sábado, 11 de junho de 2016

Capítulo 35 -Minissérie: Adora-Alguém como você




Os lábios dela tremiam , ávidos pelo grande beijo, o primeiro beijo na boca da vida dela, que ela sempre sonhara e sempre guardara para ele.
-Entendi. Então quer dizer que somos namorados, não é isto?
Para ela, agora, aquilo soou como um pedido oficial em namoro, e logo veio o ato falho:
-Eu...eu...aceito !
-Você aceita o quê? Você não respondeu minha pergunta !
Os olhos de Jeanne ficaram arregalados ao máximo ! No rosto seu espanto diante da resposta inesperada dele, que para ela soou como um balde de agua fria !Lágrimas começavam a rolar e ela lutava para não desesperar-se !
-Eu o aceito...em namoro !Sim, agora nós estamos namorando !Somos namorados sim !
Era sua tentativa desesperada de salvar a situação e sua última esperança de conquista-lo !
-Então está bem. Qualquer dia destes eu te dou um beijo na boca, se você quiser, claro !
Jeanne achou que iria enlouquecer! Seus lábios nunca tremeram de vontade de beijar tanto na vida dela, estava até babando sem notar !
Ela não conseguia entender, parecia que ele estava brincando com os sentimentos dela, parecia que ele não conseguia entender a dimensão dos sentimentos dela!
-Po...por quê não...agora...?
-Por qwue agora estou com a bocva cheia de pipocas e encher sua boca com as minhas pipocas seria nojento !
Ele respondeu com a maior naturalidade do mundo.
Se ela não estivesse sentada, teria caído para trás com a resposta  dele !
Ainda assim, saíram do cinema com ela agarradinha no braço dele e ele abraçado com ela. Ele a deixou na casa dela e tomou um metrô para casa.
Jeanne chegou em casa extremamente frustrada, nem cumprimentou a mãe dela direito e se trancou em seu quarto e chorou por horas seguidas.Mais uma vez se sentia rejeitada, embora ela soubesse que ela deveria estar feliz, pois de certo modo, de seu próprio jeito, Damian a tinha pedido em namoro, mas o que ela não se conformava era daquele primeiro beijo ainda não ter saído, e ela estava com tanta vontade...
No dia seguinte, ao chegar na aula, ela estava visivelmente abatida, com olhos vermelhos de tanto chorar, e com sérias dúvidas se realmente ele a amava e se ele seria mesmo capaz de amar a alguém de verdade.Estava cabisbaixa, quase não prestava atenção na aula e evitava a todo custo olhar para o rosto de Damian, especialmente para a boca dele, ou ela não aguentaria e acabaria beijando a  ele na frente de todo mundo em plena sala de aula.
Só que ele percebia o estado em que ela estava, então, quando o intervalo chegou, ao invés de ir na lanchonete, ele a conduziu até os girassóis.
E ela mal conseguia evitar de chorar.
O olhar de Damian para ela parecia de dó. Ela estava com a coluna meio vergada para a frente, algo encolhida, ombros baixo, cabeça olhando para baixo e olhos se fechando, úmidos.
A voz dele soou:
-Você gosta de mim?
Ela suspirou e respondeu, completamente desesperançada:
-Gosto.
-Eu também gosto de você. Mas você gosta muito de mim?
-Sim, eu gosto muito de você. Pena que...
-Eu também gosto muito de você. Então, você me adora?
Aquelas palavras pareciam uma dolorosa tortura para ela, que com voz baixa e desanimada, respondeu:
-Eu te adoro...
-Eu também te adoro. Então você me ama?
Agora os olhos dela se arregalaram e um fiozinho de esperança se acendeu no peito dela.Ela até se arrepiou, e estava corada de vergonha. Mas criou coragem, tirando forças não sabia de onde, e disse:
-Sim, eu o amo. Muito!
-Eu também te amo. Quer namorar comigo?
Agora ela não aguentou e sua comoção foi total !Grossas lágrimas foram vertidas, uma após a outra, em um ritmo frenético, mais parecendo rios caudalosos saindo de seu rosto  e disse:
-Claro que quero, Damian ! Voc~e já tinha me pedido antes e eu tinha aceitado lá no cinema, lembra?
-Ontem eu só perguntei se estávamos namorando. Hoje eu a estou pedindo em namoro...
-Sim, sim, claro que sim, eu aceito !
Damian tocou no queixo dela com o maior dedo de sua mão, com delicadeza, posicionou o rosto dela para cima e para a frente, de encontro ao rosto dela que estava bem perto e disse:
-Então me dá o beijo, me ensina, pois eu nunca beijei na vida e não sei beijar...

(Por continuar)

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