Sasha
e as guerreiras adentraram corajosamente na floresta escura.
Ali
tudo era desconhecido,e a fauna alienígena podia conter qualquer coisa, sendo
que o tamanho das árvores, com várias centenas de metros de altura, davam uma
idéia do tamanho potencial dos animais pode poderiam viver ali.
-Vocês
tem uma vida bastante arriscada, Damoria!
-Sem
riscos não se sobrevive, Sasha. Agora faça silêncio, os animais tem ouvidos e são
apurados.Estou farejando um Kaboklerr
aqui por perto!
-Nem
imagino o que seja isto...
-Sssshhhhh...
Damoria
apontou para as pegadas no chão, com sua lança.
Sasha
as observou: ela calculou mentalmente que elas deviam ter pelo menos quatro
metros de largura por uns seis de comprimento, e se os pés já eram daquele
tamanho, imagine-se o resto!
Damoria mandou todas as guerreiras pararem subitamente,
e se esconderem atrás de árvores, formando um círculo quase fechado,pois as
aves estavam agitadas.
Repentinamente,
ouviu-se um resfolegar, uma respiração ruidosa e algo ofegante, pesada e
profunda, cavernosa.
Depois,
um ronco rouco, mas grosso, baixo, mas potente, e assustador, pois passou a
impressão para Sasha de que poderia ser
muito mais alto.
Ouviram-se
passos, e o solo tremeu.
Sasha
olhou para o chão novamente e observou as pegadas de novo: havia uma distância,
no sentido da largura, de pelo menos uns oito metros entre elas, mas para sua
surpresa, o espaço longitudinal entre as pegadas não era maior do que meio metro.
Que raios seria aquilo, afinal?
Foi
então que uma miríade de olhos azuis brilhou na escuridão, e o ronco ficou
ainda mais alto.
Depois
surgiram quatro troços estramjps e carnudos que mais pareciam serpentes, e meio
que tateavam o ar em volta.
Finalmente
então, a presa apareceu.Ou, ao menos, começou a aparecer:
Devia
ter uns dez metros de altura, e o corpo cilíndrico não tinha de fato mais que
uns oito metros de diâmetro.
Mas
o que realmente espantou a Sasha foram as patas, ou melhor, o número delas:meio
dobradas para fora do corpo e terminando em pés que lembravam os de um
elefante, eram relativamente curtas, com não mais que dois metros de altura,
arrumadas em duas fileiras paralelas, e Sasha perdeu as contas de quantas eram
na de número duzentos !
A
cabeça lembrava a de um verme gigantesco, com uma boca tipicamente herbívora,
que lembrava a de um rinoceronte, incrivelmente pequena para um animal
descomunal daqueles.
O
animal tinha uma espinha muito flexível, e com costelas que se arqueavam para fora e se
dobravam na metade da altura, e no vente, ligando as costelas, havia em cada par
de costelas um plastrão, como de tartaruga, onde cada par de pernas se apoiava.
Mais
curioso ainda era que havia na cabeça um par de orelhas enormes, que lembravam
as de um elefante. E no alto do crânio, uma comprida fileira de olhinhos minúsculos!
Acima
dofocinho, também parecido com o de um rinoceronte, quatro imensos chifres
paralelos, dois inclinados para os lados e dois retos,também lembravam os de um
rinoceronte.
O
bizarro animal tinha um couro grosso que mais se parecia com uma armadura, e
ele começou a pastar as pantas do chão.
Damória
fez o sinal com sua lança e todas atacaram ao mesmo tempo, com as aves gritando
trovejantemente.
O
monstro estacou, e levantou parte do seu gigantesco troco e urrou
ensurdecedoramente, brandindo seus cascos
!
As
guerreiras de trás correram em cima dele e saltaram agilmente, arrancando, após
afundarem suas lanças nas costas dele, generosas porções de carne , ao que monstro
urrou de dore tentou se virar para trás.
As
guerreiras da frente ficaram então provocando o animal pela sua extremidade
dianteira, e ele se levantou novamente, e novamente as de trás coletaram mais
pedações de carne, colocando-os em um saco.
Quando
achou que elas já tinham coletado o suficiente, Damoria fez sinal para fugirem.
E
quando já estavam de saída, ouviram o grito de Sasha:
Ela
tinha ficado de frente para a cabeça do animal, que investiu como um trem de carga sobre ela e a ave dela um dos
chifres dele trespassou a ave dela, partindo-a em dois pedaços.
Sasha
saltou agilmente da ave e viu-se de frente para o monstro, e viu que não tinha
saída: acionou o lançador de granadas fotônicas de seu fuzil lazer e o disparou
dentro da boca do monstrengo, cuja cabeça se iluminou e explodiu
espetacularmente, numa achoeira de sangue azulado!
Damória
a agarrou e a colocou na garupa de sua ave e saíram correndo dali.
-Por
que estamos fugindo, se poderíamos pegar muito mais carne do bicho morto?
-Por
que , Sasha, o corpo do Kaboklerr morto vai atrair um monte de predadores
perigosíssimos, muito maiores do que ele, contra os quais não temos chances,
nossa única arma é a velocidade!Mas coletamos mais que o suficiente para todas
nós. As presas aqui são muito grandes, então nós não as matamos, apenas
arrancamos pedaços de carne delas e as levamos. Estes animais se recuperam logo
dos ferimentos e logo estarão prontos a nos servir de novo !Aqui é assim:
corremos riscos, mas só os necessários, não corremos os que não sejam
absolutamente necessários, então a tática é arrancar pedaços e fugir , ficar o
mínimo de tempo necessário na floresta- ficar o tempo todo lá é morte certa !
(Por Continuar)
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