Poesia: Ressentimentos

 

Ressentimentos

Ressentimentos,

Re-sentimentos;

Sentimentos novamente sentidos,

Emoções que adquirem sentidos,

Re-significados,

Re-sentidos,

Sensibilizados sentimentos

Por novas sensações acalorados,

Se é para ressentir,

Que se sinta de novo e de novo,

Que se descubra novos sentidos

Ao que não precisa ter sentido,

O que não precisa de palavras,

Que precisa ser expresso,

No coração e na Alma,

Impresso !

 

Que precisa ser transmitido,

Urge, urge,

Eis que ruge,

Vulcão em exasperante erupção,

Sangue da Essência em ebulição,

Sentindo e sentindo,

Penitência?

Não !

Absolvição!

 

Pois re-sentir é libertador,

Re-significar é libertário,

Sentir por dentro é revolucionário,

A dor de se conhecer é a alegria de entender

A imagem no Espelho do Ego não é tão feia afinal,

Descobrir-se como nunca se viu antes,

A revelação de que mudou e se perguntar,

-Que tal?

 

Se sentir gratificado como nunca dantes,

Vida nova além e adiante !

Emocional em plena evolução,

Acalenta o Coração,

Embala a alma em um tranquilo ninar;

 

Sentir de novo,

Mais uma vez,

Numa diferente sensação,

Outro ângulo de visão,

Não precisa Razão,

Pura Reação,

Não precisa fazer sentido;

 

Basta aos olhos e 'as mãos para expressar,

A satisfação da consciência da sensibilidade,

Deixando-a dominar;

 

Re-sentindo,

Re-fazendo,

Re-significando,

Re-alinhando,

Re-sonhando,

Com a humildade do Re-início,

A Felicidade realizar !

 

FIM

 

Cristiano Camargo