evitar, não o conseguia.

Os três se abraçaram, emocionados, em silêncio. Palavras não eram necessárias agora, os abraços e os olhares já expressavam tudo.

Rina também ficou emocionada e foi para o meio dos três, que a abraçaram e lhe deram beijinhos.

Então a colocaram  de pé , na frente deles, inclinaram seus torsos e disseram:

-Muito obrigado, Rina-chan !

Sapeca, a menina psicou um olho para a mãe, e, sorrindo, gritou, feliz:

-De nada !

O clima azedo acabou, Todos foram dormir felizes, especialmente Lune, que não cabia em si de tanto orgulho de sua filha !

Aquele dia não seria esquecido jamais por nenhum deles.

A sensibilidade e a inteligência de Rina já tinha despontado tão cedo, parecia até inteligente demais para uma menina da idade dela!

O que ninguém pudera adivinhar, no entanto, é que Rina vinha sofrendo com aquela briga e com o sofrimento dos pais e da bisavó dela desde que aquele clima começara, e estava remoendo aquilo tudo. Ela podia até não conseguir expressar como gostaria tudo o que sentia e como via tudo aquilo, mas ela sentia como todos se sentiam com aquilo. Ela simplesmente sentia. Tão novinha, e sozinha já aprendera a pensar sentindo !

O tempo foi passando, e Lune conseguiu alugar uma casa decente para sua Tia Futaba, e o pai de Takeo conseguiu um emprego para ela em uma loja de seu grupo de empresas e logo ela já conseguia pagar seu aluguel sozinha, sem ter de recorrer a Lune, e todos os fins de semana Lune e Rina iam visitá-la, e as vezes, Takeo também.

Agora, depois do tempo passado, já era 2016.  E Rina agora já tinha quatro anos de idade, bem mais crescida, já frequentava a escolinha.

Hayao, pai de Takoe, amava sua netinha, e sempre que dava, ou ele a ina visitar na casa dos Tamasuki,  ou eles iam visita-lo em sua mansão.

Ciente de que Asuka, aos 88 anos, tinha de ficar pedindo táxi para levar a menininha na escolinha e busca-la todos os dias, resolveu comprar um carro e empregar um motorista particular para facilitar as coisas para elas.

Um belo dia, um domingo,chegava na garagem de casa, um reluzente Nissan  Sunny (que no exterior era conhecido como Sentra), conduzido por um senhor de sessenta anos de idade , Iwao Takamoto, já meio calvo, gordinho  e simpático, de óculos e com elegante uniforme de chofer, e ele se apresentou a família Tamasuki e entregou a carde redigida de próprio punho por Hayao.

Todos ficaram muito felizes com a chegada dele, que passou, a partir do dia seguinte, a levar Asuka e Rina para onde precisassem.

Hayao fora tão generoso que construíra um quartinho, com banheiro, saleta e cozinha, para o motorista, no quintal da casa dos Tamasuki, com a aprovação do casal.

Avida ia ficando melhor para aquela pequena, mas unida família!

 

(Por Continuar)

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