quinta-feira, 18 de abril de 2019

Episódio 88- Sensibilidade de Viver: Gestação !



Finalmente, era a hora que Lune mais gostava: a sobremesa !
A torta de maçãs que Takeo comprara era enorme: um quilo e meio.
Ele serviu um pedaço para cada um.
Mas para seu espanto, em segundos ela acabou com seu pedaço, e foi pegando seguidamente, pedaço após pedaço, e a torta foi desaparecendo!
Takeo mal conseguira comer dois pedaços !
Quando ele se deu por si, ela tinha devorado uma torta quase inteira sozinha !
-Lune-san !
-O que foi, querido?
-Você comeu uma torta de um quilo e meio praticamente sozinha !
-Ué, sozinha não, eu e a Rina, não é, Rina-chan?
-Bem, muito açúcar pode fazer mal para nossa bebê...não precisa exagerar...
-Se você vai ficar me dando bronca, eu vou me levantar!Incompreensivo !Papai chato, não é, Rina-chan?Não podemos nem comer em paz...
Foi só quando foi se levantar da cadeira, porém, que Lune percebeu como o estõmago dela estava pesado de tanto comer !
Ela levantou-se em um ímpeto, mas o peso foi maior do que os braços suportavam, e as pernas bambearam e falharam, mas ela já tinha afastado a cadeira ao se levantar, e uma queda perigosa era iminente !
-Aaaaaaah !
Lune gritou, repentinamente, tomada da consciência de que iria cair com a barriga no chão, correndo risco de perder sua bebê!
Sua reação instintiva imediata foi colocar os braços na frente da barriga.
Felizmente, Takeo percebeu rápido, correu e a aparou em seus braços antes que a barriga dela tocasse o chão.
Com muito esforço e uma bela dor nas costas e pernas doloridas com o esforço, ele a aprumou em pé de novo e a apoiou.
-Está salva !
-Obrigada, Takeo-kun...levei um susto tremendo agora...
-De nada, amor, vou te levar para nosso quarto para você se deitar e fazer a digestão.Vamos lá !
E assim foi feito. Takeo a ajudou a colocar uma camisola bem esvoaçante e folgada, e ele a deitou na cama com delicadeza.
Não demorou, Sartre foi dormir ao seu lado, no travesseiro de Takeo.
Este, ficou a lavar a louça e depois foi para o computador, com  Simone enpiriquitada em seu colo, lhe fazendo companhia.
Neste meio tempo, Lune tinha dificuldades para pegar no sono.
A respiração estava difícil, e ter comido demais dificultava ainda mais as coisas.
Até para se virar de um lado para outro estava difícil, e ela começava a não ver a hora de ter o parto logo.
Ficava pensativa, preocupada:
Qual seria o melhor parto para ela: natural ou cesariana?Mas não seria sua médica quem iria decidir?
Desde que sua gravidez fora confirmada, que Lune se recusava a ser atendida por médicos homens, e escolhera sua médica obstetra a dedo:queria uma mulher fazendo seu parto, pois tinha medo de certas práticas médicas masculinas, e não queria que homens desconhecidos vissem seu íntimo mais íntimo tão intimamente.
Ela achou que uma médica, semdo mulher, se identificassem mais e melhor com a situação dela na hora de fazer o parto e que seria mais humana e sensível.
Ela já conversara com  sua obstetra, a Dra. Horie , e tivera boa impressão dela, embora a tenha achado um pouco fria e severa.A doutora a aconselhara ao parto natural, a não ser que, próxima da hora do parto, Rina se virasse para uma posição perigosa ou que dificultasse o parto. Também revelou a preocupação de evitar que o cordão umbilical se enrolasse em volta do pescoço da beb~e na hora do parto.
A preocupação maior de Lune era com a dor, no entanto.
Ela sabia que o parto natural seria muito mais doloroso, apesar de que a Dra. Horie lhe assegurara insistentenmente de que o parto moderno, com a mais alta tecnologia, já não era mais tão doloroso assim.
De qualquer forma, pensando de cá, pensando de lá, pesando prós e contras de um parto ou outro, Lune por fim conseguiu adormecer...

(Por Continuar)

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