-De nada, imagine, é como a Rachel disse, somos
todas companheiras e temos o dever de ajudarmos uma ‘a outra!
-Obrigada, Laura !
-Imagine, minha amiga, não seja por isto.
June e Juliette por fim apareceram.
-Fico feliz que vocês tenham conseguido se salvar
!Bom trabalho, garotas, vocês são as melhores !
Disse June, satisfeita, com um sorriso simpático
no rosto.
-E nem precisou a senhora dar ordens !
As demais piratas olham embasbacadas uma para a
cara da outra com a coragem da menininha, em sua ousadia infantil.
June e Juliette se entreolharam e trocaram um
sorriso, depois a Capitã disse:
-Tem momentos a bordo nesta vida, Celine, que não
dá tempo de dar nem transmitir ordens então as piratas tem de saber o que fazer
e decidir na hora e sair fazendo, pois se elas fossem esperar uma ordem minha
ou da Imediata, vocês duas já estariam mortas. Esta é a realidade !
Embora aquelas palavras tenham sido ditas com um
sorriso condenscendente no rosto, elas caíram como um balde de água gelada no
ego de Celine, que engoliu em seco, e teve de se segurar para não chorar.
-De...desculpe, Capitã...
-Fique tranquila, você ainda é criança, está
aprendendo. Certas lições são meio duras, tem seu lado bom, pois esta você
nunca mais se esquecerá !
E , de fato, Celine nunca mais se esqueceu
daquelas palavras!
Mas as duas não tiveram muito tempo para
descansar, e se refazer do susto, pois uma hora depois, ouviu-se o grito de
Diana:
-Navios ‘a vista ! Navios á vista !
Desta vez, June estava por perto e perguntou:
-Navios? Quantos?
-É uma
flotilha, Capitã ! Um galeão espanhol e quatro navios militares de
escolta!
-Woow, quatro? Então ele deve estar abarrotado de
Ouro e prata !Mas não somos páreo para quatro navios militares ! Diana, você
acha que eles nos viram?
-Não senhora! Continuam no mesmo rumo!
-Bom, Juliette, melhor não irmos atrás deles, ou
será pior para nós. Vamos desviar nosso curso. Diana, qual o rumo deles?
-Direto em frente, Capitã!
-Obrigado, Diana !Bianca, curva gentil a bombordo
até a gente seguir no sentido contrário !
-Sim senhora, Capitã !
-Ainda bem que não nos viram, Capitã !
-Com certeza, Juliette !
-Capitã, Capitã, monstro ‘a vista ! Monstro ‘a
Vista !
-Como é que é, Diana?
-O Kraken, senhora, reapareceu ! E vai pegar a flotilha espanhola !
-Você está brincando ! Vou subir aí !
E June subiu no mastro principal e olhou com sua
luneta do cesto de vigia lá de cima.
E o que ela viu a deixou horrorizada !
O Kraken avançou sobre o navio militar de escolta
mais ‘a frente e se agarrou na proa dele e começou a puxá-lo para o fundo.
Um segundo navio militar abriu fogo contra ele,
mas as balas não o alcançaram.
Agora dava para ver o leme do navio para fora da
água e a proa quase toda debaixo da água, e os militares caindo no mar, em
pânico.
O navio, com excesso de invasão de água na proa,
começou a afundar.
O segundo navio se aproximou e atirou de novo, e
o monstro largou o primeiro, já condenado e foi para o segundo.
E agarrou-se a proa também.
Assustados, os três navios restantes fizeram uma
curva para estibordo, fugindo do monstro, mas o galeão, já naturalmente mais
lento, estava muito pesado com o tesouro que carregava, e ficou para trás.
O Kraken, depois de afundar o segundo navio,
dirigiu-se ao galeão, emparelhou com a lateral dele, e com seus tentáculos,
começou a balançar o alto e estreito navio de modo perigoso. E mais e mais
forte,até que enfim, toda a carga virou para um lado só e o navio tombou
violentamente e começou a afundar.
-Os outros
dois navios estão vindo em nossa direção !Garotas, todo pano, deem todo
pano que puderem, vamos lá !Bianca, abra mais esta curva, não podemos deixar
que nos vejam !
(Por Continuar)
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