Assim que se refez, no entanto, Celine se
levantou e , cheia de revolta, tomou uma atitude de coragem, na frente de todo
mundo, totalmente inesperado:
-Desgraçada ! Desgraçada ! Não era isto que voc~e
queria, Léa? Não era isto, sua covarde?
Soou um
“-Oooooh !Ela chamou Léa de covarde !”
E Léa ouviu. Virou as costas para ficar de frente
para a menina, tremendo de nervosa!
-Como se atreve, pirralhinha, a me chamar de
covarde, bebê chorão? Quer morrer, como seu maldito papagaio, é?
-Aquele papagaio salvou minha vida !Ele era
melhor que você , pois fez por mim o que você nunca seria capaz de fazer !Ele
enfrentou e deu a vida dele por mim !
-Ah, então você quer me enfrentar?
E sacou sua espada, com um sorriso maléfico no rosto.
Estava pronta para matar a menina , desarmada, a sangue frio !
Porém, quem apareceu, e se interpôs entre as
duas, foi a própria Capitã:
-Celine tem razão. Você é mesmo uma covarde desgraçada, sua fanfarrona !Querer matar com
sua espada uma criança, e desarmada
ainda por cima, a sangue frio? Sim, tem de ser muito covarde para isto
mesmo !
E June sacou sua espada.
Todas as outras piratas olharam feio para Léa,
até sua melhor amiga, Vívian, todas a fuzilando com olhar de reprovação.
Léa não teve coragem de enfrentar sua Capitã e o
restante da tripulação. Abaixou sua espada e a guardou de volta.
-Long Legs Laura, leve-a para a popa e lhe dê um
castigo, que ela merece!
Disse June, apontando para Léa.
-E agora, todas de volta a seus postos !
-Sim, senhora, Capitã !
Disseram todas.
Mas antes, delas, Celine notara que Joanna
sumira.
Logo ela voltou, com uma singela e pequena
caixinha de madeira nas mãos e a mostrou para a menina, com lágrimas nos olhos.
Era o caixãozinho de Anette !
Celine abraçou Joanna, emocionada e chorou nos
ombros dela.Ela era uma boa amiga , afinal, e a estava sempre protegendo!
June autorizou na hora, e junto com Juliete,
assistiu a colocação cuidadosa dos restos de Anette na caixinha, e ela ser
fechada, e depois a tampa amarrada com uma fita colorida , com um delicado
lacinho.
-Obrigada, Anette, muito obrigada, por tudo o que
você passou comigo, por me divertir, me consolar , ser minha amiga, fiel, leal,
companheira, você nunca me traiu, a mim, que te criei desde o ovo...e você deu
sua vida por mim, para me proteger...você me alertou do perigo, e eu, burra,
não entendi, mas você me avisou, por que você me ama e sempre me amou como eu te amo, e sempre te amei, que prova
maior de amor eu posso ter do que você me presentear com sua própria
vida?Eu...eu nunca vou me esquecer de voc~e, Anette, nunca !E que linda e
preciosa lição você me deixou, Anette, eu a aprendi, e nunca mais vou esquecer
!Au revoir, mon cherie ami, au revoir...au...revoir..
Celine não conseguiu falar mais nada e jogou o
caixãozinho no mar, que, por algum tempo, flutuou ao sabor das ondas.
Celine caiu ajoelhada no chão e desfiou seu
pranto.
Mais tarde, quando o almoço ficou pronto, ela não
teve fome. Estava inconsolável !
(Por Continuar)
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