segunda-feira, 25 de junho de 2018

Episódio 28- Sensibilidade de Viver:Gestação




Depois de tudo isto, tanto Lune quanto Takeo estavam exauridos, e os dois foram dormir.
O cansaço era tamanho e um se virou de costas para o outro e dormiram.
No dia seguinte, era domingo, dia de descanso, então acordaram mais tarde do que de costume.
Desta vez, porém, ao contrário do de sempre, Lune acordou primeiro que seu marido.
Normalmente era Takeo quem preparava o café da manhã, e Lune estava acostumada a sempre acordar e estar com o desjejum pronto na mesa.
Ela então preparou a comida, e deixou tudo pronto.
E Takeo ainda dormia. E já que era assim, ela aproveitou para tomar um banho e se trocar. Colocou um shortinhos comportado e uma blusinha de alcinha branca. Não quis usar sutiã, para ficar mais ‘a vontade, pois respirava melhor sem ele.
E nada de Takeo. Ela então preocupou-se que a comida iria esfriar se ele demorasse, e ela também já estava com o estômago roncando.
Ela se decidiu então: iria acordar seu marido. E da maneira mais inusitada possível.
Ela naquele dia estava se sentindo  sensual e afim de algo mais picante.
Subiu na cama, e, sem a menor cerimônia, sentou-se com suas nádegas bem em cima do rosto de Takeo, que logo se sentiu asfixiado, com nariz e boca tampados pelo traseiro dela afundado em seu rosto, enquanto ela aguardava ele acordar de pernas e braços cruzados.
-Uh, uh, uh...
Gemeu Takeo, tentando desesperadamente respirar,  levantando as pernas de Lune com as mãos.
Ela saiu de cima dele, e ele soltou a respiração, agora livre, de uma vez:
-Aaaaaaaaaaah ! Ufff...
-Bom dia, meu querido ! Gostou do meu cheirinho mais íntimo?
-Gostei sim, meu docinho !
Lune o pegou leo colarinho da camiseta regata:
-Então vem tomar o café da manhã comigo, que já está na mesa !
Ela disse com seus lábios quase tocando os dele.
-Imediatamente, minha capitã !
-Meu...desejo...é uma ordem?
Lune disse em tom bem sensual, deixando ele ver seu decote de propósito.
-Com a mais absoluta certeza !
Ela o largou e correu para a mesa:
-Então meu desejo é fome !Vem !
Takeo a seguiu para a copa, ambos se sentaram e começaram a se servir.
-A que horas sua mãe vem, querido?
-‘As onze, minha linda!
-Ótimo, então teremos tempo para o que quero hoje!
-O que você quer hoje, amor?
-Digamos que hoje eu estou...uma gata no cio...
-Huuuum..será literalmente um prazer !
Os dois tomaram e terminaram o café da manhã logo.
Lune saiu da mesa e foi para o quarto, seguida por Takeo.
-Vá tomar um banho e escove os dentes !
-Sim, minha capitã !
Ela aproveitou para escovar os dentes enquanto ele estava no banho.
Depois, preparou-se intimamente para o que vinha a seguir. Agora toda cheirosa, ela se sentou na cama e o aguardou- mas não precisou esperar muito, ele logo veio.
Assim que ela ouviu o click da porta do banheiro se abrir, ela ficou de costas para ele, olhando para a janela.
Ela esperou ele colocar um shorts, e só então o abraçou e o beijou.
Depois se soltou dele e tirou a camiseta fazendo os seios saltarem para fora.
Abraçou a cabeça  dele e a colocou entre os seios e ele sabia o que isto significava.
Por mais de uma hora, fizeram amor, e depois caíram exaustos lado a lado na cama.
Depois de uns quinze minutos descansando, eles resolveram tomar outro banho e colocar roupas mais comportadas.
Não demorou e pouco depois que  estavam prontos e a cama arrumada, o interfone tocou.
-Deve ser minha mãe , vou atender !
-Vai lá...
Dali a pouco a campainha tocava e Takeo abria a porta.
-Oi, filho, bom dia !Oi, Lune-san, bom dia para você também !
-Oi, mãe, bom dia !
-Olá, Motoko-sama, sejas bem vinda !
-Muito obrigada a vocês dois ! Eu trouxe comigo a Misa-san, uma de nossas faxineiras!
Lune olhou para Takeo, estranhando, e Motoko percebeu.
-Não, ela não  veio aqui para  fazer a faxina, Lune-san, ela veio aqui para te ensinar como se faz uma faxina, para que você aprenda, assim, poderá manter a casa sempre limpa!
Lune ficou meio ressabiada: seria uma indireta para dizer que a casa deles estava imunda?
Mas guardou tais pensamentos para si.
-Eu vou ensinar o meu filho a cozinhar, enquanto você aprende a fazer a faxina. Vamos começar?
As lições foram duras para os dois. Ambas mostravam como fazer, e pediam para eles fazer igual-e exigiam velocidade.
Era uma  e meia da tarde quando o primeiro almoço feito por Takeo na vida, arroz com curry e tekyaki, ficou pronto .
-Huuum, a carne poderia estar um pouco mais  bem passada, e o molho faltou um pouco de sal, o tekyaki está meio semgraça, mas nada mau para uma primeira vez !
-Obrigado, mãe !
-Não se anime, depois que almoçarmos, vou te ensinar as sobremesas !
-Quer se sentar conosco, Misa-san?
-Não, obrigada, Lune-dono, eu já fiz meu prato, e vou comer na área de serviço.
-Mas...
-Deixe ela, Lune-san, ela sabe o lugar dela...
Disse Motoko com olhar severo.
Aquela separação de classes afetava muito a Lune, que era esquerdista e nutria forte simpatia pelo comunismo , socialismo e anarquismo, e ela se condoeu do olhar submisso e baixo da moça, que tratou de se retirar imediatamente da copa e ir para a área de serviço.
-Eu acho que...
Motoko interrompeu Lune bruscamente:
-Eu também acho que o molho tekyaki poderia estar um pouco mais picante, Lune-sama, tem razão !Bom, a Misa-san já tem as instruções de te ensinar a limpar a cozinha só depois que eu tiver ensinado  seu marido a fazer umas sobremesas decentes.E depois que terminarmos, filho, você irá me levar para passear no shopping, certo?
-Sim, senhora, mãe !
Numa destas de aprender fazer a faxina, Lune estava na verdade fazendo sozinha a faxina no apartamento inteiro.Até os detalhes foram ensinados.
Lá pelas quatro da tarde, Takeo e Motoko saíram para  passear no shopping, e Lune ficou sozinha com Misa.
Ela resolveu ir ao banheiro, e quando voltou, viu a faxineira chorando, sentada num canto da área de serviço, com as mãos no rosto.
-Misa-san? O que foi?
-É...tanta humilhação, Lune-dono...obrigada por me oferecer sentar na mesa com vocês, mas...eu não podia ! Minha chefe é muito rigorosa e severa e...
-Ela é elitista e preconceituosa, isto sim !Mas eu não sou assim. Vem !
Lune abriu os braços na direção dela, e Misa a abraçou de volta e chorou no ombro dela, convulsivamente.
Lune acariciou os cabelos  dela com carinho.
-Por que se sujeitar a isto? Por que não pede demissão?
-Não posso, Lune-dono. Tenho de sustentar minha avó, se eu perder  o emprego, ela morre de fome...
-Entendo, minha amiga...
-Amiga?
-Sim, amiga. De agora em diante, Misa-san, você é e será minha amiga, conte sempre comigo !
-Muito obrigada, Lune-dono !
-Me chame de Lune-san, por favor,somos amigas agora, não é mesmo?
-Amigas ! Muito obrigada, é a primeira pessoa que não é do meu meio que me chama de amiga, fiquei tão feliz...
-Olha, Misa-san, sinceramente, se eu pudesse,  empregava você aqui, mas não ganho o suficiente para te pagar o que sua patroa te paga...
-Imagine, Lune-san, o que importa é o seu apoio, a sua amizade!Vamos continuar então?Se a patroa me pega conversando com você...
-Vamos lá, então, limpar a cozinha !Afinal, deixaram tudo para a gente, olha quanta louça suja !

(Por Continuar)

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