sábado, 12 de agosto de 2017

Episódio 155-Admirer Voyages !




-Vou acionar o scanner biológico nela.Não, ela está viva, taxas metabólicas subindo, respiração e batimentos cardíacos e pressão sanguínea subindo, ela logo vai acordar, melhor não ficarmos tão perto da gaiola!
De fato, dois minutos depois, a ave abriu os olhos e mexeu seus tocos de asas.Depois , com alguma dificuldade, ainda fraca e tonta, se levantou.
Ela estava ainda confusa e a visão ainda embaralhada, mas poucos minutos depois, ela acordou completamente, e quando o fez, o fez da maneira mais escandalosa possível: urrou trovejantemente com um grito de congelar a espinha e parar o coração de terror !
Sua cabeçorra era estreita e conseguiu passar por entre as grades, mas felizmente, o tronco não.
Ela começou a caminhar para trás e depois investir com tudo contra as grades, gritando muito, com seu enorme e afiado bico ameaçando as garotas.
-Uuuh, deste jeito ela vai quebrar todos os ossos, ela quer escapar e nos pegar !
Disse Lola, assustada.
-Ela deve estar com fome e sede. Sintetize carne bovina, uns quatro quilos, e alguns litros de água no sintetizador de alimentos e os teletransporte para o comedouro e bebedouro dela, por favor, Lola !
-Ok, farei isto.
A comida e a bebida apareceu, e Lola fez questão que a carne fosse sintetizada bem ensanguentada.
A ave, desconfiada, farejou a água e a comida, e morta de fome, acabou não resistindo, e engoliu o pedaço inteiro de uma só vez !
-Caramba!Quatro quilos não são nada para um filhote ! Vamos fazer mais então!
Disse Rosimary.
Dezesseis quilos de carne e oito litros de água foram necessários para a ave saciar fome e sede.
-Bom, amanhã a estudaremos com calma. Vou deixar os sensores biológicos a escanneando e registrando os dados no computador durante a noite, vamos dormir , apagar a luz e trancar a porta para ela se acalmar e dormir.
-Não seria bom a gente dar mais um sedativo para ela?
-Não, Lola, ela ainda está se recuperando de uma dose forte deles, melhor deixar o organismo dela descansar. Vamos embora antes que fiquemos surdas !
E apagaram a luz e foram embora, trancando a porta em seguida. Duas guardas ficaram do lado de fora da porta do laboratório por segurança.
A ave continuou berrando e investindo contra a grade por horas, e dava para escutar os gritos dela por um andar inteiro, e até em um andar acima e um abaixo, o que dificultou as tripulações a dormir.
O que ninguém imaginava era o do que aquele filhote era capaz !
Duas horas da madrugada. Agora todas dormiam, menos as guardas de plantão na porta do laboratório de biologia.
Estas conversavam pesadamente entre si, morrendo de sono:
-Sabe, Judith, eu me arrependi de ter me alistado para guarda de segurança...trabalho chato, não acontece nada, não tem aventura...quando entrei, pensei que iria ser mais agitado!
-Eu também me decepcionei, como você, Úrsula...ai, que sono, e o pior é ter que montar guarda e não poder dormir, e ter de tomar conta de uma bendita galinha gigante que nos arrumaram!
-Galinha gigante !Ahahahahahah !Esta foi boa !
Súbitamente, ouviram um forte ruído, vindo do laboratório:
-KABLONK !
-Credo, Judith, que susto ! Será que aconteceu alguma coisa com a galinhona?
-Ah, não acredito, Úrsula!Ela está presa numa jaula fortíssima, o campo de energia em volta dela está ativado e é muito forte também.
-É, ela é apenas um filhote, não deve ter sido nada...
-Sklonk klonk !
-Aaaai, que será isto?Estou ficando com medo, amiga!
-Não podemos ter medo, somos guardas e estamos armadas !Talvez seja melhor entrarmos lá e ver o que está acontecendo!
-Mas não temos permissão de entrar...
-Sklonk!Klok!Tliiink !
-Agora está de mais, os barulhos estão aumentando, ela deve ter escapado !
-úrsula chamando Christine ! Úrsula chamando Christine ! Há suspeita de que a ave alienígena conseguiu escapar e esteja solta no laboratório ! Solicitamos reforços imediatamente !Emergência ! Emergência !
-Kablooom !
Um enorme calombo se projetou numa das duas folhas da porta enquanto Úrsula falava no comunicador, e este calombo tinha a forma de um bico !
Judith deu um pulo para trás, e engatilhou seu fuzil laser, ficando de frente para a porta!
Ela tremia e suas pernas estavam bambas, quando o grito arterrorizante soou como um trovão:
-Kraaaaaaaaah !Kraaaaaaaaaaah !
E uma nova bicada na porta a rompeu e rasgou e a cabeça da ave emergiu e seu bico agarrou o  pescoço de Úrsula, que estava ainda de costas para a porta, e se fechou.
-Aaaaaaaaaaaaaaaah !
Judith gritou a plenos pulmões, apavorada:
A cabeça de Úrsula rolou pelo chão do corredor, e do pescoço vazio esguichava sangue em alta  pressão, molhando o teto, as paredes, o chão e espirrando até na própria Judith, que, em pânico, e , inicialmente paralisada de terror, gritava sem parar, com abundantes lágrimas nos olhos!

(Por Continuar)

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