quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Episódio 8-As Piratas também sonham;O Destino do Belingerance




Como prometido, naquela noite, quando a tripulação se recolheu e Lafitte estava indo para sua cabine, Cretini apareceu e barrou-lhe a entrada com sua pança de generosas proporções.
-O que você está fazendo na frente da porta, de braços abertos, Imediato?
-Senhor, eu lhe peço encarecidamente, por favor , não se deite com a Senhorita Desirée !
-Como é que é, ficou louco, Cretini?Quer morrer?
-Se for necessário, morrerei por ela, Capitão. Eu amo a ela e quero desposá-la !
-Você, desposá-la?Ahahahahahahahahah, que piada é esta que você foi arrumar, mandrião?Você já fez muita fanfarronice, mas esta é nova !
-Eu estou falando sério, Capitão, eu amo de fato Desirée e estou disposto a dar minha vida por ela!
Do outro lado da porta, Desirée ouvia tudo, mal acreditando no que ouvia...ele falara a verdade !
Ela ficou emocionada. Um raio de esperança lhe trespassou a alma!
-Decididamente você enlouqueceu mesmo ! Saia da frente agora !É uma ordem !
Cretini desembainhou sua espada e a apontou para seu capitão.
-Jamais ! Eu vou defender minha amada com a minha vida !Só por cima do meu cadáver !
-Aaaah, que assim seja ! Isto é motim, e aqui a pena por motim é a morte !Morra !
Lafitte sacou sua espada, e ,com muita habilidade, desarmou Cretini e em seguida perfurou o ventre dele de fora a fora com a espada, que trespassou a porta e a ponta apareceu do outro lado, pingando sangue.
Desirée deu um grito de horror.
Cretini tombou morto numa lagoa de sangue.Lafitte passou por cima do cadáver dele e abriu a porta. A filha dele chorava convulsivamente.
Ela estava arrependida de ter duvidado do amor de Cretini e se sentia culpada por ele dar aquela prova de amor para ela.
“-Ele deu sua vida por mim, para me defender...” foi o pensamento que lhe passou pela cabeça.
-Muito bem, sua vadia ordinária, foi você quem enfiou caraminholas na cabeça dele, não foi?Eu perdi um bom Imediato por sua causa, desgraçada !Hoje você vai apanhar muito !
-Me mata ! Me mata logo de uma vez ! Me mataaaaa !
Berrou Desirée histérica e desesperada.
Lafitte pegou um chicote em seu armário.
E por horas seguidas  ela apanhou com chicotadas violentas, enquanto Lafitte gargalhava alucinado e descontrolado, completamente fora de si .
Quando ela estava toda arrebentada, com a pele e os múisculos em frangalhos, sangrando abundantemente, Lafitte se despiu e a estuprou mais uma vez pelo resto da noite. Só parou quando o sol raiou...
No dia seguinte, Desirée acordou de seu desmaio e percebeu que tinha sobrevivido mais uma vez.
O episódio de Cretini, no entanto fez crescer a esperança e a revolta no coração dela. Ela se decidiu que não queria mais morrer, queria fugir e se vingar de seu progenitor.
E não demorou para ter sua chance: naquela mesma manhã, escutou o vigia gritar:
-Terra ‘a vista !
Imediatamente ela começou a arquitetar um plano para escapar das garras do pai dela.
Era a Ilha de Fontanara, e logo o  navio aportou.
Lafitte deixou seis homens no navio e o resto foi com ele para a taverna comer e se divertir, e, Desirée, como era prisioneira, ficou.
Ela viu pelos janelões da cabine a tripulação indo embora.
Havia um pirata na frente da porta, tomando conta dela.
Desirée começou a gemer alto, como se estivesse sob imenso prazer sexual, insistentemente.
E o pirata ouvindo e esse excitando.
Aí ela começou a gritar com voz rouca:
-Vem !Veeem !Veeeem !
O sujeito não aguentou mais, e abriu a porta, e encontrou ela na posição mais erótica possível, completamente nua.
Ele imediatamente fechou a porta e se despiu, excitadíssimo.
-Me solta, para a gente fazer amor...por favor...
Disse ela com voz rouca e  sensual.
Ele  a soltou da corrente e foi para cima dela.
Ela no entanto, tirou um punhal de debaixo do travesseiro, que encontrara antes numa gaveta próxima, e afundou-o no pescoço dele, bem na jugular.
O sangue esguichou em alta pressão e ele perdeu os sentido quase que imediatamente.
Ela então se levantou da cama, colocou um vestido e abriu um dos janelões.

(Por Continuar)

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