Não demorou e Lune já estava na Biblioteca.
Ela
se dirigiu ‘a Bibliotecária:
-Por
favor, você poderia me ajudar a encontrar os livros de Foucault?
-Pois
não, senhorita, estão no alto da estante
da esquerda, vou pegar a escada para pegar para a senhorita !
-Obrigada!
Nisto,
quem chega esbaforida é Urara, uma das empregadas que serviu o almoço.
-Senhorita
Lune?
-Sim,
Urara, pode falar!
-É
que eu...eu sou irmã de Naga e preciso falar sobre a morte dela...
-Sou
toda ouvidos !
As
duas estavam perto da escada com rodinhas, que repentinamente se posicionou
diretamente sobre a empregada.
-É
que, eu..eu preciso revelar...não foi...
Súbitamente,
uma avalanche de livros interrompeu a
fala da empregada e a soterrou com uma violência desmedida!
Lune
saltou para trás na hora e por pouco não fora atingida !
A
Bibliotecária desceu das escadas correndo.
-Mil
perdões, mil perdões, senhorita ! A senhorita está bem?
-Eu
estou, mas a Urara não, vamos socorrê-la !
Foi
quando Lune viu, com horror, debaixo da pilha imensa de livros caídos, uma
lagoa de sangue inundando o corredor entre as estantes.
-Aaaaaaaah
!
Gritou
Lune, apavorada!
A
Bibliotecária retirou os livros de cima
de Urara e o temerário se fez: a cabeça dela jazia esmagada, com espessura não
maior do que a de um livro fino,e havia uma abundãncia de sangue sainda do
crânio esmigalhado.Pedaços de cérebro haviam se espalhado pelo corredor.
-Ela
está morta ! Preciso avisar ‘a Sra. Severe
sobre este terrível acidente !
Disse
a Bibliotecária, com uma frieza de uma mesa de mármore.
-Precisamos
chamar a polícia !
Foi
a reação instintiva de Lune.
-Esta
ilha é propriedade particular e não há polícia aqui.Peço encarecidamente ‘a
senhorita se retirar do recinto para que
possamos tomar as devidas providências quanto ao corpo.
Lune
estava estarrecida, horrorizada !
Ela
saiu, com lágrimas nos olhos, da biblioteca, correndo!
Não,
aquilo não fora um acidente, fora um assassinato a sangue frio! Bem na hora em
que a menina ia contar o que realmente acontecera com a irmã, aquilo estava
muito suspeito ! E pior: estava claro que aquilo era também um recado para ela:
não investigue estas mortes, ou será a próxima a morrer !
Estes
eram os pensamentos que permeavam a cabeça de Lune naquele momento.
Sua
vontade agora era de sumir daquela ilha e não voltar nunca mais !
Já
era a segunda empregada que falecia, e , pelo visto, teria sido assassinada, e,
pensava Lune, só poderia ser a mando da Sra. Severe!
Mas,
e as provas? Como ela poderia acusar sem provas?
E
como investigar se todas as testemunhas
estavam sendo eliminadas?
Ao
correr pelos corredores, Lune viu, caminhando a passos firmes, praticamente
marchando, a Sra. Severe, ladeada por duas empregadas de uniformes pretos ( os das
outras eram cinzas ou azuis) , com caras soturnas e olhar assassino. O próprio
olhar gélido da Sra. Severe era aquele que se poderia encontrar em um serial
killler ou em um antropófago-pavoroso !
-O
Senhor Soryu a está aguardando na sala de Home Theater!
Disse
a Governanta, com tom autoritário, digno de uma fascista.
As
tr~es continuaram seu caminho e, “por coincidência”, havia logo atrás uma
humilde empregada comum procurando por ela, dizendo que a ia conduzir para a
sala onde Takeo estava.
Foram
para o quarto andar, onde , no fundo de um logo corredor, havia um enome
anfiteatro. Ali não era a sala de Home Theater, mas sim, a sala de cinema.
Assim
que Lune entrou, a empregada cerrou as portas duplas e as trancou por fora.
Lune,
distraída em seus pensamentos, de início, não percebeu.
Ela
procurou por Takeo, mas ele não estava em nenhum dos setenta assentos do
recinto.
Então,
e só então, ela quis sair de lá e encontrou as portas trancadas!
Ela
bateu nas portas e gritou para que abrissem, mas quando suas mãos se chocaram
com a a porta, ela percebeu que havia uma grossa camada de cortiça por dentro, que é um isolante
acústico. Ali, ninguém a conseguiria escutar!
Ela
percorreu as paredes com as mãos-tudo revestido de cortiça !
Ela
então viu o telão de cinema se iluminar.
E
as luzes se apagaram, ficando só as do chão que indicavam onde ela deveria
sentar-se.
Quando
ela se sentou, até estas se apagaram.
E
ela já estava apreensiva, amedrontada.
E
foi aí que os filmes começaram!
A
apresentação era uma coletânea de filmes de terror e com centenas de cenas de
mulheres sendo assassinadas!
Lune
agora estava completamente apavorada, pálida como cera, tremendo dos pés ‘a cabeça-
aquilo era tortura psicológica !
Então,
uma tétrica gargalhada feminina se ouviu, que gelou sua espinha e congelou sua alma-seu
coração parecia que ia parar !
(Por Continuar)
(Por Continuar)
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