Então, o tempo, como sempre, passou.
Aos quatro meses, foi feito o ultrassom e foi confirmado que era mesmo uma menina. Todos ficaram em festa, mas quem mais vibrou foi Rina, ansiosa pelo nascimento da irmãzinha, fazendo mil planos infantis mirabolantes.
Os enjoos de Lune já tinham terminado e a barriga estava crescendo a olhos vistos.
Tohru continuava trabalhando para eles, dedicada como sempre, estava se saindo excelente babá.
Lune estava de licença maternidade, e Takeo começava agora seu período de licença paternidade.
E Rina continuava crescendo e se desenvolvendo.
Afinal, agora já era Maio de 2018, era Primavera, e naquele dia ensolarado e agradável, Lune levou Rina e Tohru para passearem nos Jardins do Castelo de Osaka, para ver a florada das cerejeiras.
Rina ficava encantada com as pétalas rosadas voando leves com o vento e deitava e rolava nos montes de flores caídas nos gramados.
-Filha, olha a placa: Proibido pisar na grama !Aí não pode !
-Ah, manhêee !Está tão gostoso aqui, adoro o perfume das flores!
-Venha conosco aqui no passeio, senão o guarda te pega, viu?
Rina viu, á distância, um policial de costas para ela e ficou com medo.
Ela saiu correndo e deu as mãos ‘a mãe e ‘a babá.
Isto acalmou o semblante de Lune, satisfeita com a obediência da filha.
-Mamãe, eu quero cachorro quente ! Estou com fome!
-Rina-san, aqui não é shopping para ter estas guloseimas. É um ícone cultural e...
-Eu vou procurar um !
E Rina largou da mão das duas e disparou correndo pelas alamedas.
-Rina-chan !Volta aqui ! Rina-chaaaaan !
Lune entrou em desepero. Com gravidez avançada, não poderia sair correndo atrás da filha.
-Eu vou atrás dela, Lune-sama. Por favor, sente-se neste banquinho, vou procurar por ela !
Disse Tohru, também aflita.
A garota saiu correndo atrás da menininha, que no entanto, já tinha larga vantagem a frente.
Ela foi até um policial, explicou a situação, e ele acionou os demais policiais do Jardim, que começaram a vasculhar a área atrás de Rina.
Ela foi junto com o policial e a busca começou. Uma policial feminina foi até Lune e procurou acalmá-la , conversar com ela, dizendo para ela não se preocupar, que os policiais achariam a menininha e a trariam de volta para ela.
Porém, o que não era sabido era que Rina ficara muito impressionada com Lune ter falado que o policial iria pegá-la.
Perdida, medrosa, insegura, ela começou a achar que os policiais eram malvados e queriam pegá-la , sabe-se lá com quais intenções.
Então, a cada vez que ela via um policial, ela fugia dele e se escondia onde pudesse.
Lune ligou para Takeo e para o pai dela, e os dois correram para lá, para ajuda-la a procurar a menina.
Até um helicóptero da polícia foi utilizado para tentar localizar a menina no parque, e ela estava aterrorizada!
E profundamente preocupada, se sentindo culpada.
Imaginava a dor e a preocupação de Lune com ela, o quanto deveria estar nervosa, e, pior , grávida... Rina começou a temer até que a mãe dela perdesse o bebê e a culpasse...
Ela desandou a chorar aos cântaros. Não sabia mais o que fazer.
Tremia de nervosa e de pãnico.
Foi então que deu de cara com uma senhora de idade, que tranquilamente dava milho aos pombos.
Rina foi espavorida direto para ela, espantando as aves.
-O que aconteceu, menina?
Disse a simpática senhorinha, com olhar doce e meigo, encantada pela graciosidade da menina.
-Eu me perdi da minha mãe e da minha babá !Não consigo encontra-las ! Minha mãe deve estar muito brava comigo, mas muito triste e preocupada comigo também, a polícia está atrás de mim, eu não sei o que fazer !
E Rina abraçou a velhinha, e, soluçando, explodiu num choro convulso.
-Ah, mas você é tão jovem, tão pequena, para carregar todo o peso do mundo em seus ombrinhos...
-E...se a polícia me pegar? E se a polícia me prender?
-Minha doçura, a polícia só quer te entregar de volta para sua mãe...como você se chama?
-Rina Tamasuki...
-Rina-chan, que lindo nome...você lembra minha neta quando era da sua idade...calma, olha, eu vou te ajudar a encontrar a sua mãe, tudo bem?Pode confiar em mim !
(Por Continuar)
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