sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Episódio 172-Sensibilidade de Viver: Interlúdio ETP



 Não demorou e Lune já estava na Biblioteca.
Ela se dirigiu ‘a Bibliotecária:
-Por favor, você poderia me ajudar a encontrar os livros de Foucault?
-Pois não, senhorita, estão no alto da estante  da esquerda, vou pegar a escada para pegar para a senhorita !
-Obrigada!
Nisto, quem chega esbaforida é Urara, uma das empregadas que serviu o almoço.
-Senhorita Lune?
-Sim, Urara, pode falar!
-É que eu...eu sou irmã de Naga e preciso falar sobre a morte dela...
-Sou toda ouvidos !
As duas estavam perto da escada com rodinhas, que repentinamente se posicionou diretamente sobre a empregada.
-É que, eu..eu preciso revelar...não foi...
Súbitamente, uma  avalanche de livros interrompeu a fala da empregada e a soterrou com uma violência desmedida!
Lune saltou para trás na hora e por pouco não fora atingida !
A Bibliotecária desceu das escadas correndo.
-Mil perdões, mil perdões, senhorita ! A senhorita está bem?
-Eu estou, mas a Urara não, vamos socorrê-la !
Foi quando Lune viu, com horror, debaixo da pilha imensa de livros caídos, uma lagoa de sangue inundando o corredor entre as estantes.
-Aaaaaaaah !
Gritou Lune, apavorada!
A Bibliotecária  retirou os livros de cima de Urara e o temerário se fez: a cabeça dela jazia esmagada, com espessura não maior do que a de um livro fino,e havia uma abundãncia de sangue sainda do crânio esmigalhado.Pedaços de cérebro haviam se espalhado pelo corredor.
-Ela está morta ! Preciso avisar ‘a Sra. Severe  sobre este terrível acidente !
Disse a Bibliotecária, com uma frieza de uma mesa de mármore.
-Precisamos chamar a polícia !
Foi a reação instintiva de Lune.
-Esta ilha é propriedade particular e não há polícia aqui.Peço encarecidamente ‘a senhorita  se retirar do recinto para que possamos tomar as devidas providências quanto ao corpo.
Lune estava estarrecida, horrorizada !
Ela saiu, com lágrimas nos olhos, da biblioteca, correndo!
Não, aquilo não fora um acidente, fora um assassinato a sangue frio! Bem na hora em que a menina ia contar o que realmente acontecera com a irmã, aquilo estava muito suspeito ! E pior: estava claro que aquilo era também um recado para ela: não investigue estas mortes, ou será a próxima a morrer !
Estes eram os pensamentos que permeavam a cabeça de Lune naquele momento.
Sua vontade agora era de sumir daquela ilha e não voltar nunca mais !
Já era a segunda empregada que falecia, e , pelo visto, teria sido assassinada, e, pensava Lune, só poderia ser a mando da Sra. Severe!
Mas, e as provas? Como ela poderia acusar sem provas?
E como investigar se todas as testemunhas  estavam sendo eliminadas?
Ao correr pelos corredores, Lune viu, caminhando a passos firmes, praticamente marchando, a Sra. Severe, ladeada por duas empregadas de uniformes pretos ( os das outras eram cinzas ou azuis) , com caras soturnas e olhar assassino. O próprio olhar gélido da Sra. Severe era aquele que se poderia encontrar em um serial killler ou em um antropófago-pavoroso !
-O Senhor Soryu a está aguardando na sala de Home Theater!
Disse a Governanta, com tom autoritário, digno de uma fascista.
As tr~es continuaram seu caminho e, “por coincidência”, havia logo atrás uma humilde empregada comum procurando por ela, dizendo que a ia conduzir para a sala onde Takeo estava.
Foram para o quarto andar, onde , no fundo de um logo corredor, havia um enome anfiteatro. Ali não era a sala de Home Theater, mas sim, a sala de cinema.
Assim que Lune entrou, a empregada cerrou as portas duplas e as trancou por fora.
Lune, distraída em seus pensamentos, de início, não percebeu.
Ela procurou por Takeo, mas ele não estava em nenhum dos setenta assentos do recinto.
Então, e só então, ela quis sair de lá e encontrou as portas trancadas!
Ela bateu nas portas e gritou para que abrissem, mas quando suas mãos se chocaram com a a porta, ela percebeu que havia uma grossa camada de  cortiça por dentro, que é um isolante acústico. Ali, ninguém a conseguiria escutar!
Ela percorreu as paredes com as mãos-tudo revestido de cortiça !
Ela então viu o telão de cinema se iluminar.
E as luzes se apagaram, ficando só as do chão que indicavam onde ela deveria sentar-se.
Quando ela se sentou, até estas se apagaram.
E ela já estava apreensiva, amedrontada.
E foi aí que os filmes começaram!
A apresentação era uma coletânea de filmes de terror e com centenas de cenas de mulheres sendo assassinadas!
Lune agora estava completamente apavorada, pálida como cera, tremendo dos pés ‘a cabeça- aquilo era tortura psicológica !
Então, uma tétrica gargalhada feminina se ouviu, que gelou sua espinha e congelou sua alma-seu coração parecia que ia parar !

(Por Continuar)

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