domingo, 10 de novembro de 2019

Episódio 21-Sensibilidade de Viver:Adendos Finais




-Quer que eu olhe numa agência de domésticas?
-Não confio !
-E se a deixarmos com seus pais?
-Eles estão muito velhos, minha mãe está doente, e não quero dar trabalho para eles...
-Mas talvez sua mãe conheça alguém de confiança...
-Aí ela vai querer tomar conta dela, não dá...
-Ih, então complicou, não sei como fazer....
Nisto, o telefone fixo tocou. Lune logo o atendeu:
-Alô, quem é?
-Sua avó, minha netinha querida !
-Vovó !Quanto tempo !Saudades da senhora !
-Como você está?
Lune contou a ela todas as novidades desde que a viu pela última vez , inclusive sobre o problema da babá.
-Seu problema está resolvido então, netinha !
-Mas, vovó, a senhora é...
-Muito velha? Não quer me dar trabalho? Oras, não diga bobagens ! Eu criei sua mãe, tomei conta de você, seus irmãos, como não poderia tomar conta de mais uma geração?
-Mas vovó, sua saúde...
-Está excelente, menina !Olha aqui, não aceito não como resposta! Amanhã mesmo estarei aí ! E quero que você vá me buscar na Estação Ferroviária !E traga a Rina-chan com você, é uma ordem !
Lune não teve como recusar. Não era bem o que ela queria, mas teria de ser assim.
-Era a Asuka-san?
-Sim, querido...ela vem para cá amanhã  para tomar conta da Rina-chan para nós...ah, quando vamos ter intimidade de novo?
-Ela é a bisavó, querida, tem este direito. E ela está aposentada, quer se sentir útil, entendo a ela. Quanto a nossa intimidade, ela terá o quarto dela, e não vai ficar querendo entrar, teremos as noites para isto...
-Se não estivermos tão cansados que nem sexo tenhamos força para fazer...mas paciência, agora se tornou inevitável, mas não sei até quando ela poderá continuar aqui conosco. Afinal, a Rina-chan não precisará de babá só enquanto for bebê. Até ela aprender a se virar sozinha em casa e poder andar sozinha na rua, vão se passar uns quatorze anos, e nem sei se a vovó vai chegar a durar tanto...
-Ao menos nos dará tempo de encontrar uma pessoa mais jovem para tomar conta dela. Aliás, achei sua estimativa um tanto conservadora para uma pessoa tão esquerdista como você...
-A ambiguidade faz parte da essência de se ser um Ser Humano, Takeo-kun...sou muito esquerdista em muitos aspectos, mas conservadora em alguns outros...mas ei, olha quem está falando?Você é tão esquerdista quanto eu !
-É, é verdade, agora você me pegou querida...mas não me lembro desta frase em nenhum filósofo que conheço...
-Claro que não, é frase minha,  direitos autorais exclusivos e garantidos !
Disse Lune, divertida, com um sorrisinho após falar.
-Ah, você é mesmo encantadora, mais ainda quando sorri com estes lábios tentadores e sedutores, com toda esta graça, minha querida...
-Ahn...Takeo...
O casal se abraçou e se envolveu em um longo e carinhoso beijo na boca.
Logo após:
-Já para a cama, meu marido !Vamos aproveitar que as duas estão ocupadas e a nossa filha está dormindo !
-Seu desejo... é uma ordem, senhorita esposa !
E os dois subiram correndo e entraram no quarto do casal.
Lune imediatamente se desnudou completamente, com Takeo fazendo a mesma coisa em seguida, e depois o casal se abraçou forte, se beijaram de novo, e logo estavam deitados na cama, transando.
Fazia muito tempo que estavam sem sexo, e desta vez, Lune estava tão necessitada e com tanta vontade de sexo quanto Takeo.
Infelizmente, porém, não iria durar muito. Apenas quarenta e cinco minutos depois, escutaram o choro de Rina e Lune colocou um roupão, ainda com cheiro forte de sexo e pingando fluidos sexuais masculinos e femininos e deixando um rastro malcheiroso deles atrás de si, e foi correndo ir ver o que estava acontecendo com a filha.
Era fome, e Lune lavou as mãos na pia do banheiro do quarto de Rina e a levou nos braços para a cozinha, onde a colocou na cadeirinha e preparou uma mamadeira e abriu um potinho de papinha.
E estava torcendo absurdamente para nem Ruri nem Rena aparecerem e a virem assim.
Takeo aproveitou para tomar um banho rápido, se trocou e olhou no corredor. As portas dos quartos de Ruri e Rena continuavam fechadas.
Ele sabia que , se ele fosse na cozinha, já que nem a esposa nem a filha estavam mais no quarto de Rina, Lune levaria susto, então resolveu ficar no quarto dos computadores, de porta aberta, para, caso as duas saíssem dos quartos, distraí-las e dar tempo de Lune retornar ao quarto dela.

(Por Continuar)

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