Lune
levantou-se da cadeira e, chorando e gritando histérica, foi correndo até as
portas tentando sair , mas era inútil: elas continuavam trancadas por fora!
Ela
ficou batendo com os punhos na porta, desesperada, e berrando por ajuda a
plenos pulmões, ajoelhada no chão.
Até
que a porta finalmente se abriu: Era Takeo!
Lune
se agarrou nele com exaspero e chorou copiosamente no ombro dele, que acariciou
seus cabelos, procurando acalmá-la e consolá-la.
Quando
ela finalmente se recuperou e eles andavam abraçados no corredor, Lune disse:
-Eu
não fico mais nem um minuto nesta casa ! Vamos voltar agora !
-Tudo
bem, querida, será feita a sua vontade, vamos arrumar as malas e partir !
Eles
seguiram para o quarto deles, onde arrumaram as malas ‘as pressas, e foram até
o hall de entrada da mansão.
-Mas
já vão embora tão cedo? Não iam ficar uma semana?
Disse a Sra. Severe, com um sorriso cínico e falso
como relógio paraguaio.
-Sim,
nós vamos, foi decisão de última hora !Por favor, mande o carro com motorista
nos levar até o avião!
-Pois
não, senhor !
Disse
a governanta com arrogância e um ar de vitória nos lábios.
Ela
saiu e poucos minutos depois, chegava o jipão Mercedes para recebê-los.
O
motorista colocou a bagagem deles no porta malas e abriu as portas de trás para
eles, que se acomodaram.
A
Sra. Severe rápida e disfarçadamente colocou um bilhete nas mãos de Lune,
encerrado dentro de um elegante envelopinho.
O
jipão partiu, e depois de um rápido passeio pela bela ilha, eles chegaram no hidroavião. O piloto então colocou as
malas no bagageiro e abriu a escotilha e o casal entrou e se ajeitou nos bancos
confortáveis.
Logo
os dois motores do aerobarco eram ligados, e ele deu uma curta ré, depois
seguiu célere em direção do alto mar.
Com
a potência no máximo, a aeronave logo decolou e ganhou altura e não demorou, já
estava pouco abaixo das nuvens.
Lune
estava se sentindo tremendamente alivida de ir embora e deixar aquela ilha.
Ela
então foi na toilette do avião e lá, aproveitando-se da privacidade, olhou o
bilhetinho, onde estava escrito:
“-Isto
foi para você aprender a não fazer mais
perguntas inconvenientes!Não garanto a integridade de sua vida na próxima
vez-se houver !
Ass.
Sra. Severe “
-Não
se preocupe, nunca mais volto, mas vou denunciá-la ao Sr. Hayao, ah, se vou !
Pensou
Lune depois que leu.
Quando
saiu da toilette, após lavar as mãos, ela disse para o noivo:
-Takeo-kun,
avise o piloto para mudar a rota para Kyoto !Preciso falar a sós com seu pai !
-Meu
pai?
-Sim,
vou denunciar formalmente a Sra. Severe !Ela matou Naga, tenho certeza, e foi
ela que me torturou psicologicamente no cinema !
-Mas
você tem provas, amor?
Lune
mostrou o bilhete. Era a letra da governanta, não havia dúvidas!
-Tudo
bem,anjo, como quiser !
Takeo
foi ‘a cabine do piloto e fez o pedido de mudança de rota.
O
piloto acatou a ordem, e mudou a direção do hidroavião.
-Avise
seu pai que estamos indo lá por favor, Takeo !
-Claro,
docinho, é para já !
Takeo
ligou e, aviso feito, não demorou, pousavam no aeroporto de Kyoto, onde a
limousine Maybach esperava por eles.
A
bagagem foi transferida para o carro e eles se sentaram no luxuosíssimo banco
de trás.
E
logo chegavam ‘a Mansão Soryu, onde Hayao e Motoko os esperavam na porta.
Um
batalhão de empregadas estava a postos e elas levaram a bagagem deles para
dentro.
-Sejam
benvindos !Que bom rever vocês !
Hayao
abraçou o filho, enquanto Motoko abraçou Lune, e depois Lune abraçou Hayao enquanto
Takeo abraçava a mãe dele.
-Entrem,
entrem, por favor !
Disse
Motoko, toda animada.
Eles
entraram e aí Lune pediu para falar a sós com Hayo,que prontamente a atendeu em
sua biblioteca.
Lune
explicou todo o acontecido, e depois mostrou o bilhete.
-Puxa,
é a letra da Sra. Severe mesmo, e é uma ameaça realmente séria !Lune-san, eu sinto
muito por seu infortúnio, e por não termos podido proporcionar a vocês os momentos
agradáveis que gostaríamos! Pode ficar tranquila, vou dar alguns telefonemas importantes
e tomar as providências cabíveis!Só lhe peço humildemente mil perdões pelos momentos
monstruosos que passastes !
(Por Continuar)
(Por Continuar)
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