Como prometido,
naquela noite, quando a tripulação se recolheu e Lafitte estava indo para sua
cabine, Cretini apareceu e barrou-lhe a entrada com sua pança de generosas
proporções.
-O que você está
fazendo na frente da porta, de braços abertos, Imediato?
-Senhor, eu lhe peço
encarecidamente, por favor , não se deite com a Senhorita Desirée !
-Como é que é, ficou
louco, Cretini?Quer morrer?
-Se for necessário,
morrerei por ela, Capitão. Eu amo a ela e quero desposá-la !
-Você,
desposá-la?Ahahahahahahahahah, que piada é esta que você foi arrumar,
mandrião?Você já fez muita fanfarronice, mas esta é nova !
-Eu estou falando
sério, Capitão, eu amo de fato Desirée e estou disposto a dar minha vida por
ela!
Do outro lado da
porta, Desirée ouvia tudo, mal acreditando no que ouvia...ele falara a verdade
!
Ela ficou emocionada.
Um raio de esperança lhe trespassou a alma!
-Decididamente você
enlouqueceu mesmo ! Saia da frente agora !É uma ordem !
Cretini desembainhou
sua espada e a apontou para seu capitão.
-Jamais ! Eu vou
defender minha amada com a minha vida !Só por cima do meu cadáver !
-Aaaah, que assim
seja ! Isto é motim, e aqui a pena por motim é a morte !Morra !
Lafitte sacou sua
espada, e ,com muita habilidade, desarmou Cretini e em seguida perfurou o
ventre dele de fora a fora com a espada, que trespassou a porta e a ponta
apareceu do outro lado, pingando sangue.
Desirée deu um grito
de horror.
Cretini tombou morto
numa lagoa de sangue.Lafitte passou por cima do cadáver dele e abriu a porta. A
filha dele chorava convulsivamente.
Ela estava
arrependida de ter duvidado do amor de Cretini e se sentia culpada por ele dar
aquela prova de amor para ela.
“-Ele deu sua vida
por mim, para me defender...” foi o pensamento que lhe passou pela cabeça.
-Muito bem, sua
vadia ordinária, foi você quem enfiou caraminholas na cabeça dele, não foi?Eu
perdi um bom Imediato por sua causa, desgraçada !Hoje você vai apanhar muito !
-Me mata ! Me mata
logo de uma vez ! Me mataaaaa !
Berrou Desirée
histérica e desesperada.
Lafitte pegou um
chicote em seu armário.
E por horas
seguidas ela apanhou com chicotadas
violentas, enquanto Lafitte gargalhava alucinado e descontrolado, completamente
fora de si .
Quando ela estava
toda arrebentada, com a pele e os múisculos em frangalhos, sangrando
abundantemente, Lafitte se despiu e a estuprou mais uma vez pelo resto da
noite. Só parou quando o sol raiou...
No dia seguinte,
Desirée acordou de seu desmaio e percebeu que tinha sobrevivido mais uma vez.
O episódio de
Cretini, no entanto fez crescer a esperança e a revolta no coração dela. Ela se
decidiu que não queria mais morrer, queria fugir e se vingar de seu progenitor.
E não demorou para
ter sua chance: naquela mesma manhã, escutou o vigia gritar:
-Terra ‘a vista !
Imediatamente ela
começou a arquitetar um plano para escapar das garras do pai dela.
Era a Ilha de
Fontanara, e logo o navio aportou.
Lafitte deixou seis
homens no navio e o resto foi com ele para a taverna comer e se divertir, e,
Desirée, como era prisioneira, ficou.
Ela viu pelos
janelões da cabine a tripulação indo embora.
Havia um pirata na
frente da porta, tomando conta dela.
Desirée começou a
gemer alto, como se estivesse sob imenso prazer sexual, insistentemente.
E o pirata ouvindo e
esse excitando.
Aí ela começou a
gritar com voz rouca:
-Vem !Veeem !Veeeem
!
O sujeito não aguentou
mais, e abriu a porta, e encontrou ela na posição mais erótica possível,
completamente nua.
Ele imediatamente
fechou a porta e se despiu, excitadíssimo.
-Me solta, para a
gente fazer amor...por favor...
Disse ela com voz
rouca e sensual.
Ele a soltou da corrente e foi para cima dela.
Ela no entanto,
tirou um punhal de debaixo do travesseiro, que encontrara antes numa gaveta
próxima, e afundou-o no pescoço dele, bem na jugular.
O sangue esguichou
em alta pressão e ele perdeu os sentido quase que imediatamente.
Ela então se
levantou da cama, colocou um vestido e abriu um dos janelões.
(Por Continuar)
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