Foram
a um restaurante chinês e Lune se esbaldou no bolinho de carne de porco
agridoce.
-Doçura,
não sei como você não enjoa desta comida doce !
-Takeo-kun,
você já sabe há muito que eu amo misturar doce com salgado!
-Ah,
sim, eu me lembro daquele sanduíche caseiro que você fez uns tempos atrás com
pão, hambúrguer, presunto, queijo cheddar, banana, tomate, abacaxi, manga,
pasta de amendoim, geléia de morango, creme de avelâs e coalhada !
-Huhum,
estava uma delícia !Amei de paixão!
-Isto
apesar do sanduíche ter ficado tão grande
que você quase não conseguia mordeê-lo e no fim, se desmontou todo !
-Ai,
não, amor, não me lembre disto...sujei todo o meu vestido...
-Ah,
mas o Sartre-neko-san adorou, ficou lambendo os pedaços que caíram no chão!
Respondeu
Takeo com uma risada.
-Bobo
!
E
Lue mostrou a língua para ele.
-Tem
certeza que é a Maki-san que é a imatura?
Agora
o tempo fechou. O beiço de Lune ficou enorme e seu olhar para Takeo não foi
nada amistoso.
-Você
me chamou de quê?
-Não,
nada não, amor, foi só uma brincadeirinha...
-Você
quer tanto assim levar um tapa na cara, Takeo?
-Não,
claro que não...
-Então
cale a boca !Cale esta bendita boca !Não, me peça desculpas!Aaaah, nem sei
mais, agora já me estragou meu dia mesmo, droga !Vou ao toilette, estou
apertada !
E
ela se dirigiu ao banheiro.
Agora
ela estava de péssimo humor, e entrou com tudo banheiro adentro, completamente
distraída, imersa em seus pensamentos raivosos, quando, sem querer, esbarrou
seu ombro no braço de outra mulher.
-Ai
ai !Doeu, sua grossa !
-Problema
seu ! Respondeu Lune para a mulher.
-Grosseira,
mal educada !
Alaune
fechou a porta de seu cubículo com força, na cara da mulher.
-Ei,
o que é isto, garota ? falta de respeito é esta?
-Sai
da minha frente e me deixa em paz, ou te dou um tapa na cara quando eu sair
daqui ! Gritou Lune.
-Agora
você me deixou furiosa !Chega ! É muita provocação, sua arrogante, metida !
A
mulher, ensandecida, deu um forte chute na porta do banheiro, arrombando-a e
quebrando o salto de seu sapato ao fazer isto.
O
barulho foi alto e o susto foi grande. Lune já tinha terminado e já tinha se
limpado, e estava vestindo a calcinha quando a mulher invadiu o box, com o
outro pé do sapato de salto alto na mão.
Veio
com tudo para cima de Lune, tentando acertar o salto no rosto dela, mas Lune
segurou seus braços.
Mas
ela estava assustada: agora ela não teria uma Sakuya para defende-la, e sua
espada estava em casa!
Porém,
elas não eram as únicas mulheres no banheiro e as que estavam em frente ao
espelho seguraram as duas antes que uma tragédia acontecesse.
Enquanto
isto, na mesa, Takeo aguardava sem saber de nada, quando a gerente do estabelescimento
chegou com cara de poucos amigos, dizendo:
-O
senhor está convidado a se retirar , junto com sua mulher!
O
tom de voz dela era forçosamente educado, tentando ser polida, mas havia raiva
nos olhos dela, indisfarçável.
-Eeee?O
que aconteceu?O que foi que eu fiz?
-Por
favor senhor, não argumente, por favor , apenas retire-se.
-Mas
eu nem paguei a conta ainda...
-Se
o senhor continuar arguementando comigo, serei forçada a chamar os seguranças.
O
olhar arregalado de Takeo era de quem
não estava entendendo nada.
Repentinamente
ele viu Lune sendo segura por dois enormes seguranças pelos braços, se
debatendo e gritando:
-Me
larguem, seus brutamontes !
A
gerente , numa frieza impassível, retirou uma nota de um talonário e a entregou
a ele, dizendo:
-Aqui
está o valor da conta de vocês e a conta da porta do banheiro que sua mulher
quebrou !Por favor pague, e acompanhe
sua esposa para fora deste estabelescimento e nunca mais apareçam aqui !
-Quem
quebrou a porta foi a louca que invadiu meu box !Não é justo que paguemos por
ela !Me larguem, seus gorilas !
Os
seguranças pareciam estátuas, sequer expressão tinham.
Takeo
tirou da carteira seu cartão de crédito platinum ilimitado, pagou e disse;
-Vamos
embora, Lune-san, este estabelescimento é rude enão merece nossa presença! Fique
tranquila que nossos advogados vão processar esta espelunca, afinal, como sabe,
sou filho e herdeiro do Império Industrial Soryu!
Ao
ouvir isto, e receber o cartão de visitas do Grupo Soryu, a gerente ficou de
queixo caído , pálida e trêmula.
Gaguejando,
ela falou para os seguranças:
-Larguem
ela, po...podem ir...
Lune ficou abraçadinha com Takeo.
-Vamos
logo embora daqui, Lune-san.
-Na..não,
po...po...por favor, fiquem, por favor nos perdoem, foi nossa falha, po...por
favor não...não nos processem...podemos perder nossos empregos, fechar...por
favor..
Agora
a gerente suplicava de joelhos para Takeo, inclinando o torso para a frente,
com o rosto encharcado de lágrimas.
Takeo,
com seu olhar autoconfiante, olhou para Lune, que com o olhar, consentiu.
-Vamos
embora, já pagamos a conta. Por ora talvez não processemos, mas aqui nunca mais
voltaremos.Passar bem!
-Por
favor, senhor, nos perdoe, me perdoe, por favor, por favor...
O
rosto da gerente estava até roxo de tanta vergonha, pois estava todo mundo
olhando, e um a um os clientes iam pagando e deixando o restaurante em silêncio,
olhando com cara feia a gerente desesperada.
Takeo
e Lune saíram do restaurante e pegaram o carro.
-Amor,
me diz, afinal de contas, o que realmente aconteceu?O que você aprontou lá?
(Por Continuar)
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