quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Episódio 128-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP






No dia seguinte, Lune acordou cedo, afinal, tinha ido dormir cedo no dia anterior.
Ela estava até estranhando não ter sua colega Mercedes no mesmo quarto, de tão acostumada que já estava.Mas a sua colega de quarto e de faculdade tinha ido passar as férias na Espanha, terra natal dela.
Lune então tirou a camisola, se desnudou e foi tomar um banho.
Saiu quinze minutos depois e se trocou com o estômago roncando.
Por isto mesmo, só colocou um shortinhos largo e esvoaçante, e uma camiseta sem mangas,sendo que por baixo, de lingerie só vestia calcinha, pois estava com preguiça de colocar sutiã, e também, pela pressa de comer logo.
Colocou uma sandalhinha leve e desceu as escadas, depois de se opentear de qualquer jeito.
Logo estava na cozinha e estavam todos reunidos na mesa para o desjejum.
-E aí, onee-chan,bom dia, dormiu bem?
-Dormi sim, Ruri-nee-san !E você...
-Ah, nem dormi direito...barrigão, dificuldade de respirar, dor nas costas, a Rena chutando toda hora...e aí, você está ansiosa para ser tia?
-Ai, Ruri-nee-san,agora é que está me caindo a ficha, viu?Não tenho nem idéia de como é ser tia...
-Pois vá pensando, pois não vai demorar a chegar este dia !
Disse Soichiro, sorrindo.
E a conversa continuou e dali a pouco todos terminavam o café da manhã.
Soichiro e Kazuo ajudaram Ruri a se levantar e até para caminhar ela já tinha dificuldades.
Eles a estavam conduzindo ao sofá da sala, quando ela se envergou e gritou:
-Aaaaaaaaaaaaiiiiiiiiii !
-O que foi, meu amor?
-Filha, o que aconteceu ?
-Aaaaai, contração, contração !
-O médico disse que se as contrações começarem a ficar comuns, estará na hora de ir fazer o parto no hospital !
-Pois é, Kazuo-dono, ela teve contração várias vezes durante a noite...de duas em duas hora, mas agora faz só uma hora da última!
-Então está chegando a hora do parto, Soichiro-san !Melhor levarmos a ela no hospital desde agora !Filha, vamos deitá-la um pouco no sofá para você descansar um pouco !
Disse Kazuo, preocupado.
-Você vai ficar bem, filhinha, ouça sua mãe...mamãe está aqui com você!
Disse Momiji, toda aflita.
-Calma, mãe, a senhora está mais nervosa que eu...aaai...
-Ruri-neee-san eu também estou com você para te apoiar! Pai, acho melhor levarmos ela no meu carro! O seu tem as portas muito baixas e estreitas, e o da mamãe é muito estreitinho e apertado...
-Tudo bem, filha, vamos no seu, então! Tome o controle da garagem, já vai abrindo seu carro e deixando tudo preparado !
Lune foi até a garagem e abriu a porta do seu carro, removeu objetos que estavam no banco de trás e deixou o banco limpo para ela.
Logo Kazuo, Momiji e Soichiro chegavam com Ruri, que teimou que ainda era capaz de caminhar, mas foi amplamente apoiada.
Primeiro entrou Momiji, que se sentou no largo banco traseiro do lado esquerdo, depois foi a vez de Ruri subir com muita delicadeza, e ser deitada, para ficar com a cabeça no colo da mãe.
Por fim, Soichiro se sentou do lado direito, colocando as pernas da esposa para cima para melhorar a circulação delas.
Lune se sentou no banco do motorista, e Kazuo, do acompanhante.
-Filha, não precisa correr, dirija com muito cuidado, pois não queremos que sua irmã escorregue para a frente.Ela ainda não está em trabalho de parto, então, não tem pressa, ao menos ainda.
-Tudo bem, papai !Para qual hospital nós vamos?
-O Osakakaisei , filha !
-Ok, eu sei oonde fica ! Então vamos nós !
Lune deu ré e saiu da garagem e ganhou as ruas e avenidas.
-Ai!Aaaaaaaai !
-Outra contração, amor?Mas não faz nem meia hora...
Disse Soichiro.
-O intervalo está diminuindo, ela logo vai entrar em trabalho de parto !
Disse Momiji, preocupada.
-Já estamos chegando, gente, calma!Só faltam mais uns quarteirões!
Disse Lune, procurando se apressar um pouco mais.
-Calma, filha, vai ficar tudo bem, aguente firme !
Dizia Momiji, acariciando a cabeça de Ruri e pegando na mão dela.
Logo o hospital, imponente, já podia ser visto, e Lune subiu a rampa de acesso e parou na porta da recepção.
-Vão levando a ela enquanto eu estaciono o carro !
Disse Lune.
Todos os outros desceram, e Kazuo foi logo chamando enfermeiras e enfermeiros , que vieram correndo com uma maca.
Ruri foi tirada do carro com delicadeza e colocada na maca, onde foi presa com tiras de velcro para não cair.
Eles a levaram para dentro, enquanto Lune saía da rampa e ia para o estacionamento.Achou uma vaga, e, como sempre, o próprio carro estacionou sozinho para ela.
Só então ela foi correndo para a recepção, onde deu o seu nome e de sua irmã, e foi informada de que ela e sua família estavam no quarto andar, no quarto cento e oito.
Ao chegar no quarto, Ruri já estava rodeada de médicos e enfermeiras que a examinavam e Lune perguntou a eles:
-Está tudo bem com ela?Sou irmã dela!
-Sim, está tudo bem. Ela está para entrar em trabalho de parto, portanto já estamos fazendo os exames e a mesa de cirurgia está sendo preparada. Peço aos familiares, por favor, que fiquem aguardando na sala de espera deste andar!
-Mas eu preciso acompanhar minha filha !
-Tudo bem, senhora Momiji, o que não pode é ter um monte de gente em volta dela, atrapalhando, fica só a senhora então. Mas quando ela for para a sala de cirurgia, a senhora não poderá ir junto, fui claro?
-Sim, doutor !
Assim, Soichiro, Kazuo  e Lune tiveram de ficar na sala esperando.
Logo Lune ligava para Takeo, e pediu a ele que fosse também e fizesse companhia para ela.
Não demorou muito e ele apareceu, afinal, o apartamento dele era perto dali.

(Por Continuar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário