terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Episódio 73-Sensibilidade de Viver:Gestação !

 
Por isto mesmo ela deixava Takeo ficar colecionando imagens de anime , ecchi e hentai, e sabia muito bem que o computador dele estava superlotado de imagens desenhadas de mulheres nuas e sensualíssimas, e vídeos idem, em que uma tosca pantomima de utopia (que para as mulheres reais seria uma distopia), as fazia serem ávidas por sexo, indignamente permissivas e tivessem prazer em se humilhar e se submeter, onde tudo era exagerado a níveis absurdos e tudo se resumia a satisfazer o prazer sexual masculino e o feminino tinha obrigação de existir em função do masculino.Ela sabia que como ela estava grávida e com Tana na vigília moral constante,aquela era uma longa fase, da gravidez ao término da lactação, em que ele teria de ficar na abstinência do sexo.Então, ela procurava não ver, não ouvir, mas tolerava. Não sentia mais ciúmes daquilo,ela sabia que aquelas mulheres  não eram reais, e que ele sabia disto e não as queria realmente, eram a válvula de escape dele para evitar querer forçar uma relação sexual ou sair traindo por aí.
Lune tinha o instinto feminino bem aguçado:sabia só de olhar para Takeo , quando ele a estava traindo ou não, e ela confiava nesta habilidade dela.E ela se sentia segura de que ele não estava. Confiava em que, ele consciente de que uma filha estava chegando para criar e sustentar, não seria tolo de estragar tudo com uma diáfana e inconsequente relação eventual.Afinal, ela bem o sabia e estava bem segura disto- ele a amava !
Não obstante, um pouco temia de que toda aquela falsa moralidade puritana de Tana fosse um manto para encobrir uma insaciável ninfomaníaca enrustida e escondida no armário- ela sentia que Tana era falsa e não tão honesta quanto pregava insistentemente ser, e ela sabia que toda auto-repressão e toda auto-opressão um dia explode violentamente, e a idéia de Tana e Takeo fazendo sexo uma com o outro lhe despertava momentaneamente a fúria e o desvario alucinado dos ciúmes, e ela procurava espantar estas imagens de sua cabeça, mas de qualquer forma, era algo que lhe preocupava.
Ao cair da tarde, quando o sol começava a trocar de luar com a lua e os brilhos estelares no céu negro, Lune finalmente se deu conta de que sua visão já estava cansada, e parou de ler.
Levantou-se da poltrona e foi espiar Tana.
Ela percebeu que havia roupas de cama no varal tampando a visão da entrada do quartinho onde ficava a tábua de passar roupas e a dispensa.
Discretamente, ela afastou um pouco um dos lençóis pendurados e o que viu a espantou:
Tana estava completamente nua, deitada sobre uma pilha de roupas sujas, completamente nua, se masturbando e gemendo baixinho !
“Ora, ela não é assexuada como dizia, afinal!” Foi o primeiro pensamento de Lune ao ver esta cena.Mas também lhe percorreu a mente um flash intuitivo e insitintivo, de que a pessoa que Tana imaginava estar transando com ela fosse Takeo. Ou seria a própria Lune?
Agora Lune ruborizou-se e instintivamente, colocou suas mãos sobre sua virilha, por cima das roupas!
Lembranças das atividades sexuais forçadas com Kotomi, e do desejo de Mercedes-san por ela nos seus tempos de universitária vieram numa torrente, e ela corou ainda mais e sacudiu a cabeça para os lados, procurando esquecer. As mãos se afastaram da virilha imediatamente !
Mas Sartre era um gato curioso e logo apareceu para querer saber o que estava acontecendo.Sem a menor cerimônia, passou pelos lençóis e foi até a desprevenida Tana, e repentinamente saltou em cima do ventre dela com força e miou.
Tana tomou um susto, e soltou um grito, e foi aí que percebeu os pés de Lune escondidos atrás do lençol no varal.
Claro que Lune percebeu que tinha sido descoberta, e então, ela passou pelo varal e chegou na frente dela.
-Acho que seria uma boa você se depilar...isto aí está um horror...
Disse Lune, com um sorriso.
Tana levou outro susto, passou voando da posição deitada para sentada e em desespero procurou se cobrir com qualquer coisa que fosse.
-Desculpe, senhora, quer dizer, senhorita, senhorita, perdão, perdão !
Disse Tana coradíssima de vergonha dos pés ‘a cabeça!
-Vá tomar um banho, e depois vá preparar o jantar, e vista alguma coisa decente, pois daqui a pouco o Takeo-kun vai chegar !Vou fazer de conta que não vi este circo de horrores indecente !
Respondeu Lune, com certa autoridade e muita autoconfiança no timbre de voz, voltando para a sala e fingindo ler um livro.
Tana passou voando como um foguete  e foi direto ao quarto e foi tomar banho e se trocar, vestindo apenas uma toalha de banho.

(Por Continuar)


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