sábado, 3 de dezembro de 2016

Episódio 69- Sensibilidade de Viver :Interlúdio ETP



Foram a um restaurante chinês e Lune se esbaldou no bolinho de carne de porco agridoce.
-Doçura, não sei como você não enjoa desta comida doce !
-Takeo-kun, você já sabe há muito que eu amo misturar doce com salgado!
-Ah, sim, eu me lembro daquele sanduíche caseiro que você fez uns tempos atrás com pão, hambúrguer, presunto, queijo cheddar, banana, tomate, abacaxi, manga, pasta de amendoim, geléia de morango, creme de avelâs e coalhada !
-Huhum, estava uma delícia !Amei de paixão!
-Isto apesar do sanduíche ter ficado tão grande  que você quase não conseguia mordeê-lo e no fim, se desmontou todo !
-Ai, não, amor, não me lembre disto...sujei todo o meu vestido...
-Ah, mas o Sartre-neko-san adorou, ficou lambendo os pedaços que caíram no chão!
Respondeu Takeo com uma risada.
-Bobo !
E Lue mostrou a língua para ele.
-Tem certeza que é a Maki-san que é a imatura?
Agora o tempo fechou. O beiço de Lune ficou enorme e seu olhar para Takeo não foi nada amistoso.
-Você me chamou de quê?
-Não, nada não, amor, foi só uma brincadeirinha...
-Você quer tanto assim levar um tapa na cara, Takeo?
-Não, claro que não...
-Então cale a boca !Cale esta bendita boca !Não, me peça desculpas!Aaaah, nem sei mais, agora já me estragou meu dia mesmo, droga !Vou ao toilette, estou apertada !
E ela se dirigiu ao banheiro.
Agora ela estava de péssimo humor, e entrou com tudo banheiro adentro, completamente distraída, imersa em seus pensamentos raivosos, quando, sem querer, esbarrou seu ombro no braço de outra mulher.
-Ai ai !Doeu, sua grossa !
-Problema seu ! Respondeu Lune para a mulher.
-Grosseira, mal educada !
Alaune fechou a porta de seu cubículo com força, na cara da mulher.
-Ei, o que é isto, garota ? falta de respeito é esta?
-Sai da minha frente e me deixa em paz, ou te dou um tapa na cara quando eu sair daqui ! Gritou Lune.
-Agora você me deixou furiosa !Chega ! É muita provocação, sua arrogante, metida !
A mulher, ensandecida, deu um forte chute na porta do banheiro, arrombando-a e quebrando o salto de seu sapato ao fazer isto.
O barulho foi alto e o susto foi grande. Lune já tinha terminado e já tinha se limpado, e estava vestindo a calcinha quando a mulher invadiu o box, com o outro pé do sapato de salto alto na mão.
Veio com tudo para cima de Lune, tentando acertar o salto no rosto dela, mas Lune segurou seus braços.
Mas ela estava assustada: agora ela não teria uma Sakuya para defende-la, e sua espada estava em casa!
Porém, elas não eram as únicas mulheres no banheiro e as que estavam em frente ao espelho seguraram as duas antes que uma tragédia acontecesse.
Enquanto isto, na mesa, Takeo aguardava sem saber de nada, quando a gerente do estabelescimento chegou com cara de poucos amigos, dizendo:
-O senhor está convidado a se retirar , junto com sua mulher!
O tom de voz dela era forçosamente educado, tentando ser polida, mas havia raiva nos olhos dela, indisfarçável.
-Eeee?O que aconteceu?O que foi que eu fiz?
-Por favor senhor, não argumente, por favor , apenas retire-se.
-Mas eu nem paguei a conta ainda...
-Se o senhor continuar arguementando comigo, serei forçada a chamar os seguranças.
O olhar arregalado  de Takeo era de quem não estava entendendo nada.
Repentinamente ele viu Lune sendo segura por dois enormes seguranças pelos braços, se debatendo e gritando:
-Me larguem, seus brutamontes !
A gerente , numa frieza impassível, retirou uma nota de um talonário e a entregou a ele, dizendo:
-Aqui está o valor da conta de vocês e a conta da porta do banheiro que sua mulher quebrou !Por favor  pague, e acompanhe sua esposa para fora deste estabelescimento e nunca mais apareçam aqui !
-Quem quebrou a porta foi a louca que invadiu meu box !Não é justo que paguemos por ela !Me larguem, seus gorilas !
Os seguranças pareciam estátuas, sequer expressão tinham.
Takeo tirou da carteira seu cartão de crédito platinum ilimitado, pagou e disse;
-Vamos embora, Lune-san, este estabelescimento é rude enão merece nossa presença! Fique tranquila que nossos advogados vão processar esta espelunca, afinal, como sabe, sou filho e herdeiro do Império Industrial Soryu!
Ao ouvir isto, e receber o cartão de visitas do Grupo Soryu, a gerente ficou de queixo caído , pálida e trêmula.
Gaguejando, ela falou para os seguranças:
-Larguem ela, po...podem ir...
Lune  ficou abraçadinha com Takeo.
-Vamos logo embora daqui, Lune-san.
-Na..não, po...po...por favor, fiquem, por favor nos perdoem, foi nossa falha, po...por favor não...não nos processem...podemos perder nossos empregos, fechar...por favor..
Agora a gerente suplicava de joelhos para Takeo, inclinando o torso para a frente, com o rosto encharcado de lágrimas.
Takeo, com seu olhar autoconfiante, olhou para Lune, que com o olhar, consentiu.
-Vamos embora, já pagamos a conta. Por ora talvez não processemos, mas aqui nunca mais voltaremos.Passar bem!
-Por favor, senhor, nos perdoe, me perdoe, por favor, por favor...
O rosto da gerente estava até roxo de tanta vergonha, pois estava todo mundo olhando, e um a um os clientes iam pagando e deixando o restaurante em silêncio, olhando com cara feia a gerente desesperada.
Takeo e Lune saíram do restaurante e pegaram o carro.
-Amor, me diz, afinal de contas, o que realmente aconteceu?O que você aprontou lá?

(Por Continuar)

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