terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Episódio 173-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP





Lune levantou-se da cadeira e, chorando e gritando histérica, foi correndo até as portas tentando sair , mas era inútil: elas continuavam trancadas por fora!
Ela ficou batendo com os punhos na porta, desesperada, e berrando por ajuda a plenos pulmões, ajoelhada no chão.
Até que a porta finalmente se abriu: Era Takeo!
Lune se agarrou nele com exaspero e chorou copiosamente no ombro dele, que acariciou seus cabelos, procurando acalmá-la e consolá-la.
Quando ela finalmente se recuperou e eles andavam abraçados no corredor, Lune disse:
-Eu não fico mais nem um minuto nesta casa ! Vamos voltar agora !
-Tudo bem, querida, será feita a sua vontade, vamos arrumar as malas e partir !
Eles seguiram para o quarto deles, onde arrumaram as malas ‘as pressas, e foram até o hall de entrada da mansão.
-Mas já vão embora tão cedo? Não iam ficar uma semana?
Disse  a Sra. Severe, com um sorriso cínico e falso como relógio paraguaio.
-Sim, nós vamos, foi decisão de última hora !Por favor, mande o carro com motorista nos levar até o avião!
-Pois não, senhor !
Disse a governanta com arrogância e um ar de vitória nos lábios.
Ela saiu e poucos minutos depois, chegava o jipão Mercedes para recebê-los.
O motorista colocou a bagagem deles no porta malas e abriu as portas de trás para eles, que se acomodaram.
A Sra. Severe rápida e disfarçadamente colocou um bilhete nas mãos de Lune, encerrado dentro de um elegante envelopinho.
O jipão partiu, e depois de um rápido passeio pela bela ilha, eles chegaram  no hidroavião. O piloto então colocou as malas no bagageiro e abriu a escotilha e o casal entrou e se ajeitou nos bancos confortáveis.
Logo os dois motores do aerobarco eram ligados, e ele deu uma curta ré, depois seguiu célere em direção do alto mar.
Com a potência no máximo, a aeronave logo decolou e ganhou altura e não demorou, já estava pouco abaixo das nuvens.
Lune estava se sentindo tremendamente alivida de ir embora e deixar aquela ilha.
Ela então foi na toilette do avião e lá, aproveitando-se da privacidade, olhou o bilhetinho, onde estava escrito:
“-Isto foi para você  aprender a não fazer mais perguntas inconvenientes!Não garanto a integridade de sua vida na próxima vez-se houver !
Ass. Sra. Severe “
-Não se preocupe, nunca mais volto, mas vou denunciá-la ao Sr. Hayao, ah, se vou !
Pensou Lune depois que leu.
Quando saiu da toilette, após lavar as mãos, ela disse para o noivo:
-Takeo-kun, avise o piloto para mudar a rota para Kyoto !Preciso falar a sós com seu pai !
-Meu pai?
-Sim, vou denunciar formalmente a Sra. Severe !Ela matou Naga, tenho certeza, e foi ela que me torturou psicologicamente no cinema !
-Mas você tem provas, amor?
Lune mostrou o bilhete. Era a letra da governanta, não havia dúvidas!
-Tudo bem,anjo, como quiser !
Takeo foi ‘a cabine do piloto e fez o pedido de mudança de rota.
O piloto acatou a ordem, e mudou a direção do hidroavião.
-Avise seu pai que estamos indo lá por favor, Takeo !
-Claro, docinho, é para já !

Takeo ligou e, aviso feito, não demorou, pousavam no aeroporto de Kyoto, onde a limousine  Maybach esperava por eles.
A bagagem foi transferida para o carro e eles se sentaram no luxuosíssimo banco de trás.
E logo chegavam ‘a Mansão Soryu, onde Hayao e Motoko os esperavam na porta.
Um batalhão de empregadas estava a postos e elas levaram a bagagem deles para dentro.
-Sejam benvindos !Que bom rever vocês !
Hayao abraçou o filho, enquanto Motoko abraçou Lune, e depois Lune abraçou Hayao enquanto Takeo abraçava a mãe dele.
-Entrem, entrem, por favor !
Disse Motoko, toda animada.
Eles entraram e aí Lune pediu para falar a sós com Hayo,que prontamente a atendeu em sua biblioteca.
Lune explicou todo o acontecido, e depois mostrou o bilhete.
-Puxa, é a letra da Sra. Severe mesmo, e é uma ameaça realmente séria !Lune-san, eu sinto muito por seu infortúnio, e por não termos podido proporcionar a vocês os momentos agradáveis que gostaríamos! Pode ficar tranquila, vou dar alguns telefonemas importantes e tomar as providências cabíveis!Só lhe peço humildemente mil perdões pelos momentos monstruosos que passastes !

(Por Continuar)

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