-Não pode,
senhorita!A senhorita não poderia estar aqui dentro, por favor, venha comigo
que a conduzirei para...
-O motel?Você
está me cantando, é isto, seu tarado?
-Não,
senhorita, a conduzirei para fora !
E o guarda
tentou pegar em seu braço, que foi retirado com rispidez.
-Não me toque
ou eu te acuso de estupro !
O guarda deu
um passo para trás , assustado e indeciso.
-Está vendo
este carro? É meu, olha a chave, os documentos! Como eu não posso pegar o meu
carro para ir embora, se até já paguei o estacionamento?Olha o recibo aqui
!Plha bem para este carro, seu bitolado, é uma Mercedes !Sou poderosa !
-Senhorita,
por favor, coopere, sou obrigado a convidá-la para...
-Transar?
-Nãaaaao,
sair, por favor, por favor, senhorita, retire-se...
-Pois não...
E Lune entrou
no carro dela.
-Não,
senhorita, é para a senhora sair a pé!
-Detenha-me,
se puder...
Lune deu a
partida no motor , e como ela tinha estacionado de ré, saiu de frente com
ímpeto.
Em desespero,
o segurança caiu ajoelhado no chão e chamou os colegas pelo rádio.
Mas não deu
tempo.
Lune tinha
estacionado perto da saída, e aproveitou o portão aberto para escapar.
Os
seguranças, correndo atrás do carro, tentaram fechar o portão, mas o carro de
Lune saiu primeiro e por pouco o portão não bateu na lataria.
A corrida
porém, foi curta. Lune deu a volta no quarteirão, e estacionou numa lateral. E
ligou de novo para o pai, pedindo para ele e o resto da família irem encontra-la
no local onde estacionara.
Poucos minutos
depois, eles chegavam. E Momiji estava uma fera !
-Ué, o
Soichiro-san não quis vir com vocês?
-Não,
Lune-san, ele ficou ao lado da Ruri-san, melhor assim!
Disse Kazuo,
sentando-se no banco de trás e por uma boa razão: Momiji quis se sentar no
banco do acompanhante!
-Você não
tem vergonha mesmo, não é, filha? Sempre
dando trabalho !Sempre dando trabalho !A vida inteira nos dando trabalho e nos
fazendo passar carão e vergonha !
-Ah, mãe,
vai...
-Ah, mãe vai
coisa nenhuma, menina ! Pombas, com que cara você acha que fiquei diante da
Ruri-san, do Soichiro-san, das enfermeiras, do médico?Heim?Quase fomos expulso
do Hospital, por causa desta sua eterna mania de brigar com todo mundo !Não
pode obedecer a alguém uma vez na vida não?
-Mãe, eu
estou dirigindo, e não quero ficar nervosa, ou vamos acabar batendo !Hoje foi
um dia muito estressante para mim !
-Aaah, para
você?É? E para mim, pensa que não foi não?
-Para todo
mundo, pronto, ninguém merece !
-Merece sim,
você merece ouvir tudo isto e muito mais!
-Não me encha,
chega ! Já entendi, agora para !
O nervosismo
de Lune começou a se refletir na velocidade do carro.
-Não basta
entender, tem que aceitar !
-Virou
ditadura, é, mãe?
-Sempre foi
ditadura, e com você, que parece ter prazer em dar trabalho, envergonhar a
família e nos estressar, tem que ser ditadora mesmo !
-Ah, certo,
ainda confessa , Senhora Imperatriz !
-Se você não
tivesse dirigindo, te dava um tapa !
-É, é só na
base da violência que você sabe resolver as coisas mesmo, não?Que droga !
-Claro que
sim, pois você não respeita sua mãe !
-É por que
minha mãe não respeita sua filha !
-Pombas, como
não respeito?Quantas vezes não te acudi, sua ingrata? Quantas vezes não movi
mundos e fundos para te salvar, heim?Heim?Olha para mim !
-Não posso,
não vê que estou dirigindo?
-Ainda bem
que chegamos !
-Querem saber,
desçam, e entrem, eu vou é dar umas voltas !
Momiji bateu
a porta do carro com violência.
Kazuo estava
tenso: sabia que Momiji iria dali a pouco descontar toda a sua raiva nele !
(Por Continuar)
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