-É,
esta não seria uma má idéia, mas quem?E por quanto?Contratar uma iria sair uma
fortuna!
-Bom,
acho que minha mãe poderá nos ajudar!Espere um pouco, vou ligar para ela !
Takeo
pegou seu celular, e ligou para a sogra de Lune, e explicou a situação.
-Entendi,
filho. Olha a Tana-san, uma de minhas empregadas, cuidou super bem da
Megumi-chan quando ela estava grávida. Ela é jovenzinha, mas já bastante experiente
para cuidar de grávidas !
-Mas
ficaria muito caro para eu contratar, mãe...
-Não
se preocupe com isto, filho, ela já trabalha para mim e eu darei um bônus extra
para ela ir trabalhar com vocês aí.Quando começa a licença da Lune-san?
-Depois
de amanhã...
-Então,
depois de amanhã ela estará aí na casa de vocês, bem cedido, e irei com ela,
para explicar tudo direitinho !
-Muito
obrigado, mãe, e desculpe incomodá-la...
-Imagine,
filho ! Até lá então, boa noite e um beijão para você !
Takeo
logo se despediu de Motoko e desligou o telefone, e depois contou os resultados
para Lune.
-Espero
conseguir me dar bem com esta tal Tana , espero que não me dê trabalho...eu
simplesmente não sou acostumada a ser patroa, mandar...
-Ué,
mas você não comanda uma equipe no seu trabalho, bem?
-Sim,
mas é algo muito democrático, muito horizontal...
-Vocês
trabalham deitadas?
Riu-se
Takeo, divertido.
-Engraçadinho,
nem merece resposta !Pervertido !Ninguém é lésbica ali não !
-Desculpe...
-Vê
como ele é, Sartre-chan?Ele só pensa nestas coisas o dia inteiro...
O
gato olhou para ela, e depois para ele. Takeo podia jurar que o olhar do gato para
ele fora de reprovação !
-Também
não exagera, amor...
-Não
exagera, é?E não te conheço por acaso?Não o taradão com quem casei?Sei,
sei...por falar nisto, senhor machão garanhão, se você tocar em um fio de
cabelo da Tana-san que seja, ou der um olhar pervertido e desejoso para ela por
um segundo que seja,nosso casamento acaba , entendeu? Você sabe bem o quanto eu
sou ciumenta e o quanto eu falo sério ! Sem falar que ela é menor de idade
também !
Takeo
empalideceu na hora:
-Claro
que não, amor, jamais tocaria nem olharia para ela, nunca !
-Acho
bom mesmo, ou você não sai deste apartamento vivo !
Takeo,
para amenizar o clima, tentou mudar de assunto:
-Amor,
sabe o que notei?Sua barriguinha já começou a crescer !
-Ah,
é, não digas !Você é tão distraído , que é sempre o último a notar !
-Bom,
não sei quanto a você, mas já estou capotando de fome!
-Ah,
então, muito bem, Takeo-kun, vá lá para a cozinha preparar nosso jantar!Agora,
pois eu também estou com uma fome de leão, e estando grávida, preciso comer por
duas !
-Sim,
senhorita !
E
lá se foi Takeo buscar os kombini no congelador e os colocar para aquecer no micro-ondas.
Não
demorou , eles jantaram e o dia seguinte chegou.
Nem
bem tinha amanhecido direito, e o interfone tocou.
Takeo
levantou correndo e foi atender, e logo voltou para o quarto:
-Elas
chegaram, querida !
E
ele tratou de se trocar correndo.
Lune
se levantou com certa dificuldade, ainda muito sonolenta, e foi se pentear e se
trocar, enquanto Takeo ia atender a porta.
-Oi,
filho, bom dia !Esta é a Tana-chan !
Tana
fez o tradicional cumprimento japonês, e Takeo respondeu com o mesmo
cumprimento.
-Por
favor, entrem, sejam bemvindas !
Tana
era uma moça magrinha, com pouquíssimo busto, quadril e nádegas estreitas e
pernas finas. Seu cabelo pintado de rosa tinha um penteado no estilo maria
chiquinhas, e seus olhos eram cinzentos.Tinha um jeitinho de ser meigo e
delicado, com gestual e trejeitos igualmente delicados e muito femininos,
parecia tão frágil que passava a impressão de que se esbarrasse em alguma coisa se estilhaçaria.
Mas era pura impressão: seu olhar determinado e obstinado era o de uma mulher
muito segura de si e que sabia muito bem o que queria.Aqueles lábios carnudos com
um sorriso que parecia tão angelical escondiam uma língua ferina e afiada, e a
voz fina e estridente disfarçava uma personalidade muito forte.A menina era um
verdadeiro baluarte de moralidade puritana em que a decência e os bons costumes
faziam parte de sua natureza de ser.
Imediatamente,
Takeo leu no olhar dela, sem que ela falasse nada:
-Me
respeite, moço !
(Por Continuar)
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