-Uh, como é difícil caminhar em um corredor
inclinado como este...
=É que na verdade o que nos parece o chão é na
verdade a parede lateral do corredor,e nos alojamentos,devido a gravidade,
todos os móveis caíram nas paredes,Priscilla.
-Pois então, Capitã, mas eu estou apavorada com o
Monstro...e se ele nos encontrar?
-Atiraremos nele, oras, temos armas tão potentes
para quê? Rita, olhe nos painéis laterais
de manutenção, se não encontra
uma maneira de acender as luzes da nave !
-É o que estou procurando, Capitã...
-Então continue...vamos ter de dar um jeito de
escalar o assoalho para podermos chegar aos deques superiores!
-Nenhum sinal de vida nos sensores de mão até
agora...que estranho, era para mostrar alguma coisa, com tantas pistas...opa !
mais vítimas fatais !
Kátia tinha aberto a porta de um dos aposentos, e
uma pilha de tripulantes em estado de
putrefação desabou e por muito pouco não caiu em cima dela!
-Aaaaai, que horror !
Gritou Priscilla, apavorada !
-Cala a boca, não vê que se fizermos barulho, o
monstro nos encontrará?
Disse Valéria, brava.
-Desculpe, senhora...
Disse a pilota, de olhos marejados.
-Todos vítimas do Monstro. A maioria devorada até
quase só sobrar o esqueleto, as mesmas marcas, o mesmo traço de DNA...Agora ele
já fez pelo menos quinze vítimas !
-Estamos de fato lidando com algo muito perigoso,
Doutora...
-Capitã, lembrei que eu trouxe comigo lança
ganchos elétricos!
-Ótimo, Rita, vamos começar a subir então, pois
já chegamos ao final do “ pescoço” da nave, temos que ir para o disco!Mas
antes, teremos de romper paredes com nossas armas. Atirar !
Elas todas atiraram no mesmo ponto e um grande
buraco na parede foi feito, permitindo que o próximo deque pudesse ser
acessado.
Rita então
distribuiu os quatro lança ganchos, que, ao apertar de um botão, dispararam
cabos metálicos com ganchos retráteis na ponta, que fincaram no assoalho e
travaram.
Ao apertar outro botão, os lança cabos ia puxando
e enrolando os cabos e puxando as
garotas para cima. Assim que subiam um deque, abriam mais uma parede,
disparavam seus lança ganchos e subiam de novo. E a cada deque, para seu
horror, mais e mais corpos. Eram pelo menos 44 até agora !
Finalmente chegaram na parte traseira do disco.
-Chegamos ‘a Engenharia. Ao trabalho, Rita !
Com dificuldade, a engenheira chefe acessou os
painéis e conseguiu religar as luzes e restaurar a energia da nave, que ainda
funcionava.
O cenário, porém, era desolador!
A Engenharia estava coalhada de corpos dos
tripulantes, nenhum vivo!
-300 tripulantes costuma ser a tripulação normal
de uma nave Classe Authority. E já pude contar pelo menos 88 mortos até agora,
todos vítimas do monstro !Estou começando a desconfiar que não pode ter sido
apenas um, deve ter uma alcatéia inteira deles aqui !
Priscilla se agarrou no braço de Valéria, em
desespero:
-Uma alcatéia...inteira!Pelo amor de tudo que é
mais sagrado,Capitã, eu te suplico, te rogo, vamos logo embora daqui...
-Pri, você recebeu treinamento militar para quê?
Para ser medrosa deste jeito, menina? Toma vergonha na cara !
Priscilla estava pálida com cera e tremia dos pés
‘a cabeça !E não conseguia mais parar de chorar !
Súbitamente...
SUSTO !
Um vulto, um vento gélido passou por elas!
Não se podia ver o que era, mas se podia ver a
sombra- e ela era de um animal grande, de quatro patas !
-Nada nos sensores, Rita? Não é possível!
Garotas, postos de batalha ! Armar fuzis !Ligar escudos defletores pessoais !
Gritou Valéria, alarmada !
(Por Continuar)
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