Finalmente
o casal chegou ao presídio.
Logo
na entrada haviam dois guardas. Um deles se dirigiu a eles:
-Pois
não?Em que posso ajuda-los?
-Viemos
visitar Sakuya Nogizaka.
Disse
Takeo.
-O
documento oficial de agendamento e a autorização judicial, por favor, senhor.
-Não dispomos de tais documentos, oficial.
-Sinto
muito, senhor. É meu dever informa-los que aqui as visitas são agendadas com
antecedência e que o horário de visitas já expirou por hoje. E é necessária uma
autorização judicial fornecida por um
Juiz através do intermédio de um Advogado.
-Mas
o senhor não pode abrir uma exceção, seu guarda? Por favor...
Disse
Lune.
-Desculpe,
senhorita, mas são as Leis.Procurem um
advogado, que entre com uma ação junto a um juiz, agendem a visita e, de posse
dos documentos que comprovam agendamento e autorização, poderemos permitir a
entrada de vocês.
-Tudo
bem, oficial, vamos providenciar a documentação necessária.Boa noite, oficial !
-Boa
noite, senhor, e boa sorte !
Takeo
engatou a marcha ‘a ré, manobrou o carro e saiu dali.
-Ai,
eu não acredito que tem esta burocracia toda só para fazer uma visita !
Lune
estava frustradíssima.
-Desculpe,
anjo, mas realmente ele tem razão, não podemos contrariar as Leis
Japonesas.Teremos de seguir as orientações deles.
-Leis
isto está mais para “O Processo” do Franz Kafka !
-Também
não exagere, querida...
-Mas
vai demorar muito ! E se ela morrer até lá?
-Calma,
Lune-san, não estamos diante de nenhuma prisão sul americana, estamos no
Primeiro Mundo !
-Mas
meu pressentimento está tão forte...
-Eu,
sei, querida, mas o que posso fazer? O que podemos fazer?
-Eu
não sei, droga, eu não sei !
Disse
Lune, estressada.
-Vamos
procurar um hotel e nos hospedarmos lá, enquanto a gente pensa do que fazer,
mesmo por que achar um advogado a esta hora da noite e conseguir achar um juiz,
para conseguir tudo em pouco tempo vai ser praticamente impossível !
-Aaaah,
Takeo-kun !
Os
pneus da Mercedes sofreram uma frenagem violenta e o carro parou num espaço tão
curto que por pouco os air bags não se abriram.
Havia
uma mulher parada no meio da estradinha vicinal deserta.Estava vestida como uma
ninja e tinha uma espada katana na cintura.
Estava
de pé, de frente para o carro, com as pernas relativamente abertas e mãos na
citura, olhando resolutamente para o interior do carro.
-Kotomi
!
Gritou
Lune.
Eles
abriram os vidros das portas do carro.
-Seu
pressentimento estava correto, sua amiga corre mesmo perigo...eu sou o perigo !
Disse
Kotomi, soltando logo depois uma risada vilãnica.
-Eeee?Como
você sabe? E como entraria lá, se é imensamente vigiado e tem uma burocracia
enorme para entrar lá?
-Eu
moro aqui, e não estive fora. Papel de agendamento de horário? Ordem judicial?
Tudo aqui, comigo, Takeo...kun !
Disse
Kotomi mostrando os documentos e passando a língua sensualmente pelos lábios, e
continuou:
-E
eu ainda quero você, garotão...na minha cama !
-Só
por cima do meu cadáver, desgraçada !
Replicou
Lune, sacando sua espada.
-Que
assim seja, pivetinha ordinária !Já estava na hora de eu me livrar de você
mesmo !
Mas
Takeo também tinha levado a espada dele e a sacou:
-Jamais
! Se tocar num fio de cabelo da Lune, eu te mato !Jamais serei seu !Jamais !
-Aaaah,
o gatinho fala...mas quando está comigo ronrona, geme, me leva ao Nirvana de
tanto prazer, aaaahhhahnnn...você já foi meu, e será outra vez! Quero que me
engravides desta vez, Takeo-kun, pode derramar tudo dentro de mim, tudinho, sei
que você tem muito, quero sua cachoeira, Takeozinho...aaaaahan!
Disse
Kotomi, com voz sensualíssima, de acordar os mortos, colocando uma mão na própria
virilha e a outra colocando um dos seios para fora do decote e o apertando .
-Sua
prostituta ordinária !
-Ai,
Lune-san, me mata, me mata, assim você vai lá para o presídio junto com sua
amiguinha fortona, me mata, vai, quero ve se você consegue !
A
voz de Kotomi agora era diferente, carregada de ironia e desprezo.
-Ora,
sua...sua...
-Ah,
Lune-san, por que esta raiva toda?Afinal, você já foi minha também e já traiu o
Takeo comigo,já me deu tanto prazer...
-Você
me estuprou, desalmada !
-Aaaahn,
mas bem que você gostou, vai...quando beijei sua...
-Pára
! Pára ! Chega !Basta !
-Mas
você beijou a minha também, e como você beija lá embaixo bem...
-Pára,
já disse !
Gritou
Lune, vermelha de vergonha dos pés ‘a cabeça.Ela olhou para Takeo, com cara
feroz:
-E
não ouse imaginar nada ! Nada, entendeu !Nada !Kotomi, vamos lutar de uma vez e
pronto!
-Se
lutarmos, terá de ser até a morte, entendeu?Tem certeza?
O
olhar de Takeo era aflito!
(Por continuar)
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