domingo, 13 de agosto de 2017

Episódio 96-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP




Lune estava incomodada com aqueles dois atrás dela, e com o árabe vigiando sua vida.
E ficara numa situação difícil, tanto perante sua família, como perante Takeo. Como explicar tudo aquilo, que mais parecia um enredo de filme ou anime?
Ou, pior ainda: e se o magnata das arábias resolvesse pedir a mão dela em casamento diretamente a seus pais?
E se ele visse Takeo como um inimigo a eliminar e resolvesse seus capangas matarem-no?
Decidiu-se a, primeiramente, aconselhar-se com seu pai.
Porém, chegara com uma dor de cabeça muito forte, tamanha a sua preocupação.
Chegou em casa, cumprimentou rapidamente seus pais , pegou um copo de leite com chocolate na cozinha e um remédio analgésico, e foi direto ao seu quarto, onde trancou a porta e tratou de tomar o remédio, e depois entrar no banho.
Ao sair, e se enxugar, resolveu colocar apenas a calcinha e se deitou  na sua cama, tentando dormir.
Ah, como era bom estar de volta naquela cama larga e confortável, no seu quarto tão familiar !
Acabou pegando no sono e só acordou no dia seguinte pela manhã, de tão cansada que estava, pois fazia duas noites que não dormia direito.
Foi então que  acordou, com a sensação de que estava sendo lambida.
Ainda zonza de sono, meio dormindo, Lune exclamou:
-Takeo-kun, para de ficar lambendo meus peitos, deixa de ser pervertido, me deixa dormir em paz...
-Miiiiu...
-Que foi, Takeo-kun, deu de miar , agora?
-Miiiiuuuu...
Lune finalmente abriu os olhos e o que viu, bem de pertinho, foram imensos olhos de gato olhando para ela.
-Haaan?
Lune esfregou os olhos, enquanto recebia uma lambida no  nariz.
-Argh !Que nojo, mas que... Sartre-saaaan !Ain, eu não acredito ! Você está vivo, e de volta !
Lune agarrou seu gato de estimação e beijou-o na testa !
As saudades eram imensas !
-Own, seu danadinho pervertido...voc~e apronta, mas me ama, não?E eu te amo também ! Ain, você está com o torso todo enfaixado, coitadinho do meu gatinho...eu vou cuidar bem de você, Sartre-san, pode ficar tranquilo, viu?Ain, eu estou tão feliz com a sua volta !
Sartre estava todo carente.
Lune então se trocou, não sem enxugar os seios na toalha, molhados das lambidas do felino.
Colocou um sutiã, uma saia curta pregueada verde escura, uma busa leve verde clara e calçou sandálias.
Abriu a porta do quarto sorrindo de orelha a orelha e segurando Sartre delicadamente em seus braços, desceu a escada e foi para a cozinha, onde a família já começava seu café da manhã.
-Até que enfim acordou, senhorita!Coloque este gato na almofada dele, lave as mãos e venha tomar o café da manhã !
Era Momiji, com seu jeitão autoritário de sempre.
Lune, no entanto, estava de bom humor, e obedeceu desta vez.
Depois de ir ao lavabo social e lavar as mãos, voltou para a cozinha e sentou-se na mesa para seu desjejum. Estava capotando de fome !
-Sejas benvinda de volta, filha !Como foi sua viagem/Você e sua avó se deram bem?
Disse Kazuo para Lune.
-Obrigada, pai ! Foi sim, tudo bem! E nos damos muito bem !Ela gostou de eu a ter visitado !
-Lune-san, alguém já lhe disse que você mente muito mal?
-Ai, mãe, vai...
-Eu já entendi, filha. Depois que terminarmos aqui, vamos ao minha biblioteca e você me conta o que está acontecendo.
-Obrigada, pai!Ai, olha, mundando de assunto, fique tão feliz que o Sartre sobreviveu e voltou !
-Eu fui busca-lo ontem pela manhã, Lune-san. A veterinária ligou aqui e disse que ele se recuperou de forma surpreendente e teve alta!
-Que bom, pai, muito obrigada !
-Depois eu quero saber também, sou sempre a última a saber nesta casa !
Disse Momiji.
Como sempre, Ruri preferiu não se intrometer e ficou comendo quieta.
Terminado o café da manhã, Lune foi para a biblioteca, e o pai dela cerrou as folhas duplas da porta..
Lune se sentou numa das duas poltronas  em frente ‘ escrivaninha.
-Pois então, pode contar, filha, tudo o que realmente aconteceu...
Lune contou sobre o Califa árabe e seus homens, e sobre o pedido de namoro e o tapa.E contou que eles a tinham seguido até em casa, e que provavelmente os dois capangas deviam estar montando guarda  do lado de fora da casa.
-Entendi...bom, você, claro, não tem culpa, embora você muitas vezes aja intempestivamente, sem pensar nas consequências.Claro que as consequências que adviram eram imprevisíveis, não são as que normalmente costumam acontecer de forma corriqueira.Mas existem e de certa forma, mesmo sem querer e sem saber, você se colocou numa situação delicada. Eu posso entender como se sente  e o que te aconteceu, pois a conheço desde seu nascimento, filha, mas...e o Takeo-San?
-Ai, pai, não cabe culpa agora, nem recriminações pelo que eu deveria ter feito ou não, já aconteceu...agora, o Takeo-kun, sei lá, não tenho idéia, estou preocupadíssima....
-É o Takeo-san que você quer, não o magnata árabe, não é?
-Sim, api, com toda a certeza!
-Senti firmeza e convicção em sua voz e seu olhar. Bom, então você terá de enfrentar este estrangeiro e dizer na cara dele que não o aceita, e que as regras da cultura do país dele não se aplicam aqui.Tudo de forma civilizada e sem agressões, para evitar graves consequências, inclusive financeiras, para a família.
-E se ele não aceitar um não como resposta?

(Por Continuar)

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