Estavam
todos na copa saboreando o lanche da tarde, quando o volumoso Sr. Hayao chegou e disse para
Lune:
-Tenho
novidades !Depois quero conversar com você !
-Ok,
Hayao-sama, assim que eu terminar aqui a
gente conversa.
-Oran,
Hayao-kun, seja educado e sente-se na mesa e coma com a gente ! Lune-san, está
gostando das panquecas com sorvete e framboesas?
-Adorando,
Motoko-sama !A senhora cozinha muito bem !
-Está
vendo, Hayao-kun, senhor meu marido, como a Lune-san é agradecida, você deveria
elogiar mais minha comida também !
O
Sr. Hayao ficou sem graça e se serviu de
panquecas e chá.
Terminado
o lanche, Lune e o Senhor Hayao voltaram para a biblioteca, e ele contou a ela
suas novidades sobre a ilha, e a prisão e morte da Sra. Severe.
-Fico
feliz e aliviada em saber, muito obrigada, Hayao-sama !
-De
nada, imagine, não poderia fazer menos por você !
Disse
o Sr. Hayao do alto de seus dois metros de altura e cento e trinta quilos de
peso, cofiando seu espesso bigode, que lembrava o de Nietzche, com uma mão e
segurando seu cachimbo com a outra.
Aliás,
ele contrastava fortemente com sua esposa de pouco mais de um metro e meio.
-Agradecida
novamente !
-Muito
bom ! Bem, eu agora precisarei ir na minha empresa, mas fique a vontade e
divirta-se !
O
Sr. Hayao levantou-se de sua poltrona de couro estilo capitonée vermelha e saiu
pela porta.
Lune
não resistiu ‘a tentação de aproveitar e fuçar na enorme biblioteca-aquilo sim
era diversão para ela !
Mas
ela não teria sossego tão cedo. Não demorou, Otaru chegou.
-O
que você está fazendo aqui,onii-chan?
-Ainda
tenho contas a acertar com você , onee-san ! E pare de me chamar de -chan, não
sou mais criança, já disse !
Lune
olhou para os lados, e viu duas espadas decorativas penduradas na parede a seu
lado.
Imediatamente
pegou uma delas, e , com a ponta afiada da lâmina, forçou uma distância entre
ela e o irmão.
-É
mesmo, onii-chan?Eu vejo que você não é mais criança mesmo, e preferia que você
tivesse continuadocriança, não tivesse se transformado num monstro estuprador
incestuoso ! Você não terá meu corpo, esqueça ! Ou eu arranco seu membro com
esta espada aqui agora mesmo !
-Esta
espada é de enfeite, a lãmina é cega !
-Cego e ordinário é você, que tem a Megumi ao seu
lado, não a valoriza e quer trair a ela, que está grávida de você , com sua
própria irmã !Você não presta, moleque ! Toma !
Lune
desferiu um rápido golpe com a lateral da lãmina , no rosto dele, tão forte que
por pouco não o derrubou.
Ainda
assim ele avançou para cima dela, tentando agarrá-la e ela usou a empunhadura
da espada para acertar os testículos dele em cheio, com toda a força.
Otaru
caiu de queixo no chão, gemendo de dor.
-Isto
é para você aprender a me respeitar, onii-chan !Eu te odeio !Odeio !
E
ela começou a chutá-lo sem parar, até cansar. Depois saiu da biblioteca e o
deixou chorando de dor, se contorcendo no chão qual verme.
Ela
mal chegara naquela casa- e não via a hora de ir embora !
Criou-se
um clima de incômodo e um gelo intenso entre Lune e Otaru.
Motoko,
do alto de sua experiência, já tinha percebido, e evitou forçar os dois a
conversar, por isto mesmo passou a fazer de tudo para evitar que Lune e Otaru ficassem a sós, e estava
sempre requisitando-o a ajudar em diversas tarefas pela casa, sempre
afastando-o da irmã.
Já
Lune, sentindo-se insegura, passou a grudar em Takeo como cola, e não o deixava
nem ir ao banheiro sozinho, sobretudo enquanto o Sr. Hayao não chegava, pois na
presença do patriarca dos Soryu, Otaru sossegava o facho e se fazia de santo.
Megumi
já sofria em silêncio: ela sabia que a culpa não era de Lune, e que seu futuro marido era um traidor nato,
colecionador de mulheres, e estava ansioso para cometer incesto.Ela se
preocupava com seu bebê que estava para nascer, e se sentia insegura e
fragilizada, com seu ventre avolumado, que lhe dificultava sobremaneira os
movimentos. Outra grande preocupação para ela era ter de criar a criança
sozinha, sem poder contar com o próprio marido.
E
também tinhaa os ciúmes! Ah, os ciúmes...ela se lembrava das noites dos
primeiros meses, em que eles faziam amor, e ele resfolegava em cima dela,
deixando escapar , em um ato falho:
-Lune,
ah, Lune-neee-san, você é tão gostosa!
Aquilo
arrasava com Megumi, que ficava mordida de ciúmes, mas também a fazia se sentir
rejeitada, humilhada, deprimida, e a fazia se arrepender de ter sido a primeira
a despertar-lhe o desejo sexual: mal sabia ela na época que ele era na verdade
insaciável, e só pensava em sexo o tempo todo!
Ela
guardava para si muitos segredos
íntimos, em que ela evitava a todo custo de se lembrar, as dolorosas
lembranças dos estupros cometidos contra ela até o quarto mês de gravidez, em
que ela não queria, e ele rasgava as roupas dela, forçava suas pernas até
abri-las e a coitava sem consentimento, com ela chorando de dor e de raiva!
A
tara dele era tanta, que , ela tinha certeza, ele já tinha transado com quase
todas as empregadas da mansão, e já tentara agarrar até a própria Motoko,
quando Hayao estava viajando!E não fora só uma vez...
O
que , no entanto, Megumi não sabia, é que Otaru na verdade já tinha levado Motoko para a cama e transado com ela contra a vontade
dela.
E
que ela estava certa- Otaru tinha , de fato, coitado quase todas as empregadas da
casa, algumas até, Megumi pegou em flagrante ainda na fase de assédio e tentativa.
Mas
tudo ali era mantido secreto, para que o Sr. Hayo não soubesse-não apenas por que
Otaru correria sério risco de vida, mas também por que ninguém queria que os laços
familiares e políticos das famílias Soryu e Tamasuki se desfizessem.
(Por Continuar)
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