quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Episódio 9-Admirer Voyages



Episódio 9

O Elevador levou  Dina até o Deck três, onde ela caminhou por vários corredores até chegar na Enfermaria.
-Capitã?A que devo a honra de sua visita?
-Oi, Nádia, eu estou com os seios doloridos.
-Huum, você está  no seu período?
-Ah, tenha a paciência, Doutora,  claro que não..
-Menopausa, talvez?
-Ah, vá ! Eu tenho apenas trinta anos, doutora, estou muito longe disto !
-Eu sei, eu sei, só estava brincando com você, Capitã. Mas vamos lá, me conta o que aconteceu.
Dina descreveu a sua cena na mesa do escritório.
-Huum, entendi. Abra o uniforme e coloque sua laranjinhas para fora...
-Também não precisa fazer gozação, não é doutora? São pequenos, mas também não precisa exagerar...
Dina desnudou-se da cintura para cima.
-Ainda estão em pé e continuam fofinhos !
-Tarada !
-Estou brincando, sua boba, olha, não foi nada de mais, é que esta região é muito delicada e sensível mesmo. Vou pegar o scanner médico, já que não é grave o suficiente para precisar de scanner de corpo inteiro.
Nádia passou o scanner portável pelos seios  de Dina  com delicadeza.
-Não é nada. Apenas alguns nervos estão meio nervosos por terem sido tocados de leve, mas não há nenhum dano sério. A dor deve passar logo, mas vou passar o massageador mamário com uma pomada anti inflamatória e analgésica e a dor passará ainda mais rápido.
O tal massageador parecia um par de cones plásticos revestidos de tecido macio por dentro, e no centro do alto dos cones  tinha um bico injetor que soltava a pomada, e o tecido começava a vidrar suavemente, espalhando a pomada pelos seios com suavidade.
-Olha lá, não vá ficar excitada, heim?Tem mulher que chega ao clímax com este aparelho!
-Ele é muito gostoso, sensação maravilhosa, extasiante e...
-Chega, Capitã, senão daqui a pouco você vai me agarrar aqui !Pode se vestir e descer do leito.
-Obrigada, Nádia, nossa, que alívio, passou mesmo !Vou indo então !Quando quiser, pode ir conversar comigo lá na ponte !
-Tudo bem , Capitã, obrigada, até mais !Tchauzinho !
Dina saiu espevitada e alegre, aliviada da dor. No caminho, se encontrou com uma tripulante importante:
-Capitã, poderia ir até o bar dos oficiais comigo para conversarmos, por favor?
-Pois não, Sasha , vamos lá !
Pegaram o elevador, e foram ao Deck oito. Depois de andar um pouco pelo corredor curvo, chegaram em um bar igualmente curvo, com enormes janelões panorâmicos, por onde se podia ver as estrelas distantes a brilhar.
Lá, Eneida, a barwoman,estava em seu posto, atrás do balcão, atendendo a outras tripulantes, que ao verem a Capitã entrar, se levantaram imediatamente e bateram continência para ela.
-Dispensadas, fiquem ‘a vontade, gente.
-Obrigada, Capitã !
Disseram as tripulantes em uníssono.
-Uma vodka tripla com gelo para mim, por favor, Eneida !
-Eee, bebendo a esta hora do dia, Sasha?
-Capitã, eu preciso te confessar uma coisa...
-A Chefe da Segurança da nave quer se confessar para mim?
Sasha ruborizou de vergonha.
-Não, Capitã, não é para a senhora. É que..eu...eu tenho uma paixão platônica pela Isolda, mas ela...ela não me corresponde !
-Nossa Engenheira Chefe é mesmo meio fria, mas...o que ela te disse quando você se confessou para ela, Sasha?
-Ai, meu coração está partido , só de lembrar, dói...
-Olha que te levo para a Nádia, heim?
-Aquela pervertida de busto gigante,Capitã? Eu, heim, nem pensar !
-Vamos, vamos, estou curiosa para saber o que a Isolda te disse !
-Ela me disse: “ Eu francamente acho uma chave seletora de neutrinos mais interessante que você!Desculpe !”
Dina queria rir, mas se segurou ao ver as lágrimas da Chefe da Segurança.
-Olha, não fique assim, aquela magricela de pernas compridas é pura racionalidade, nunca a vi exibir nenhum sentimento por ninguém na minha vida, é o jeitão dela...
-Capitã, por favor, me ajude...diga para ela reconsiderar, por favor...
-Desculpe, Sasha, eu não posso. Eu sendo Capitã, não posso me meter na vida íntima de minhas comandadas. Sem falar que uma coisa destas soaria como uma ordem.

(Por continuar)

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