-Vocês não são as únicas entediadas aqui, então
eu queria conversar um pouco com vocês...
-Ah, sim, e é esta a sua função aqui, não?
-Não, Imediata, não é, mas eu tb estou sem nada
para fazer a não ser as funções de rotina, e isto me deixa entediada...
-Ah, deixa para lá...mas sobre o quê iríamos
conversar com a projeção holográfica de um programa de computador?
-Ah, senhorita Amber, deixa eu te contar: ainda
agora há pouco, eu estava assistindo um filme antigo, chamado “O Fantasma da
Ópera “ ! Amei !
E soaram repentinamente no sistema de áudio da
ponte , os primeiros acordes da música tema do filme que Irisa se referiu,
dando um baita susto em toda a tripulação da ponte!
-Aaaai, quer nos matar de susto, sua doida?
-Desculpe, Dóris, é que amei a música também !Este
filme tem tudo a ver comigo !
-Tudo a ver com você?Eu, heim?Não vejo nada de
comum entre você e o Fantasma da Ópera!
Disse Monique.
Tadadá!Tam,tam,tam,taaan !
Soou novamente a música.
Karin quase caiu da cadeira, tamanho o pulo que
deu, e colocou a mão no coração!
-Páara com isto ! Esta música me dá arrepios !Vou
acabar tendo pesadelos com ela !
-Desculpe,Karin...
-Irisa, olha, desculpe, mas nada a ver você e o
raio do fantasma que a parta, sinceramente !
-Como não, Frida? Eu sou transparente, posso
passar por dentro das paredes e portas..e posso modificar minha aparência para
ficar igual um fantasma ! Susto em vocês eu já aprendi a dar !
Disse Irisa, dando uma risadinha.
-Fantasmas são os espíritos dos mortos. Você não é
espírito, nem está morta, aliás, nunca foi viva para ter morrido!
-Mas , Imediata, eu sou o espírito da Nave, de
certa forma, eu sou a representação gráfica humana da nave !
-A nave é um veículo, uma máquina, não ´´e um ser
vivo, por isto não tem como ter espírito...
-Aí é que você se engana, Stephanie ! Esta nave
tem sentimentos, ela interage, vive, vocês nunca vão entender...
-Irisa, nasça humana, viva, depois morra e vire
um fantasma e aí você vem conversar com a gente, ok?
A assistente virtual começou a chorar:
-Imediata, você me magoou...esta ordem não tem
como eu cumprir, impossível, impossível...vocês nunca vão me entender...
E Irisa desapareceu, choramingando.
-Mas é uma temperamental mesmo...
-É, Dóris, ‘as vezes ela me irrita com as
esquisitices dela...
E novamente a música do filme tocou novamente , no último
volume, depois se ouviu a voz:
-Eu escutei tudo isto, Imediata ! Que droga !
-É cada uma...ah, pelo menos ela é divertida !
Disse Monique, sempre positiva.
De volta na nave ecchiana, o jantar estava sendo
servido e as convidadas aproveitavam a refeição.
-Huum, esta carne está gostosa ! De qual animal
que é, Capitã Aíisa?
-É de um animal chamado Cargo, importada do
Planeta Zenitreeth !
E desceu um telão sobre a mesa, mostrando o
animal, que parecia um réptil obeso , de pernas curtas, com altura e
comprimento semelhantes a de um touro, com cabeça curta, que lembrava certos répteis
sinapsídeos do período Permiano na Terra.
-Puxa, que animal diferente ! Disse Nádia .
-Naves cargueiras comerciais de outros planetas
vem sempre aqui vender estes alimentos para a gente. É uma carne bem cara, por
isto as usamos no banquete de hoje.
-E bem agradável, especialmente quanto ao sabor,
também !
Disse Dina.
De volta na Admirer:
-Imediata, os sensores captaram uma nave vindo
para cá !
-Opa, Karin, que tipo de nave é?
-Olha, Capitã, pelo que dizem os sensores, ela não
possui armas. Ela tem registro no banco de dados ecchiano e está registrada
como comercial, de transporte!
-Stephanie, entre em contato com a nave alienígena,
por favor.
Assim que atenderem, entre em contato com o capitão
e peça para falar comigo, e abra um canal de áudio.
-Sim, senhora, Imediata. Alô, nave comercial
alienígena, aqui é a nave Admirer, Do Planeta Terra, por favor, identifique-se,
na língua ecchiana !
(Por continuar)
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