terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Episódio 72-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Episódio 72


Mas não foi preciso dar uma resposta.
Repentinamente, Kotomi sentiu uma lâmina adentrando  em suas costas e se afundando nelas, e ela gritou de dor.
Quando ela se abaixou após o golpe, foi revelada a autora?
-Katsumi-san !
Gritou Lune.
-Então você já ia me trair de novo, sua vadia?Finalmente te achei, fiz bem em te seguir até aqui !
Imediatamente Takeo e Lune trataram de imobilizar Kotomi., que apesar da dor e do sangue pingando, disse:
-Eu já devia ter me livrado de você há muito tempo !Achei que a Sakuya tivesse feito o trabalho para mim, mas você sobreviveu! E vais me pagar muito caro por isto!
-Não irá tão cedo !
Disse Lune, com a espada de Kotomi na mão.
-Não vai mesmo!
Disse Takeo, com estrelas ninja e mini adagas na mão, que tirara dos bolsos da inimiga.
-Seu golpe não foi mortal...só pegou músculos...mas eu vou voltar e me vingar de você também, Katsumi-san  !
Kotomi, num golpe de arte marcial, se desvencilhou de seus dois detentores, estourou uma bomba de fumaça ninja e fugiu sem machucar a ninguém.
-Bom, acho que ela não irá importunar mais a Sakuya tão cedo depois desta, melhor a gente voltar para nossas férias!Quer uma carona até a hospedaria, Katsumi-san?
-Eu aceito, Takeo-san.
Os três entraram no carro e se dirigiram para a cidade.
-Muito obrigada por me salvar, Katsumi-san |!
-Não foi para te salvar, foi para me vingar !
-Espero que não tenha havido testemunhas, pois você cometeu um crime e não queremos estar envolvidos!
-Mas vocês estão envolvidos. Se eu não chegasse, você poderiam ter cometido um crime muito mais grave.E de qualquer modo, foram testemunhas e não me impediram, então ficam sendo meus cúmplices !
-Xiii, é mesmo, ela tem razão, amor...
Disse Lune, apreensiva.
-Acho melhor então não a deixarmos na hospedaria. Não podemos ser vistos juntos com você.Vou te deixar neste ponto de ônibus desrto e daqui por diante você se vira.Pelo menos já cortou boa parte do caminho.
Disse Takeo, preocupado.

A porta da Mercedes se abriu, e Katsumi desceu.
Lune e Takeo saíram dali e se dirigiram para a estrada.
-Eu sabia que não poderia esperar boa coisa da Katsumi , Takeo-kun!
-Bom, nós realmente fomos pegos de surpresa! Melhor voltarmos para nossas casas o quanto antes!
-Sim, amor, mas não corra demais ou despertará a atenção da polícia !
-Está certo, fofa, obedecerei os limites de velocidade da estrada.
-Não quer que eu dirija um pouco? Você deve estar muito cansado, meu amor!
-Tudo bem, amor, vou parar o carro no acostamento e você dirige então.
Lune e Takeo trocaram de lugar e agora era ela na direção.
Como o carro era muito potente e veloz, ela procurava ter o máximo de cuidado para não ultrapassar os limites de velocidade da estrada.
Quando o dia estava quase amanhecendo, chegaram em Osaka, e Lune ficou na casa dela, enquanto Takeo foi para o apartamento dele.
Lune estava profundamente pensativa.
Ela entrou em casa, mal dormiu um pouco e já era hora de acordar.
Morrendo de sono, tal qual uma sonâmbula, Lune se levantou, ainda com as mesmas roupas com que viajara e dormira.
Bocejando muito, tirou suas roupas e entrou no banho.
Porém, a imagem de Kotomi sendo esfaqueada não lhe saíam da cabeça, e a preocupação de potencialmente ter sido cúmplice de um crime lhe atormentava.
Só agora percebera que estava com uma tremenda dor de cabeça. Latejava tanto, que até os pingos de água do chuveio lhe doíam, ao atingirem os cabelos e o couro cabeludo.
O banho assim, lhe parecia interminável, e quando acabou, parecia que a sensação de estar molhada permanecia na pele, e parecia não secar nunca por mais que se enxugasse.
Ao pentear os cabelos, a escova lhe doía no toque com seu couro cabeludo e sua cabeça parecia pesada como nunca.
Escolher uma calcinha não lhe fora fácil e mesmo ela parecia apertar-lhe a pele das nádegas e a incomodar.Impaciente e louca para tomar logo um remédio, nem quis colocar um sutiã, e foi logo vestindo um pijama, para fazer de conta que dormira em casa.
Nem mesmo se tocou que sua família perceberia que ela estava de banho tomado, mas com pijama, sendo que sabiam que toda vez que ela tomava banho de manhã ela se trocava e colocava roupas  de usar de dia.
Contudo, sua cabeça distraída agora só pensava em acabar com a dor , e ela colocou pantufas nos pés , abriu a porta de seu quarto e desceu as escadas.
Cada passo , cada degrau, ela parecia sentir o impacto dos pés ressonando na cabeça.Até o toque das mãos no corrimão parecia doloroso!
Ela parecia viver uma exasperante expectativa de dor vindo em ondas, uma atrás da outra, com cada barulhinho, cada impacto, cada toque.
Aquela escada lhe parecia interminável, mas finalmente acabou e ela se sentou para tomar o café da manhã.
A voz de sua mãe parecia ecoar distante, de seu pai também.Ela ouvia os sons, mas nada entendia. Ou entendia coisas sem sentido, que não tinham nada a ver com o que fora realmente falado.
Kazuo, porém, percebeu que a filha não estava bem, e lhe disse com olhar preocupado:
-Filha, você está bem? Parece doente?O que está acontecendo?
-Ah...han...ahm..é...dor...dor de cabeça...muito...muito...muito forte !
-Kazuo levantou-se, foi na farmacinha da casa e pegou um comprimido bem forte, e trouxe também um copo de leite com chocolate.
-Tome, filha, vai te fazer bem !
-Lune-san, a blusa de seu pijama está desabotoada até mais da metade, seus peitos estão para fora !
Disse Momiji
-Aaaaahn !
Gritou Lune assustada, fechando a blusa com a mão.
-Acabe de tomar seu café da manhã, filha, mas antes acabe de abotoar a blusa, tome o remédio e vá dormir de novo. Depois passo no seu quarto para ver se melhorou !
Disse Momiji.
Kazuo permaneceu o tempo todo com o olhar dirigido para a esposa, para não olhar para a blusa de Lune.
Finalmente ela terminou seu café da manhã e sentiu-se um pouco melhor.
-Obrifgada por me avisar, mamãe.Vou me deitar um pouco sim.
E Lune se levantou e subiu as escadas de novo e trancou a porta de seu quarto.
Incomodada com as roupas, que achava que estavam a apertando e incomodando, despiu-se inteiramente, não sem antes fechar a janela do quarto.

(Por Continuar)

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