Mal Lune fechou a porta da sala, o telefone
celular dela tocou.
-Alô, quem é?
-Oi, onee-san ! É a Ruri !
-Ruri-nee-san !Oi, quanto tempo !
-Onee-san, preciso falar como você !
-O que foi?Parece ter um tom de ansiedade em sua
voz...
-Eu me separei do Soichiro !Divórcio ! E fiquei
sozinha com minha filha para criar !
-Puxa vida, Onee-chan, como foi acontecer uma
coisa destas?
-Depois te conto, agora preciso de ajuda urgente
!
-Então fala, onee-chan!
-Perdi minha casa para o banco e estou
completamente sem dinheiro, e vou ser despejada amanhã e não tenho para onde
ir, estou desesperada ! Veja com a mamãe se ela pode me hospedar com ela até eu
arrumar minha vida !
-A mamãe e o papai se mudaram para o nosso
apartamento e nósmudamos para a casa deles! Olha,faz o seguinte: vocêficará
hospedada conosco quanto tempo você precisar ! Vou mandar o Takeo ir te buscar
de carro agora mesmo ! Me passa seu endereço, por favor !
Ruri agradeceu e forneceu o endereço para ela, e
Lune o anotou.
-Querido, vá buscar sua cunhada e sua sobrinha
agora mesmo ! Está aqui o endereço!
-Tudo bem !Lá vou eu , então !
Enquanto Takeo descia pelo elevador parapegar
suaMercedes Classe E para ir busca-las, Lune refletia consigo mesmasobre sua
decisão:
Fora uma decisão impetuosa , sem medir as consequências,
mas ditada também por seu dó da situação de sua irmã.E ela pensava assim por que ela lembrava que Takeo e Ruri
já namoraram entre si antes, e que ele a traiu há anos justo com sua própria
irmã.Ela estava insegura, com medo de que Takeo se envolvesse com ela
novamente, ainda mais que Ruri estava psicologicamente fragilizada e insegura,
e ficava se perguntando se fora uma boa idéia. Mas, pensava ela por outro lado:
não havia outro jeito, os pais delas já não estavam mais em condições de lidar
com uma situação destas sadiamente, e por outro lado, o apartamento deles era
pequeno e não teria condições de abrir adequadamente Ruri e Rena, a filha dela.
No entanto, Lune também se lembrou em seguida de
que Rena nunca gostou dela desde bebê e que agora era uma criança de 3 anos e meio, já deixara as fraldas e já falava- e
se a antipatia de Rena para com Lune ainda continuasse viva? E se a antipatia
de Rena se estendesse para Rina?
Tudo isto teria de ser levado em consideração,
mas agora, de qualquer forma não tinha mais jeito: Takeo dali há pouco já
voltaria com sua irmã e sua sobrinha, e ela não poderia mais “desconvidar” as duas
de jeito nenhum.
Entretanto, ao menos ela teria mais companhia para
conversar, e já seriam duas crianças em casa, embora de idades e fases da vida
bem diferentes.
Lune resolveu parar com tantas elocubrações e
tratar de ir arrumar o quarto de hóspedes para as duas.
Deu o que fazer, pois constantemente tinha de
parar para amamentar ou ninar Rina, que passava a impressão para Lune que
alguma coisa estava para acontecer.
Enquanto isto, no Carro de Takeo:
-Eu não quero ir para a casada Tia Lune !Não
quero !Não quero !Buáaaaaa !
-Mas, filha, não tem jeito, vamos precisar ficar
lá por um tempo, depois que a nossa situação se resolver a gente arranja uma
nova casa para a gente...
-Não quero, não quero, Tia Lune é uma chata!
-Rena-chan, não
chora não, olha, lá em casa vai ser superlegal, tem dois gatos lindos ,
muita comida gostosa, e vai ter uma televisão só para você !
-Cala a boca, você não é meu pai ! E eu odeio
gatos !
-Filha, que falta de educação é esta !Peça
desculpas ao Tio Takeo agora !
Takeo pensou consigo: “-Ainda bem que já estamos
chegando...”
(Por Continuar)
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