-Eu
sou a Capitã Valéria e esta é a Capitã Dina, e todas as outras são nossas
tripulações!
-Capitãs?Tripulações?Não
estou vendo nenhum navio aqui, e o mar está bem distante daqui!
-É
que somos de outro Mundo e viemos para cá nos nossos navios voadores. Nós
deixamos eles bastante distantes daqui, por isto usamos estas carroças que
trouxemos conosco.
-Outro
Mundo, Senhorita Valéria? Navios voadores? Esta conversa está muito estranha 1
Quem me garante que não são espiãs de Galandahar?
-Galandahar?Nunca
ouvi falar...
Disse
Dina.
-Que
conversa é esta?Todo mundo conhece Galandahar, a cidade mais próxima !
-Como
dissemos, viemos de outro mundo. Não conhecemos Galandahar e nem sequer sabemos o nome de sua cidade...
Disse
Valéria.
-Chegaram
aqui e não sabem que aqui é a Cidade de Galistahar?
Bom,
eu vou ter que pedir ao meu superior para que fale com o Cardigal Richestier, o Sumo Sacerdote
Soberano da Cidade. Por favor, aguardem aqui !
-Alguém
devia avisar este cara de que se esperarmos muito aqui debaixo deste sol, vamos
morrer de insolação !
-É, Dina, mas é melhor não sairmos dos veículos.
Devem ter uma centena de guardas com armas apontadas para nós. Para que
provocar um incidente?Vamos aguardar sim !
-Você
qm manda, Val !
No
centro da cidade, bem no centro mesmo, ficava um imenso templo religioso, cujos
andares de cima serviam de suntuoso palácio para o Cardigal.
Ele
estava em sua sala do trono, quando o Chefe da Guarda lhe solicitou uma audiência, no que foi
atendido, e explicou a situação. Claro, a versão dos guardas dos fatos.
-Huum,
interessante...outro mundo, navios voadores, carroças sem animais...se
tivéssemos tudo isto, seríamos imbatíveis ! Muito bem, permitam a entrada delas
, sob escolta e as tragam até aqui !
-Sim,
Vossa Santidade !
-Que
o Bom Vetuh esteja com você !Pode ir, dispensado !
Depois
de mais de uma hora de cansativa espera, surpreendentemente, os portões se
abriram.
-Recebemos
ordens superiores de deixa-las entrar e escolta-las. Coloquem suas carroças no
pátio e nos acompanhem.
Disse
um dos guardas.
Assim
fizeram e , em duas fileiras paralelas, com uma fileira de guardas de cada lado
externo, ela seguiram templo adentro.
-Eu
não gosto de como estes guardas nos olham!
-É
verdade, Sasha, o olhar deles é de tanto desejo e libido, que parecem prestes a
nos estuprar a qualquer momento !
-Só
de pensar nisto sinto arrepios !
Respondeu
Giselle, preocupada.
E
não era ´toa: os uniformes delas tinham grandes decotes no busto, e eram super
colantes e delineavam muito bem todas as curvas mais sensuais dos corpos delas.
Passaram
por imensos salões de orações, com vitrais e estátuas de divindades estranhas e
desconhecidas, e quadros idem.
Depois
subiram uma imensa escada em caracol e depois de vários andares, chegaram na
gigantesca sala do trono.
As
portas de duas folhas se abriram para o salão luxuoso, onde um tapete púrpura
terminava em um imenso trono. E nele, havia um senhor aparentando sessenta anos
de idade, com um bigode fino e um cavanhaque idem, contrastando com imensas e
espessas sombrancelhas nas arcadas superciliares.
-Abaixem-se
perante o Santo Soberano !
Elas
, por educação, se abaixaram.
-Guardas,
podem se retirar !
-Sim,
Vossa Santidade, imediatamente !
-Muito
bem, os guardas contaram uma história muito pouco convincente sobre vocês. Quem
de vocês é a líder?
-Sou
eu, Capitã Valéria, Vossa Santidade !Na verdade são duas, pois a Capitã Dina
também tem a mesma patente militar que eu, mas eu que estou no comando , no
momento.
-E
por que só tem mulheres aqui?
-Escolhemos
só mulheres para nossas tripulações por motivos de preferência pessoal, Vossa
Santidade.
-Huum...peço
‘as senhoritas que não subestimem a minha inteligência. Se estiverem mentindo,
fiquem conscientes de que pagarão com a Vida, pois o Tribunal da Santa
Execração terá o maior prazer em tortura-las, estupra-las e mata-las sem dó nem
piedade!
-Quem
nada deve, nada teme, Vossa Santidade.
-Ah,
teme sim, oh, se teme...todos temem aqui, não é preciso dever para termer,
basta uma denúncia ou suspeita !Mesmo que sejam inocentes, serõ culpadas do
mesmo jeito se eu e o Tribunal quisermos !
(Por Continuar)
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