Depois de toda esta temporada em
Osaka, Lune e Mercedes podiam finalmente respirar aliviadas.
A grande cobertura jornalística
regional, somada ‘ a grande cobertuda pelas redes sociais, da prisão de Kotomi
e com as provas de que fora ela quem engendrara toda esta perseguição, fizeram
com que a cidade de Sakura City, a Universidade e seus alunos, vissem as duas com olhos muito mais benevolentes.
Assim, elas finalmente puderam voltar
para a cidade e seu curso.
Lune logo recebeu um telefonema de
Natsumi, a dona do pensionato, dizendo que o quarto das duas estava
reestabelescido de volta e que podiam voltar sem medo.
Assim, no dia seguinte, as duas
pegaram a estrada, desta vez sem polícia, correria, perseguição ou insegurança
e no final da tarde, após cinco horas de viagem, chegaram em Sakura City e
depois, no pensionato.
Para a surpresa delas, foram
recebidas com uma festa de boas vindas, e todas as colegas, além de Natsume,
lhes pediram desculpas.
A festa varou o fim de tarde e boa
parte da noite, e as duas, cansadíssimas, foram dormir.
No dia seguinte, mais festa na Universidade
e uma reunião na Reitoria, para acertar como seria feita a reposição das aulas
e provas que perderam.
Por duas semanas teriam de permanecer
na Faculdade até a noite, com aulas de reposição e provas idem, para que o ano
letivo delas não fosse sacrificado.
Elas então almoçavam e jantavam na
faculdade e só iam para o pensionato a noite, para dormir.
Foi uma época bem pesada e que
tiveram de estudar com muito mais afinco e rigor do que o já severo curso que
faziam normalmente.
Mas Lune era muito estudiosa por
natureza, e ajudou muito a Mercedes, que não estava acostumada com o rigor e a
severidade dos cursos japoneses.
Assim, conseguiram recuperar o atraso
e ainda passar nos exames finais do semestre, que enfim, estava terminando.
Elas já nem sabiam mais o que era um
fim de semana ou um feriado de tanto estudar, e seus dedos ficaram até
calejados de ficar com o lápis e a caneta na mão, escrevendo, resolvendo exercícios,
estudando, enfim.
Mas as notas foram boas,
especialmente as de Lune, enquanto que Mercedes passou raspando.
Agora eram novamente tempos de férias e, embora Lune
pudesse ir de trem ou avião, ela não confiava mais em mandar carro de caminhão
para Osaka, de modo que resolveu ir para sua cidade natal dirigindo.
Para que a viagem não ficasse tão
pesada, ela resolveu fazer duas paradas para descanso no caminho, aumentando o
tempo de viagem para longas sete horas.
Chegou em casa, em Osaka no começo da
noite, bem na hora em que o jantar estava sendo servido.
Foi quando percebeu, ao rever Ruri,
que sua irmã estava no finzinho da gravidez, e que não demoraria para dar a
luz.
Ruri não quis jantar na cozinha naquele dia, e havia uma novidade
desta vez: Kazuo mandara construir um novo quarto no andar de baixo, diminuindo
a sala de estar, pois estava muito complicado para Ruri, com barrigão, subir e
descer escadas.Ela estava portanto, ao menos por enquanto, dormindo no novo
quarto, e o que ela sempre dormiu antes estava vago.
Isto permitiu que o marido dela,
Soichiro,se mudasse para a casa dos Tamasuki e morasse no mesmo quarto que
Ruri.
Kazuo e Momiji permitiram, já que
Ruri precisava, na reta final da gravidez, de todo o apoio possível.
Já estava combinado, no entanto, que
após a criança nascer, eles se mudariam para o apartamento de Soichiro, que
ficava a menos de um quilômetro dali.
Durante o jantar, Lune, mesmo
cansada, não resistiu a perguntar ao casal:
-E aí, vai ser menino ou menina?Já
escolheram o nome?
-É menina, onee-chan, e vai se chamar
Rena !
-Rena?Que gracinha !Estou tão feliz
por vocês dois !
Ambos agradeceram a ela.
Após o jantar, Lune, exausta,
resolveu ir dormir.Normalmente não iria tão cedo, mas era bom demais estar de
volta na sua cama larga e confortável, no seu quarto tão familiar !
(Por Continuar)
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