-A senhora diz aumentar a capacidade Zarp para
atingirmos Zarp oitenta e cinco mil, ou mesmo cento e setenta mil?
-Exatamente, Isolda!
-Mas isto é muito mais rápido do que qualquer
nave já produzida antes, capitã! Nem mesmo as fragatas Classe Guardian ou
Vigilante, de reconhecimento, chegam nem perto da metade disto !
-Mas é possível, Isolda?
-Teóricamente é, senhora,em tese , o potencial de
velocidade ZARP dos geradores De Vrott é infinito, porém, tem a questão do
superaquecimento das naceles, se a velocidade foi extremamente alta por muito
tempo. Nossa nave, por exemplo, tem uma velocidade “não exceder” programada
para Zarp nove mil.
-Então, é só reprogramar para o quanto quiser,
oras...
-Não é tão simples assim, e não são só os motores
que tem de serem reprogramados, eu vou mesmo precisar da ajuda da Wendy!
-Ela está a seu dispor, Isolda !
Wendy não gostou muito da capitã ter falado em
nome dela, mas nada podia fazer.
-Tudo bem, Capitã, vamos precisar de vinte e um
dias para este serviço!Mas posso tentar fazer em quinze !
-Muito bom, vocês tem uma semana ! Podem ir !
Isolda fez uma cara de “Mas...mas...”, porém,
Dina estava irredutível em seus prazos. Ela não era das mais pacientes.
-Vamos, Wendy? Me siga, por favor !
As duas entraram no elevador e foram até o deck
da Engenharia.
-Ah, esta Capitã, é impossível !Só me dá prazos
loucos e eu que me vire !
-Muito chato isto, Isolda...
Respondeu Wendy.
Mas o comunicador da engenheira tocou:
-Ahaaam, eu escutei isto, Isolda ! Vai logo,
preguiçosa, anda !
-Sim, senhora, Capitã, chegamos na Engenharia
agora !
A ligação foi cortada.
Já na ponte:
-Capitã,
não é muito educado espionar as conversas das comandadas...
Dina corou de vergonha.
-Eu não preciso ficar te dando explicações,
Imediata, deixa de ser metida !Bom, eu já estou estressada, e vou ao meu
aposento dormir um pouco. Fique no comando, Amber !
-Sim, senhora.
E lá se foi Dina.
Ela entrou no seu quarto e, com a porta já
devidamente trancada, se desnudou completamente e ferrou no sono.
Mas em
outro canto da nave, Sasha, a Chefe da segurança, estava entediada.
Como Chefe da Segurança, espécie de polícia da
nave, seu trabalho era resolver brigas ou crimes que ocorressem entre os
tripulantes, ou prender, ou mesmo matar, invasores ou intrusos.
Fora disto, não havia o que fazer e como a missãoestava
calma, estava sem ter o que fazer o dia todo.
Então resolveu ir no HoloDream, uma sala de
projeções holográficas tridimensionais programável, onde as pessoas podiam
viver seus sonhos e fazer de conta que o realizavam, com segurança.
Ela pegou o elevador e foi ao deck sete, onde
ficava esta sala.
Quem a atendeu na entrada do Holodream foi Irisa,
a assistente pessoal da Capitã.
-Pois não, senhorita Sasha, em que posso ajuda-la?
-Quero que faça uma cena de encontro amoroso entre eu e a Isolda. O ambiente pode ser um café europeu
do século XXI.
-Permissão concedida, e programação registrada e
implementada !
Aproveite bem, Oficial Chefe da Segurança Sasha !
(Por continuar)
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