ADMIRER VOYAGES: PEREGRINE
O ano é 2312, ou seja, cinco anos antes das
aventuras da Capitã Dina Russel Janessey na KSS Admirer, junto com a Capitã
Valéria Soleil, com sua KSS Exploiter.
Naquele ano, a
Capitã Soleil acabava de ser comissionada ‘a nave anterior que ela comando
antes da KSS Exploiter, a KSS Peregrine -C, uma fragata pesada classe Powerhawk,
bem menor, com apenas 300 m de comprimento (contra 504 m da Exploiter),aqui
vocês conhecerão as aventuras da louríssima Capitã Soleil e sua tripulação
inteiramente feminina a bordo da KSS Peregrine !
Episódio
1
A fragata média classe Solitaire, KSS Phaesant
-T, sob o comando da Capitã Valéria Soleil, acabava de chegar na Estação
Sideral 144, na região da Galáxia N21,
onde o planeta classe M colonizado por
humanos mais próximo era o Planeta
Pleasure, distante apenas um décimo de ano luz dali.
Ela recebera a notícia de que acabara de ser
promovida a Capitã de Fragata Pesada, e que ela e sua tripulação tinham sido
comissionadas para a então nova KSS Peregrine-C, que esperava por ela na
Estação.A nova nave não era tão comprida quanto a nova (315 m), mas era bem
maior em volume interno e tinha duas nacelles ao invés de uma só.Era 50% mais veloz,
e bem melhor armada, com escudos defletores melhores, e parte eletrônica e
computacional muito mais modernas.
Assim que a tripulação desembarcou na Estação,
Soleil dirigiu-se ao gabinete do Almirante de Base Barrington, receber seu novo
comissionamento oficial.
-Capitã Valéria Soleil, da KSS Phaesant- T,
apresentando-se, senhor !
-Sejas benvinda, Capitã !Por favor sente-se
!Então, muito bem, a Almirante Suzana Hagen falou muito bem de você e
recomendou a sua promoção !
-Fico muito feliz em saber, senhor ! A Almirante
é muito generosa!
-Você mereceu, minha jovem, ela se lembrou do
tempo em que você serviu como Imediata dela na KSS BraveHeart- D !
-Sim, na época ela era Capitã, ainda, de Cruzador
leve classe Glorious.
-Exatamente, e hoje ela é Almirante de uma nave tipo Encouraçado Leve Classe Titania ! Bom, mas vamos voltar a falar de sua promoção. Julguei seu
caso e sua carreira, e concedi a você o título de Capitã de Fragata Pesada, e
como recentemente a KSS Peregrine-C foi comissionada e ainda está sem
tripulação, você e sua tripulação foram designadas para esta linda nave Classe Powerhawk,
é novinha em folha e de projeto recente, bem moderna!
-Muito obrigada, Comodoro !
-De nada, imagine...
O Comodoro tirou de uma gaveta o broche de
identificação de classe de nave, dourado, e um galote a mais, que Valéria
colocou respectivamente no peito e na gola.Estes acessórios agora a identificavam
como Capitã de Fragata Pesada, conferindo-lhe um status de hierarquia e social
um grau maior.
-Meus parabéns , Capitã Soleil, e muito boa sorte
em suas missões e sua carreira !Dispensada !
Uma vez cumprida esta formalidade, Valéria foi primeiro
para sua antiga nave, onde foi pegar seus pertences pessoais.
A antiga nave estava já vazia.Neste tipo de nave,
já que não tinha um corpo principal, o finger se atracava no “pescoço” e logo
na câmara de embarque/desembarque, minúscula, já havia a porta do elevador,
onde ela entrou para subir para o disco, que era mal aproveitado, já que o
centro dele era ocupado pela engenharia e seu motor /gerador ZARP e respectivo reator, e boa parte dele logo
atrás era ocupado pelo núcleo do computador central. Em volta desta praça de
máquinas é que ficava o corredor
circular, que dava acesso ‘as demais dependências da nave.
Na Classe Solitaire, as acomodações do Capitão
ficavam um andar abaixo da Ponte de Comando, e não havia um escritório
dedicado: quarto e escritório se
espremiam no mesmo cômodo apertado de cinco por quatro metros. O que ainda era
um luxo, pois as acomodações dos demais tripulantes, Imediato incluso, mediam
três metros por dois.A própria Ponte era minúscula e seis oficiais ficavam
espremidos ali, mas tinham espaço para circular.E se quisessem um banheiro,
teriam de descer um deque. Elevador também só tinha um, se quebrasse, teriam de
subir e descer de escadas, e as acomodações e acabamento dos cômodos da nave
era de nível miserável. Quase não havia opção de lazer, os sensores,
computadores e sistemas eram antigos, arcaicos, ultrapassados, inclusive o
alcance dos sensores não ia além de um milhão de quilômetros, ou seja, se a
nave estivesse na Terra, não conseguiria detectar sequer se haveria alguma coisa em Saturno. E
as armas eram de geração antigas, fracas e poucas. Isto sem falar que a nave
era lenta e pouco manobrável, e muito pouco protegida, com escudos defletores
arcaicos e fracos.
E Valéria estava cansada de tanta precariedade e
desconforto, cheia de esperança de que a nova nave fosse muito melhor, apesar
de quinze metros menor no comprimento total, porém, com um disco muito maior.
Assim, não havia saudades ao levar consigo a mala
antigravitacional lotada de suas quinquilharias.
Ela saiu enfim da nave e nem olhou para trás, foi
até o ponto de atracação de sua nova nave, onde entrou no finger e entrou na
Peregrine, onde, sentindo o irresistível cheirinho de nave nova, exclamou para
si mesma:
-Agora sim !Isto sim é uma nave de verdade !
(Por Continuar)
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