domingo, 3 de junho de 2018

Episódio 16-Sensibilidade de Viver: Gestação



-Seja benvinda ‘a  Mansão Soryu, senhorita Lune !
Disse o sisudo mordomo, quando ela chegou.
Lune não tinha lembranças felizes daquela casa, mas agora, as circunstãncias eram outras.
Ela foi conduzida para a sala de visitas, onde Motoko a recebeu com carinho.
-Como vai, Lune-san, quanto tempo !
-Vou indo, Motoko-dono !
-Ah, deixe estas formalidades para lá, você está em casa aqui ! Me chame de Motoko-san, por favor !
-Obrigada, como a senhora quiser !
-E o Otaru-san? Ah, a Megumi-san está aflita, sem notícias dele, desesperada, nos pergunta toda hora...
Lune então contou todo o acontecido, e sobre a viagem de Momiji.
A reação de Motoko foi parecida com a de Momiji: surpresa, chocada, pálida, trêmula, queixo caído, o ríctus do horror em seu semblante, lágrimas caíram de seu rosto.
-Que horror, que horror...o Hayao-kun não vai gostar nada disto...e a Megumi-chan, coitadinha...como vai reagir?Como poderei contar a ela...
Foi quando Lune ergueu os olhos e viu, dizendo em seguida:
-Não precisa, ela agora já sabe...
Motoko levou um susto e olhou para trás,era Megumi! Ela tinha chegado e escutado tudo !
Megumi então simplesmente caiu desmaiada com o choque !
-Filhaaaaaa !
Gritou Motoko, se levantando correndo e indo até Megumi.
Lune também correu,aflita.
-Ela desmaiou ! Tragam um copo de ‘agua com açúcar, depressa !
Motoko disse para as empregadas, que vieram correndo ao ouvir os gritos.
Duas dela foram apressadas para a cozinha e logo o copo com água veio.
Ajoelhada no chão, com a filha no colo, Motoko administrou o copo com água e açúcar para ela, e logo ela acordava, ainda muito confusa.
-Calma, filha, está tudo bem, você desmaiou, mas já passou !Vocês duas, a levem por favor ao quarto dela e a deitem na cama para que ela se recupere !
-Sim, senhora !
-Uff, que susto !Desculpe ter causado estes transtornos ‘a senhora e te dado todo este trabalho...
-Não é culpa sua, Lune-san, nem da sua família, não se preocupe, o que aconteceu não vai abalar o relacionamento nosso com vocês.O que ocorreu foi responsabilidade exclusiva de seu irmão, estava fora do alcance nosso e de vocês prevenir isto. Ele provavelmente já tinha esta tendência desde criança, mas disfarçou muito bem, para só ser descoberto agora. Como sua família reagiu?
-Com muita vergonha, Motoko-dono...
-Então dividiremos a vergonha com vocês. O filho é de vocês, mas a responsabilidade era nossa. Porém, minha preocupação agora é a Megumi-chan e a criança dela, nossa neta.Infelizmente esta criança não poderá mais ter no próprio pai uma figura paterna.
-Entendi, Motoko-dono, fico aliviada em saber que pensas desta maneira. Minha família estava mesmo pensando em se reunir com a sua, para discutir o que fazer em relação ao caso de meu irmão agora. Minha família também pensa como a senhora em relação ‘as responsabilidades envolvidas no caso do Onii-chan.
-Tudo bem, eu vou conversar com minha filha e com meu marido ainda hoje e depois de amanhã iremos na casa de vocês ter esta reunião tão importante.
-Muito obrigada por sua compreensão!
-De nada, Lune-san, mas olha, retira do nome dele o sufixo -chan, ele não é mais criança faz tempo, é pai, e tem comportamento bastante adulto, e como adulto, tem o dever de arcar com as consequências do que fez.Agora preciso acudir minha filha e acalmá-la.
-Sim, senhora, então, já vou indo para casa. Muito obrigada por tudo, desculpe-me por tudo e até a visita de vocês.
Lune cumprimentou sua anfitriã e foi para fora da casa pegar seu carro.
Entrou nele, saiu da cidade e pegou a estrada de volta.
Já estava quase escuro quando Lune chegou em Osaka, e parou o carro na garagem de seu apartamento.
Takeo ainda não tinha chegado do trabalho. Como estava muito cansada, depois de quatro horas dirigindo, resolveu pedir uma pizza para o jantar, antes que o marido chegasse.
Ela tomou uma rápida chuveirada e se vestiu bem a tempo da pizza.
Desceu até o portão do prédio, recebeu a pizza e a trouxe para casa, colocando-a na mesa de jantar. Colocou a mesa e deixou tudo pronto.
Não deu quinze minutos, Takeo chegou.
-Oi, querida, cheguei !
-Oi, benzinho, bem a tempo do jantar!Temos pizza hoje !
-Que bom, estou cansado e morto de fome !E aí, como foi lá com a mamãe?
Lune explicou todo o ocorrido.
-Coitada da Onee-chan...foi um baque duro demais para ela...mas fico feliz de saber que minha família viu as coisas assim, e a sua também, acho que no final, tudo vai dar certo!
-Então vamos jantar enquanto conversamos! Quer de Shitake, ou quer a de queijo?
-Prefiro começar com a de shitake !
-Aqui está ! Sabe, Takeo-kun, fico pensando: será que irão denunciar o Onii-san depois de amanhã?Ou seu pai vai mandar os seguranças dele...
-Meu pai mandar os homens dele caçá-lo, não acredito, pois isto afetaria a sua família e seria ilegal.Creio que vão discutir alguma forma de punição, meu bem...
-Que forma será esta...não consigo deixar de ficar preocupada...
-Por enquanto relaxe, anjo.Infelizmente, você não poderá estar presente na reunião, pois terá a prova admissional.
-É mesmo, tinha-me esquecido disto !
-Olha, nossos pai não farão nada de realmente perigoso para seu irmão, pode ter certeza, então tranquilize-se e se concentre nos estudos para passar !
-Tudo bem, Takeo-kun, não há outro jeito mesmo, paciência !
-E você também não pode ficar muito nervosa, ou poderá perder nosso precioso bebê !
-É verdade, nossa prioridade !Eu ainda não o sinto muito dentro de mim...
-Fofinha, você não tem nem uma semana de gravidez ainda...
-É mesmo !Deve ser minha ansiedade !
-Então vamos brindar ‘a nossa filha e  ‘a nossa ansiedade por ela !
-Ai, Takeo-kun, só você mesmo, viu...


(Por Continuar)

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