Ela sabia que não
adiantaria sair pela porta da frente, outros piratas iriam intercepta-la.
A altura do janelão
para a água era grande, e ela nem sabia qual a profundidade da água do porto.
Mas sabia que tinha
de saltar, era isto ou ser escrava sexual pelo resto da vida.
E ela saltou !
Ela caiu na água com
força, mergulhou fundo, mas seu instinto
de sobrevivência gritou e ela logo emergiu na superfície.
Por sorte estava
perto da beirada do cais, e conseguiu ganhar a terra.
Toda encharcada,
tratou de correr na direção contrária ‘a das tavernas e correu como o vento.
Para sua sorte,
ninguém percebera sua fuga no navio. Estava salva !
Mas voltando um
pouco no tempo, naquela tarde no Black Marlin, depois das punições ‘a Lea
e Joanna, foi organizado o desembarque
na Ilha.
Sessenta piratas
desembarcaram e dezesseis ficaram tomando conta do navio. Entre as que desceram
para terra firme, nas várias viagens de ida e volta do bote, estavam Léa,
Joanna , Celine e Melissa.
A praia estava
forrada de sargaços, era pedregosa e acidentada.
Um pouco mais para
dentro da ilha, rochas escuras afloravam do solo. Mas quando as piratas,
curiosas,observaram mais de perto, perceberam que não eram bem rochas: eram
ossos enegrecidos e petrificados de estranhos animais, alguns gigantescos, que
elas nunca tinham visto antes.
Elas não sabiam, mas
aquilo eram fósseis de animais pré-históricos, milhares deles!
Então ouviu-se o som
de algo borbulhante e um cheiro forte de alcatrão.
Eram poças de
asfalto quente, na verdade fervente, onde muitos esqueletos de animais se sobressaíam tétricos.
-Capitã, eu não
estou gostando deste lugar...tantos monstros e bestas mortos, este cheiro
horroroso...
-Lá vem você com
suas superstições,Juliette !
-Acho que é o lugar
mais malcheiroso que já estive em minha vida !
-Acho que vou
regurgitar, Laura...
-Não em mim, por
favor, Raquel !
-Credo, que nojo !
Disse Suzanne.
Elas continuaram
avançando e adentraram na mata.
-Bom, pelo que diz
no mapa, temos de avançar cinquenta passos em frente, depois virar para
estibordo quando virmos um...esqueleto de cavalo?
-Uuuuh, isto é
tétrico ,Capitã !
-Oras, Imediata, é
só um cavalo morto...mas que raios estariam fazendo cavalos numa ilha deserta?
-Ali, Capitã, olha !
June olhou para onde
Lilian apontara: havia uma poça de asfalto, de onde emergia um fóssil de cavalo
enegrecido pelo tempo, obviamente atolado.
Juliette se agarrou
ao braço de June.
-Aaai, estou com
medo, Capitã, esta ilha é amaldiçoada ! Mas nem por um milhão de moedas de ouro
eu ficaria nesta ilha a noite !
-Não precisaremos
dormir aqui, Imediata, agora , quer fazer o favor de me largar, sua medrosa?
Bom, continuando, virando a estibordo e andando cem passos agora, até encontrar o esqueleto de um urso
gigante !
-Eu, heim?
Disse Juliete, com
os nervos ‘a flor da pele.
-Ali, Capitã !
-Muito bem, Carmen !
E lá estava ele:
incrustrado numa parede de rocha negra, o esqueleto de um urso gigantesco, em
pé, com altura tranquilamente maior que duas piratas uma em cima da outra!
-Aaaaaaaaah ! Gritou
a Imediata, querendo sair correndo.
Mas June a pegou
pelo braço.
-Fique aqui comigo,
é uma ordem !Bom, vamos ver: a dez passos a bombordo do urso escavar sete
palmos de profundidade e...
-Aaaah !
-É a Vivian, Capitã,
ela caiu numa areia movediça !
-Obrigada, Joanna !
Vamos lá, gente, vamos ajuda-la !Laura, pegue aquele cipó, e jogue-o para ela !
Long Legs Laura
obedeceu.
-Puxe-a, Laura !
Disse June, depois
que Vivian pegou o cipó.
Só que subitamente
ouviu-se um sibilo sinistro!
-Cobra ! E é
gigantesca !
(Por continuar)
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