E prosseguiram. O céu que estava azul e sem
nuvens repentinamente ,do nada, ficou escuro, cheio de nuvens negras. O mar ,
até então plácido, ficou revolto e a calmaria se transformou em uma ventania
furiosa!
-Estou falando, Capitã, melhor a gente sair daqui
! Isto é magia negra, é coisa do além, é perigoso demais!
-Que raios de pirata medrosa é este, Imedita? Piratas
não tem medo de nada ! Ademais, não tem mais volta, por que vamos ter de
recolher as velas ou elas se rasgarão com esta ventania, que mais parece um
furação ! Vamos lá, dê a ordem para as meninas recolherem as velas e descerem !
-Sim, senhora, Capitã !
E assim foi feito. O navio foi sendo levado pela
forte correnteza marítima ao sabor das ondas, e a única coisa que a timoneira
podia fazer era lutar para manter o navio de frente para as ondas e não
permitir que estas o alvejassem lateralmente, ou o navio adernaria
perigosamente ou mesmo afundaria.
Toda a tripulação se amarrou no convés e o navio
balançava como louco até, tão repentinamente quanto veio, a tempestade passou.
Os ventos agora estavam módicos e o mar calmo,
mas o céu continuava escuro como a noite, e trovões ribombavam ao longe,
enquanto raios podiam ser vistos também não muito distante dali, por toda
parte.
Mas muito mais soturno do que isto era a
quantidade de navios naufragados em pedras na costa, escurecidos pelo tempo,
com suas velas rotas e rasgadas, escuras, presos em rochedos marítimos
submersos. Era um mar perigoso, onde qualquer erro de navegação podia redundar
em naufrágio
As garotas estavam morrendo de medo, ainda mais
que dava para ver esqueletos nos tombadilhos dos navios.
Só então, Diana,que estava na torre de vigília,
percebeu que havia uma verdadeira barreira de tempestade entre onde estavam e a
calmaria, uma área tempestuosa que formava um verdadeiro anel. Em volta de quê?
Isto ela também viu: a Ilha de gaard !
-Terra ‘a vista ! Bem em frente, é uma ilha !
Gritou Diana, e logo depois descendo pelo mastro,
‘agil como uma macaca.
-Então vamos em frente, Diana !
-Mas, senhora, tem certeza? Olhe quantos tentaram
e se espatifaram nas pedras!.
-Vamos precisar de nossa melhor timoneira ! Bianca,
quero ver sua habilidade no timão agora !
Disse June.
-Conte comigo, Capitã !
A habilidosa Bianca, foi manobrando
cuidadosamente.
-Imediata, vamos ver o calado aqui. Pegue uma
corda com uma pedra amarrada nela e vamos ver a profundidade daqui !
-Sim, senhora!
Juliette obedeceu a ordem, e a pedra afundou-se
nas águas escuras.
Dali a pouco, quando a pedra atingiu o
fundo,Juliete recolheu a corda, viu até onde ela estava molhada e mediu.
-Quinze metros, senhora !
-Muito bem, aqui já está ficando raso e perigoso
demais para nós. Vamos jogar a âncora ! Laura?
-Sim, senhora !
E a forte mulher de pernas compridas e braços
fortes jogou a pesada âncora ao mar e logo o navio estava firmemente ancorado.
-Muito bom, preparem um bote! Imediata !Laura ! Léa!
Vivian! Carmen ! Vocês todas vão comigo no bote, vamos aportar na praia !
Então o bote foi içado ao mar com as seis dentro,
fortemente armadas.
(Por Continuar)
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