Episódio 62-Sensibilidade de Viver:Gestação

Mais uma segunda feira de trabalho se iniciava, e o apartamento fervilhava de movimento!

Lue e Takeo se arrumando apressadamente, e correndo a dar comida ao gato, e depois preparando e tomando o café da manhã e depois, cada um pegando seu carro para ir trabalhar.

Esta seria uma rotina ‘a qual Sartre, o gato, teria de se acostumar: longas manhãs e tardes sozinho, só revendo seus donos a noite.

E quando o sol dava lugar ‘a lua no céu, os dois chegavam cansados e pouco dispostos a ficar brincando com ele.

Mas, apesar disto, ambos faziam o que amavam na vida, algo meio que conformados e acostumados ‘a rotina de sempre.

Porém, os enjoos de Lune começaram a ficar mais e mais frequentes, e depois de duas semanas, Keiko  Kokonoe, sua chefe,a chamou para sua sala:

-Lune-san, te chamei para uma reunião privada comigo, por que tenho um assuntou muito importante a tratarcom você!

-Tudo bem, Keiko-sama, do que se trata?

-Lune-san,olha, eu sei que você está grávida e que está tendo enjoos praticamente todos os dias, com cada vez maior frequência e isto anda atrapalhando o rendimento de seu trabalho.

Lune empalideceu, e começou a ficar nervosa.

-Não , não é isto que você está pensando, fique tramquila, seu emrego está e continua garantido.Em qual mês já está sua gravidez?

-Ufff !Vou entrar no terceiro na semana que vem...

-Muito bem. Então, eu quero que você agora tire seis meses de licença maternidade.

-Tanto tempo assim?Mas eu posso trabalhar e...

-Lune-san, não adianta ficar trabalhando sem render, entende?Não se preocupe, quando você voltar de sua licença maternidade,seu cargo estará com você de novo.Mas, para sua saúde e de sua criança, é melhor que voc~e procure descansar e ficar de repouso durante estes meses, e quando sua criança desmamar, você volta.E seu salário continuará o mesmo e você o receberá normalmente durante este tempo.Veja, você tem se saído uma pesquisadora fantástica, tanto que estou planejando indicar a você para o meu cargo quando eu me aposentar!

-Puxa, Keiko-sama, quanta honra...mas você ficará na ativa por muito tempo ainda...

-Infelizmente, não por tanto quanto gostaríamos, amiga...no final do ano minha aposentadoria sai...mas  bom, você concorda em tirar uma licença maternidade e cuidar de sua saúde e de sua criança?

Lune viu que não teria como recusar.

-Tudo bem, Keiko-sama, faremos assim, então...vou passar no departamento de pessoal...

-Pode deixar que cuido de toda a papelada para você, fique tranquila. Venha amanhã ainda, depois, licença e descanso !

Lune saiu da reunião desconfiada: será que fora alguma colega que a denunciara e reclamou dos enjoos?

Bom, ela lembrou que no dia anterior, a tarde, ela  passou mal e regurgitou no meio da mesa de reunião com sua equipe, e que várias colegas ficaram enojadas, e ela teve de limpar tudo sozinha.

E que vários documentos importantes foram danificados com isto e precisaram ser reimpressos.

É, ela pensou consigo, deste jeito ficava mesmo difícil trabalhar!

Ela não via a hora de acabarem os enjoos, mas ficara preocupada:

Como iria se virar sozinha em casa, com Takeo trabalhando, e ainda tomando conta de um gato? E se ela passasse realmente mal e precisasse ir ao hospital?

Ela chegou ‘a conclusão de que naquela noite, ela precisava ter uma séria conversa com seu marido !

No fim do expediente, foi para  casa, pensando em como apresentaria o assunto a Takeo.

Sua insegurança em enjoar no carro ou no trem só passou quando ela finalmente chegou em casa.

Ela pegou Sartre no colo e brincou com ele sentada, enquanto esperava o marido chegar.

Não demorou, Takeo chegou, e encontrou a esposa com o gato no colo ronronando com os agrados delicados dela.

-Olá, querida, boa noite !

-Oi, amor, sejas benvindo !

-Quer que eu esquente o jantar?

-Primeiro precisamos ter uma conversa muito séria, Takeo-san.

Ele ficou apreensivo e frisou a testa:

-O que aconteceu?

Lune exlicou todo o acontecido e a conversa com Keiko.

-Humm, entendi, é, sua chefe tem razão, é melhor você tirar licença maternidade mesmo!

-Isto é o de menos, querido, a questão é:na minha atual situação, quem vai cuidar de mim, enquanto você estiver trabalhando? E se eu passar mal e precisar ir ao hospital?

-Quer ficar uns tempos na sua mãe?Ou na minha?

-Não, bem, não quero ficar dando trabalho a ninguém, e não quero ficar incomodando, me sentindo vivendo de favor...nunca me sentiria a vontade!Sabe?Depois que saí da casa de meus pais e tive meu próprio lar, não me sinto a vontade em nenhum outro lugar !

-Bom, então acho que pedirei a seu pai uma licença paternidade...

-Não, querido,deixe isto para os últimos meses da gravidez e na lactação, é melhor, inclusive, irá causar prejuízo a meu pai, deixe quieto...

-Então, como vamos fazer?Arrumar uma cuidadora para você?

(Por Continuar)