quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Episódio 166- Admirer Voyages !



 
Sasha e as guerreiras adentraram corajosamente na floresta escura.
Ali tudo era desconhecido,e a fauna alienígena podia conter qualquer coisa, sendo que o tamanho das árvores, com várias centenas de metros de altura, davam uma idéia do tamanho potencial dos animais pode poderiam viver ali.
-Vocês tem uma vida bastante arriscada, Damoria!
-Sem riscos não se sobrevive, Sasha. Agora faça silêncio, os animais tem ouvidos e são apurados.Estou farejando  um Kaboklerr aqui por perto!
-Nem imagino o que seja isto...
-Sssshhhhh...
Damoria apontou para as pegadas no chão, com sua lança.
Sasha as observou: ela calculou mentalmente que elas deviam ter pelo menos quatro metros de largura por uns seis de comprimento, e se os pés já eram daquele tamanho, imagine-se o resto!

Damoria  mandou todas as guerreiras pararem subitamente, e se esconderem atrás de árvores, formando um círculo quase fechado,pois as aves estavam agitadas.
Repentinamente, ouviu-se um resfolegar, uma respiração ruidosa e algo ofegante, pesada e profunda, cavernosa.
Depois, um ronco rouco, mas grosso, baixo, mas potente, e assustador, pois passou a impressão para  Sasha de que poderia ser muito mais alto.
Ouviram-se passos, e o solo tremeu.
Sasha olhou para o chão novamente e observou as pegadas de novo: havia uma distância, no sentido da largura, de pelo menos uns oito metros entre elas, mas para sua surpresa, o espaço longitudinal entre as pegadas não era maior do que meio metro. Que raios seria aquilo, afinal?
Foi então que uma miríade de olhos azuis brilhou na escuridão, e o ronco ficou ainda mais alto.
Depois surgiram quatro troços estramjps e carnudos que mais pareciam serpentes, e meio que tateavam o ar em volta.
Finalmente então, a presa apareceu.Ou, ao menos, começou a aparecer:
Devia ter uns dez metros de altura, e o corpo cilíndrico não tinha de fato mais que uns oito metros de diâmetro.
Mas o que realmente espantou a Sasha foram as patas, ou melhor, o número delas:meio dobradas para fora do corpo e terminando em pés que lembravam os de um elefante, eram relativamente curtas, com não mais que dois metros de altura, arrumadas em duas fileiras paralelas, e Sasha perdeu as contas de quantas eram na de número duzentos !
A cabeça lembrava a de um verme gigantesco, com uma boca tipicamente herbívora, que lembrava a de um rinoceronte, incrivelmente pequena para um animal descomunal daqueles.
O animal tinha uma espinha muito flexível,  e com costelas que se arqueavam para fora e se dobravam na metade da altura, e no vente, ligando as costelas, havia em cada par de costelas um plastrão, como de tartaruga, onde cada par de pernas se apoiava.
Mais curioso ainda era que havia na cabeça um par de orelhas enormes, que lembravam as de um elefante. E no alto do crânio, uma comprida fileira de olhinhos minúsculos!
Acima dofocinho, também parecido com o de um rinoceronte, quatro imensos chifres paralelos, dois inclinados para os lados e dois retos,também lembravam os de um rinoceronte.
O bizarro animal tinha um couro grosso que mais se parecia com uma armadura, e ele começou a pastar as pantas do chão.
Damória fez o sinal com sua lança e todas atacaram ao mesmo tempo, com as aves gritando trovejantemente.
O monstro estacou, e levantou parte do seu gigantesco troco e urrou ensurdecedoramente, brandindo seus cascos  !
As guerreiras de trás correram em cima dele e saltaram agilmente, arrancando, após afundarem suas lanças nas costas dele, generosas porções de carne , ao que monstro urrou de dore tentou se virar para trás.
As guerreiras da frente ficaram então provocando o animal pela sua extremidade dianteira, e ele se levantou novamente, e novamente as de trás coletaram mais pedações de carne, colocando-os em um saco.
Quando achou que elas já tinham coletado o suficiente, Damoria fez sinal para fugirem.
E quando já estavam de saída, ouviram o grito de Sasha:
Ela tinha ficado de frente para a cabeça do animal, que investiu como um trem  de carga sobre ela e a ave dela um dos chifres dele trespassou a ave dela, partindo-a em dois pedaços.
Sasha saltou agilmente da ave e viu-se de frente para o monstro, e viu que não tinha saída: acionou o lançador de granadas fotônicas de seu fuzil lazer e o disparou dentro da boca do monstrengo, cuja cabeça se iluminou e explodiu espetacularmente, numa achoeira de sangue azulado!
Damória a agarrou e a colocou na garupa de sua ave e saíram correndo dali.
-Por que estamos fugindo, se poderíamos pegar muito mais carne do bicho morto?
-Por que , Sasha, o corpo do Kaboklerr morto vai atrair um monte de predadores perigosíssimos, muito maiores do que ele, contra os quais não temos chances, nossa única arma é a velocidade!Mas coletamos mais que o suficiente para todas nós. As presas aqui são muito grandes, então nós não as matamos, apenas arrancamos pedaços de carne delas e as levamos. Estes animais se recuperam logo dos ferimentos e logo estarão prontos a nos servir de novo !Aqui é assim: corremos riscos, mas só os necessários, não corremos os que não sejam absolutamente necessários, então a tática é arrancar pedaços e fugir , ficar o mínimo de tempo necessário na floresta- ficar o tempo todo lá é morte certa !

(Por Continuar)

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