Por
isto mesmo ela deixava Takeo ficar colecionando imagens de anime , ecchi e
hentai, e sabia muito bem que o computador dele estava superlotado de imagens
desenhadas de mulheres nuas e sensualíssimas, e vídeos idem, em que uma tosca
pantomima de utopia (que para as mulheres reais seria uma distopia), as fazia
serem ávidas por sexo, indignamente permissivas e tivessem prazer em se
humilhar e se submeter, onde tudo era exagerado a níveis absurdos e tudo se
resumia a satisfazer o prazer sexual masculino e o feminino tinha obrigação de
existir em função do masculino.Ela sabia que como ela estava grávida e com Tana
na vigília moral constante,aquela era uma longa fase, da gravidez ao término da
lactação, em que ele teria de ficar na abstinência do sexo.Então, ela procurava
não ver, não ouvir, mas tolerava. Não sentia mais ciúmes daquilo,ela sabia que
aquelas mulheres não eram reais, e que
ele sabia disto e não as queria realmente, eram a válvula de escape dele para
evitar querer forçar uma relação sexual ou sair traindo por aí.
Lune
tinha o instinto feminino bem aguçado:sabia só de olhar para Takeo , quando ele
a estava traindo ou não, e ela confiava nesta habilidade dela.E ela se sentia
segura de que ele não estava. Confiava em que, ele consciente de que uma filha
estava chegando para criar e sustentar, não seria tolo de estragar tudo com uma
diáfana e inconsequente relação eventual.Afinal, ela bem o sabia e estava bem
segura disto- ele a amava !
Não
obstante, um pouco temia de que toda aquela falsa moralidade puritana de Tana
fosse um manto para encobrir uma insaciável ninfomaníaca enrustida e escondida
no armário- ela sentia que Tana era falsa e não tão honesta quanto pregava
insistentemente ser, e ela sabia que toda auto-repressão e toda auto-opressão
um dia explode violentamente, e a idéia de Tana e Takeo fazendo sexo uma com o
outro lhe despertava momentaneamente a fúria e o desvario alucinado dos ciúmes,
e ela procurava espantar estas imagens de sua cabeça, mas de qualquer forma,
era algo que lhe preocupava.
Ao
cair da tarde, quando o sol começava a trocar de luar com a lua e os brilhos
estelares no céu negro, Lune finalmente se deu conta de que sua visão já estava
cansada, e parou de ler.
Levantou-se
da poltrona e foi espiar Tana.
Ela
percebeu que havia roupas de cama no varal tampando a visão da entrada do quartinho
onde ficava a tábua de passar roupas e a dispensa.
Discretamente,
ela afastou um pouco um dos lençóis pendurados e o que viu a espantou:
Tana
estava completamente nua, deitada sobre uma pilha de roupas sujas,
completamente nua, se masturbando e gemendo baixinho !
“Ora,
ela não é assexuada como dizia, afinal!” Foi o primeiro pensamento de Lune ao
ver esta cena.Mas também lhe percorreu a mente um flash intuitivo e
insitintivo, de que a pessoa que Tana imaginava estar transando com ela fosse
Takeo. Ou seria a própria Lune?
Agora
Lune ruborizou-se e instintivamente, colocou suas mãos sobre sua virilha, por
cima das roupas!
Lembranças
das atividades sexuais forçadas com Kotomi, e do desejo de Mercedes-san por ela
nos seus tempos de universitária vieram numa torrente, e ela corou ainda mais e
sacudiu a cabeça para os lados, procurando esquecer. As mãos se afastaram da
virilha imediatamente !
Mas
Sartre era um gato curioso e logo apareceu para querer saber o que estava
acontecendo.Sem a menor cerimônia, passou pelos lençóis e foi até a
desprevenida Tana, e repentinamente saltou em cima do ventre dela com força e
miou.
Tana
tomou um susto, e soltou um grito, e foi aí que percebeu os pés de Lune
escondidos atrás do lençol no varal.
Claro
que Lune percebeu que tinha sido descoberta, e então, ela passou pelo varal e
chegou na frente dela.
-Acho
que seria uma boa você se depilar...isto aí está um horror...
Disse
Lune, com um sorriso.
Tana
levou outro susto, passou voando da posição deitada para sentada e em desespero
procurou se cobrir com qualquer coisa que fosse.
-Desculpe,
senhora, quer dizer, senhorita, senhorita, perdão, perdão !
Disse
Tana coradíssima de vergonha dos pés ‘a cabeça!
-Vá
tomar um banho, e depois vá preparar o jantar, e vista alguma coisa decente,
pois daqui a pouco o Takeo-kun vai chegar !Vou fazer de conta que não vi este
circo de horrores indecente !
Respondeu
Lune, com certa autoridade e muita autoconfiança no timbre de voz, voltando
para a sala e fingindo ler um livro.
Tana
passou voando como um foguete e foi direto
ao quarto e foi tomar banho e se trocar, vestindo apenas uma toalha de banho.
(Por Continuar)
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