quinta-feira, 7 de junho de 2018

Episódio 18-Sensibilidade de Viver:Gestação


-Concordo, Hayo-sama, e minha mulher também. Apenas é necessário debater de que forma isto poderá ser feito.Claro que ele terá direito a um bom advogado e a uma defesa, não somos nós que temos de julgá-lo, mas o Sistema Judiciário.
-Concordo contigo, Kazuo-sama, e digo inclusive que, como o Japão não tem acordo de extradição com a China, o processo deverá correr lá, sob as leis chinesas e sob   a jurisdição chinesa.
Porém, Momiji, que até então esteve ouvindo calada, se pronunciou em tom de desespero:
-Não ! Não pode ser julgado lá !O processo tem que ocorrer aqui !
-Por que, Momiji-sama? Não há como, nosso país não tem tratado de extradição com a China ! É melhor ele ficar preso do que ser morto por bandidos ou por uma doença venérea!
-Não, Hayao-sama, vocês é que não estão entendendo! Pedofilia dá Pena de Morte da China ! Eu...eu pesquisei sobre isto !
Todos os demais arregalaram os olhos, surpresos .
-É verdade, ela tem razão!Se o denunciarmos para a polícia chinesa ele será morto!
-E agora, o que faremos? Se compactuarmos com um crime, estaremos cometendo um crime também !
Disse Motoko, aflita.
-Gente, eu tenho uma idéia !Já que o Otaru-san não viria para cá por vontade própria, vamos levar alguns homens nossos lá, para captura-lo e trazê-lo de volta para o Japão, e assim que ele chegar, os entregaremos para a Polícia Japonesa, onde ele terá um julgamento justo, e uma prisão segura e decente. Afinal, vários dos crimes dele foram cometidos aqui e não lá!
-Ai, eu...eu não aguentaria ver meu filho ser preso...isto é desumano...
Disse Momiji, com voz chorosa.
-Podemos descer no Japão em Kyoto, ao invés daqui e Nagoya. Posso falar com minhas amigas policiais  femininas de lá , Akane-san e  Maki-san para espera-los no Aeroporto, assim, ele ficará preso lá, e a senhora não precisará estar presente.
Momiji fez um sinal de “sim” com a cabeça.
Ficou então combinado que no dia seguinte, vários capangas de Hayao iriam arrancá-lo a força do prostíbulo infantil e, assim que chegassem ao Aeroporto de Kyoto, Akane e Maki o levariam preso discretamente, para a prisão preventiva, para seu julgamento.
Reunião terminada, Hayao e Motoko foram embora, de volta para Nagoya.
Takeo ainda ficou um pouco mais para telefonar para suas amigas.
-Alô, quem é?
-Oi, Maki-chan, é o Takeo-san, de Osaka, marido da Lune-san !
-Oi, Takeo-san ! Então, me desculpe não ter podido ir ao casamento de vocês, eu estava em missão, ai , que vergonha !
-Imagine, não tem problemas!Mas liguei para você por outro motivo.Vou te explicar tudo direitinho...
Takeo então contou em detalhes o caso de Otaru.
-Uh, que complicado...bom, vou falar com aAkane-san sobre isto, então...
-Tudo bem , então, assim que tiver uma resposta, me ligue, por favor !
-Pode deixar, Takeo-san !
-E como você está indo com o Hideo-san e com suas meninas?
-Não estou mais com o Hideo-san, ele está morando maritalmente com a irmã dele, e eu estou divorciada dele e estou namorando a Koume-san, a irmã do Tetsuo-san, e mais uma.Eu, elas e minhas filhas formamos uma linda família!
-Puxa, quanta novidade !E por falar no Tetsuo-san, como está seu pai adotivo?
-Ele faleceu há uns tempos atrás, de AIDS.
-Puxa, meus pêsames...
-Para mim foi um alívio me livrar daquele tarado...eu agora só quero saber de outras mulheres!
-Entendo... e está indo bem no seu trabalho?
-Ainda sou uma policial novata, ainda estou aprendendo, mas a Akane-san acha que eu estou aprendendo rápido !
-Que bom !Muito bem, vou indo, aguardo seu contato !
-Pode deixar, Takeo-san, e mande um beijo para a Lune para mim !
-Ok, mandarei sim, até mais !
-Até mais !
E Maki desligou.
Takeo então se despediu dos pais de Lune e pegou seu carro e voltou para sua casa.Ele sabia que a esta hora, Lune já poderia estar de volta.
E, de fato, naquele momento, ela já tinha saído do prédio da universidade e já estava saindo do campus, indo para casa.
Takeo sabia que ela chegaria com fome, então parou em um restaurante e levou para casa uma generosa porção de sushis e sashimis, e muito arroz também.
Chegou no apartamento, e tratou de arrumar a mesa e deixar tudo pronto, pois já era meio dia.
Não demorou e Lune finalmente chegou.
-E aí, amor, como foi lá?
-Oi, querido, tudo bem, achei a prova difícil, como eu previa, mas acredito que fui bem!Daqui uns dias saberemos !Uh, estou morta de fome !
-Tadaaaaá !O almoço está na mesa !
-Takeo-kun, mas quanta coisa , não exagerou não?
Ele abriu a geladeira e pegou a garrafa de refrigerante sabor cola e serviu aos dois.
-E eu não conheço sua fome,anjo?
Os dois começaram a jantar.
-E então, meu caro marido, como foi a reunião?
Takeo contou todo o ocorrido.
-É, acho que no fim tomaram a melhor decisão, melhor assim. Não quero nem pensar em meu irmão sendo executado por pena de morte , sozinho e no estrangeiro!Você já avisou a Maki-chan?
-Sim, ela ficou de me responder depois, mas  já me contou as novidades dela!
-Ah, então,seu fofoqueiro, vai ter de me contar!E agora !
Disse Lune, com um sorriso e piscando o olho para o marido.
Takeo contou as novidades dela.
-Ah, aquela família doida...a Maki-chan é maluquinha mesmo...mas alguma coisa já me dizia que ela gostava mesmo é de mulher...bom, contanto que ela não d~e em cima de mim quando a gente se reencontrar, está bom !
Eles terminaram de jantar, ficaram vendo um pouco de televisão juntos, e foram dormir.
Já o destino de Otaru seria selado no dia seguinte, mas a irmã dele procurava não pensar nisto no momento.

(Por Continuar)

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