sábado, 5 de agosto de 2017

Episódio 91-Sensibilidade de Viver;Interlúdio ETP



Lune não dormiu bem.
Ela não gostava muito de dormir fora de casa, nas casas dos outros, desconhecidas, e inclusive, até na pensão em Sakura City ela demorara a se acostumar.
No apartamento de  Takeo então ela raramente conseguia dormir, pois ele não a deixava em paz com suas taras, sempre querendo sexo e a tocando pelo corpo todo.
Ali, naquele futon, numa casa desconhecida, onde ela não dormia desde criancinha, não conseguia mesmo!
Ela começava a achar que a casa podia ter baratas ou mesmo ratos e ficava em pãnico de pensar neles pssando pelo corpo dela, ou mesmo entrando na boca dela.
Depois , começou a estranhar cada barulhinho noturno, achando que pudesse ser barata, rato ou mesmo algum ladrão ou estuprador.
Ela trouxera com ela uma máscara de dormir, que ela gostava de usar, mas mesmo assim, a aflição dela não acabava.Sempre sobressaltada, seus olhos se abriam arregalados a cada ruidozinho.
Até o barulho da geladeira incomodava !
Ela começou a se incomodar com as cobertas e com o cobertor, achando que eles tolhiam seus movimentos e dificultavam sua respiração.
Ela tirava as cobertas, ficava com frio e com medo de animais passarem em cima dela, e se cobria , e aí sentia calor e sufocada.
Ela rolava de um lado a outro, ora esticava as pernas , ora as encolhia, sem saber em qual posição ficar.
Até que o sono, muito t~enue e eve, a venceu.

Era um sono muito curto e entrecortado por sobressaltos resultantes dos pesadelos que tinha.
Sonhou que ratos e baratas andavam por cima de seu corpo, e tentavam entrar em sua boca, nariz, ouvidos e, não conseguindo, os ratos começaram a tentar entrar dentro de sua vagina e ãnus. Depois, um rato gigantesco, do tamanho de um cachorro grande a assaltava e começava a coitá-la, fazendo sexo vaginal com ela e a estuprando. E ela gritava, histérica , e não conseguia tirar o rato nem de cima, nem de dentro dela.
-Lune-san!Lune-san, o que foi?O que foi, por que você está berrando deste jeito?
Era a voz de Asuka, e Lune acordou num salto, de olhos arregalados e suando frio, tremendo muito, e ainda gritando.
Lune imediatamente abraçou a avó, toda chorosa, e contou seu pesadelo para ela.
-Ah, minha criança...não precisa ter medo não...aqui não tem ratos nem baratas, muito menos ladrões ou estupradores, fique tranquila, eu estou aqui com você !
-Ai, vovó, a senhora acredita que estou até com meu sexo dolorido, com se eu tivesse...tivessee...
-É o reflexo do inconsciente, voê vivenciou o sonho de modo tão realista, que forçou os músculos vaginais até doer, mas vai passar.Vai passar...
-Durante o sonho, as lembranças do estupro que sofri lá em Sakura City voltaram tudo de novo...
Meubem, olha, você quer dormir comigo na minha cama, como fazia quando criança?Assim voc~e se sentirá mais segura...
-Não vovò, obrigada, desculpe...eu melhorei depois do seu abraço e suas palavras...
-Está bem, mas qualquer coisa, me chame. Aproveite e tome um leite morno e depois vá ao banheiro e tente dormir novamente, são quatro horas da madrugada e daqui umas duas já vai amanhecer...
-Está certo, obaba!
Lune foi na cozinha, fez um leite morno , tomou, depois foi ao banheiro, onde se examinou para ter certeza de que nenhuma rato gigante fizera amor com ela e depois voltou para a cama e tentou dormir novamente.
Novamente, ela lutava para cair no sono, mas a inônia a perseguia.Agora o medo era de fantasmas!
Primeiro, ela viu as fotos antigas de antepassados que já tinham falecido, nos porta retratos, e achou que a casa poderia ter fantasmas.
Depois ela lembrou dos mortos com a bomba de Nagasaki e  achou que eles estariam rondando a casa. Começou a se sentir vigiada, e na sua cabeça, fantasmas eram capazes de olhar por baixo das roupas e ver as pessoas nuas.
Aí começou a achar que, de algum modo, os fantasmas poderiam estupra-la em série.
Ela depois de quase duas horas de luta, só então, ao ver os primeiros raios de sol pela janela, conseguiu pegar no sono.
E desta vez, dormiu pesadamente, a ponto de roncar alto.
Tão alto que acordou Asuka, que levantou as seis e meia da manhã e ao ver a neta dormindo pesadamente na sala, resolveu deixa-la dormir.
Tomou seu café da manhã e foi para seus afazeres de sempre.
Lune só acordou ao meio dia,ainda sonolenta.
-Bom dia !Que horas são, obaba?
-Bom dia, Lune –san, meio dia, e o almoço está na mesa, vamos comer?
-Meio dia?Almoço?
-Sim senhorita !
-Ai, não, desculpe, vovó, eu te dando trabalho !
-Não é trabalho nenhum. Trabalho você me dará se não for logo para a mesa almoçar junto comigo !Fiz um almocinho especial só para você , com seus pratos prediletos !
-Ai, vovó, a senhora é um amor, viu?Muito obrigada !
Lune se sentou na mesa e se refastelou; a comida era simples e tipicamente japonesa tradicional, e estava deliciosa !
-Muito bom, vejo que gostou, até repetiu o prato !
-Acordei com tanta fome, obaba...mas estava uma delícia, adorei !
-Que bom, é muito bom ver seu sorriso luminoso logo pela manhã , alegra meu velho coração !
-Então, daqui a pouco vamos passear mais?
-Vamos sim, minha querida netinha !
Lune estava contente;Asuka estava num esplêndido bom humor naquele dia !

(Por Continuar)

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