domingo, 21 de janeiro de 2018

Episódio 175-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP





Estavam todos na copa saboreando o lanche da tarde, quando  o volumoso Sr. Hayao chegou e disse para Lune:
-Tenho novidades !Depois quero conversar com você !
-Ok, Hayao-sama, assim que eu terminar aqui  a gente conversa.
-Oran, Hayao-kun, seja educado e sente-se na mesa e coma com a gente ! Lune-san, está gostando das panquecas com sorvete e framboesas?
-Adorando, Motoko-sama !A senhora cozinha muito bem !
-Está vendo, Hayao-kun, senhor meu marido, como a Lune-san é agradecida, você deveria elogiar mais minha comida também !
O Sr. Hayao  ficou sem graça e se serviu de panquecas e chá.
Terminado o lanche, Lune e o Senhor Hayao voltaram para a biblioteca, e ele contou a ela suas novidades sobre a ilha, e a prisão e morte da Sra. Severe.
-Fico feliz e aliviada em saber, muito obrigada, Hayao-sama !
-De nada, imagine, não poderia fazer menos por você !
Disse o Sr. Hayao do alto de seus dois metros de altura e cento e trinta quilos de peso, cofiando seu espesso bigode, que lembrava o de Nietzche, com uma mão e segurando seu cachimbo com a outra.
Aliás, ele contrastava fortemente com sua esposa de pouco mais de um metro e meio.
-Agradecida novamente !
-Muito bom ! Bem, eu agora precisarei ir na minha empresa, mas fique a vontade e divirta-se !
O Sr. Hayao levantou-se de sua poltrona de couro estilo capitonée vermelha e saiu pela porta.
Lune não resistiu ‘a tentação de aproveitar e fuçar na enorme biblioteca-aquilo sim era diversão para ela !
Mas ela não teria sossego tão cedo. Não demorou, Otaru chegou.
-O que você está fazendo aqui,onii-chan?
-Ainda tenho contas a acertar com você , onee-san ! E pare de me chamar de -chan, não sou mais criança, já disse !
Lune olhou para os lados, e viu duas espadas decorativas penduradas na parede a seu lado.
Imediatamente pegou uma delas, e , com a ponta afiada da lâmina, forçou uma distância entre ela e o irmão.
-É mesmo, onii-chan?Eu vejo que você não é mais criança mesmo, e preferia que você tivesse continuadocriança, não tivesse se transformado num monstro estuprador incestuoso ! Você não terá meu corpo, esqueça ! Ou eu arranco seu membro com esta espada aqui agora mesmo !
-Esta espada é de enfeite, a lãmina é cega !
-Cego  e ordinário é você, que tem a Megumi ao seu lado, não a valoriza e quer trair a ela, que está grávida de você , com sua própria irmã !Você não presta, moleque ! Toma !
Lune desferiu um rápido golpe com a lateral da lãmina , no rosto dele, tão forte que por pouco não o derrubou.
Ainda assim ele avançou para cima dela, tentando agarrá-la e ela usou a empunhadura da espada para acertar os testículos dele em cheio, com toda a força.
Otaru caiu  de queixo no chão, gemendo de dor.
-Isto é para você aprender a me respeitar, onii-chan !Eu te odeio !Odeio !
E ela começou a chutá-lo sem parar, até cansar. Depois saiu da biblioteca e o deixou chorando de dor, se contorcendo no chão qual verme.
Ela mal chegara naquela casa- e não via a hora de ir embora !
Criou-se um clima de incômodo e um gelo intenso entre Lune e Otaru.
Motoko, do alto de sua experiência, já tinha percebido, e evitou forçar os dois a conversar, por isto mesmo passou a fazer de tudo para evitar  que Lune e Otaru ficassem a sós, e estava sempre requisitando-o a ajudar em diversas tarefas pela casa, sempre afastando-o da irmã.
Já Lune, sentindo-se insegura, passou a grudar em Takeo como cola, e não o deixava nem ir ao banheiro sozinho, sobretudo enquanto o Sr. Hayao não chegava, pois na presença do patriarca dos Soryu, Otaru sossegava o facho e se fazia de santo.
Megumi já sofria em silêncio: ela sabia que a culpa não era de Lune, e que seu  futuro marido era um traidor nato, colecionador de mulheres, e estava ansioso para cometer incesto.Ela se preocupava com seu bebê que estava para nascer, e se sentia insegura e fragilizada, com seu ventre avolumado, que lhe dificultava sobremaneira os movimentos. Outra grande preocupação para ela era ter de criar a criança sozinha, sem poder contar com o próprio marido.
E também tinhaa os ciúmes! Ah, os ciúmes...ela se lembrava das noites dos primeiros meses, em que eles faziam amor, e ele resfolegava em cima dela, deixando escapar , em um ato falho:
-Lune, ah, Lune-neee-san, você é tão gostosa!
Aquilo arrasava com Megumi, que ficava mordida de ciúmes, mas também a fazia se sentir rejeitada, humilhada, deprimida, e a fazia se arrepender de ter sido a primeira a despertar-lhe o desejo sexual: mal sabia ela na época que ele era na verdade insaciável, e só pensava em sexo o tempo todo!
Ela guardava para si muitos segredos  íntimos, em que ela evitava a todo custo de se lembrar, as dolorosas lembranças dos estupros cometidos contra ela até o quarto mês de gravidez, em que ela não queria, e ele rasgava as roupas dela, forçava suas pernas até abri-las e a coitava sem consentimento, com ela chorando de dor e de raiva!
A tara dele era tanta, que , ela tinha certeza, ele já tinha transado com quase todas as empregadas da mansão, e já tentara agarrar até a própria Motoko, quando Hayao estava viajando!E não fora só uma vez...
O que , no entanto, Megumi não sabia, é que Otaru  na verdade já tinha levado Motoko  para a cama e transado com ela contra a vontade dela.
E que ela estava certa- Otaru tinha , de fato, coitado quase todas as empregadas da casa, algumas até, Megumi pegou em flagrante ainda na fase de  assédio e tentativa.
Mas tudo ali era mantido secreto, para que o Sr. Hayo não soubesse-não apenas por que Otaru correria sério risco de vida, mas também por que ninguém queria que os laços familiares e políticos das famílias Soryu e Tamasuki se desfizessem. 

(Por Continuar)

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