Episódio
72
Mas não foi
preciso dar uma resposta.
Repentinamente,
Kotomi sentiu uma lâmina adentrando em
suas costas e se afundando nelas, e ela gritou de dor.
Quando ela se
abaixou após o golpe, foi revelada a autora?
-Katsumi-san !
Gritou Lune.
-Então você já ia
me trair de novo, sua vadia?Finalmente te achei, fiz bem em te seguir até aqui
!
Imediatamente
Takeo e Lune trataram de imobilizar Kotomi., que apesar da dor e do sangue
pingando, disse:
-Eu já devia ter
me livrado de você há muito tempo !Achei que a Sakuya tivesse feito o trabalho
para mim, mas você sobreviveu! E vais me pagar muito caro por isto!
-Não irá tão cedo
!
Disse Lune, com a
espada de Kotomi na mão.
-Não vai mesmo!
Disse Takeo, com
estrelas ninja e mini adagas na mão, que tirara dos bolsos da inimiga.
-Seu golpe não foi
mortal...só pegou músculos...mas eu vou voltar e me vingar de você também,
Katsumi-san !
Kotomi, num golpe
de arte marcial, se desvencilhou de seus dois detentores, estourou uma bomba de
fumaça ninja e fugiu sem machucar a ninguém.
-Bom, acho que ela
não irá importunar mais a Sakuya tão cedo depois desta, melhor a gente voltar
para nossas férias!Quer uma carona até a hospedaria, Katsumi-san?
-Eu aceito,
Takeo-san.
Os três entraram
no carro e se dirigiram para a cidade.
-Muito obrigada
por me salvar, Katsumi-san |!
-Não foi para te
salvar, foi para me vingar !
-Espero que não
tenha havido testemunhas, pois você cometeu um crime e não queremos estar
envolvidos!
-Mas vocês estão
envolvidos. Se eu não chegasse, você poderiam ter cometido um crime muito mais
grave.E de qualquer modo, foram testemunhas e não me impediram, então ficam
sendo meus cúmplices !
-Xiii, é mesmo,
ela tem razão, amor...
Disse Lune,
apreensiva.
-Acho melhor então
não a deixarmos na hospedaria. Não podemos ser vistos juntos com você.Vou te
deixar neste ponto de ônibus desrto e daqui por diante você se vira.Pelo menos
já cortou boa parte do caminho.
Disse Takeo,
preocupado.
A porta da
Mercedes se abriu, e Katsumi desceu.
Lune e Takeo saíram
dali e se dirigiram para a estrada.
-Eu sabia que não
poderia esperar boa coisa da Katsumi , Takeo-kun!
-Bom, nós
realmente fomos pegos de surpresa! Melhor voltarmos para nossas casas o quanto
antes!
-Sim, amor, mas não
corra demais ou despertará a atenção da polícia !
-Está certo, fofa,
obedecerei os limites de velocidade da estrada.
-Não quer que eu
dirija um pouco? Você deve estar muito cansado, meu amor!
-Tudo bem, amor,
vou parar o carro no acostamento e você dirige então.
Lune e Takeo
trocaram de lugar e agora era ela na direção.
Como o carro era
muito potente e veloz, ela procurava ter o máximo de cuidado para não
ultrapassar os limites de velocidade da estrada.
Quando o dia
estava quase amanhecendo, chegaram em Osaka, e Lune ficou na casa dela,
enquanto Takeo foi para o apartamento dele.
Lune estava
profundamente pensativa.
Ela entrou em
casa, mal dormiu um pouco e já era hora de acordar.
Morrendo de sono,
tal qual uma sonâmbula, Lune se levantou, ainda com as mesmas roupas com que
viajara e dormira.
Bocejando muito,
tirou suas roupas e entrou no banho.
Porém, a imagem de
Kotomi sendo esfaqueada não lhe saíam da cabeça, e a preocupação de
potencialmente ter sido cúmplice de um crime lhe atormentava.
Só agora percebera
que estava com uma tremenda dor de cabeça. Latejava tanto, que até os pingos de
água do chuveio lhe doíam, ao atingirem os cabelos e o couro cabeludo.
O banho assim, lhe
parecia interminável, e quando acabou, parecia que a sensação de estar molhada
permanecia na pele, e parecia não secar nunca por mais que se enxugasse.
Ao pentear os
cabelos, a escova lhe doía no toque com seu couro cabeludo e sua cabeça parecia
pesada como nunca.
Escolher uma
calcinha não lhe fora fácil e mesmo ela parecia apertar-lhe a pele das nádegas
e a incomodar.Impaciente e louca para tomar logo um remédio, nem quis colocar
um sutiã, e foi logo vestindo um pijama, para fazer de conta que dormira em
casa.
Nem mesmo se tocou
que sua família perceberia que ela estava de banho tomado, mas com pijama,
sendo que sabiam que toda vez que ela tomava banho de manhã ela se trocava e
colocava roupas de usar de dia.
Contudo, sua
cabeça distraída agora só pensava em acabar com a dor , e ela colocou pantufas
nos pés , abriu a porta de seu quarto e desceu as escadas.
Cada passo , cada
degrau, ela parecia sentir o impacto dos pés ressonando na cabeça.Até o toque
das mãos no corrimão parecia doloroso!
Ela parecia viver
uma exasperante expectativa de dor vindo em ondas, uma atrás da outra, com cada
barulhinho, cada impacto, cada toque.
Aquela escada lhe
parecia interminável, mas finalmente acabou e ela se sentou para tomar o café
da manhã.
A voz de sua mãe
parecia ecoar distante, de seu pai também.Ela ouvia os sons, mas nada entendia.
Ou entendia coisas sem sentido, que não tinham nada a ver com o que fora
realmente falado.
Kazuo, porém,
percebeu que a filha não estava bem, e lhe disse com olhar preocupado:
-Filha, você está
bem? Parece doente?O que está acontecendo?
-Ah...han...ahm..é...dor...dor
de cabeça...muito...muito...muito forte !
-Kazuo
levantou-se, foi na farmacinha da casa e pegou um comprimido bem forte, e
trouxe também um copo de leite com chocolate.
-Tome, filha, vai
te fazer bem !
-Lune-san, a blusa
de seu pijama está desabotoada até mais da metade, seus peitos estão para fora
!
Disse Momiji
-Aaaaahn !
Gritou Lune
assustada, fechando a blusa com a mão.
-Acabe de tomar
seu café da manhã, filha, mas antes acabe de abotoar a blusa, tome o remédio e
vá dormir de novo. Depois passo no seu quarto para ver se melhorou !
Disse Momiji.
Kazuo permaneceu o
tempo todo com o olhar dirigido para a esposa, para não olhar para a blusa de
Lune.
Finalmente ela
terminou seu café da manhã e sentiu-se um pouco melhor.
-Obrifgada por me
avisar, mamãe.Vou me deitar um pouco sim.
E Lune se levantou
e subiu as escadas de novo e trancou a porta de seu quarto.
Incomodada com as
roupas, que achava que estavam a apertando e incomodando, despiu-se
inteiramente, não sem antes fechar a janela do quarto.
(Por Continuar)
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