segunda-feira, 20 de abril de 2015

Depois daquela fria manhã de Outono-Episódio 66


 
Na praia todas as garotas brincavam entre si e Mayumi alegremente se juntou a elas. Na cabeça dela, mil planos iam se desenvolvendo, e ela estava determinada a cumpri-los.
Ela conseguira vencer a resistência das outras garotas com relação a ela, mas, a não ser, claro, por Maki, ela não conseguira atrair a simpatia e a amizade verdadeira delas. Natsume e Kuome a odiavam, mas não podiam demonstrar na frente de Maki nem de Tetsuo.
Agora que estava provado que ela era irmã de Maki e ainda por cima tinha sido adotada legalmente por Tetsuo,elas nada podiam fazer para expulsar Myumi da família, seria sempre uma intrusa com a qual teriam de conviver, e a preocupação delas era a de que ela machucasse o coração de Maki, ou desse um golpe e ficasse com toda a fortuna dos Amagawa para ela e os abandonasse. Elas percebiam que ela era má, mau-caráter , imoral e não tinha o menor escrúpulo. Ela era promíscua, pervertida e corrupta, sem o menor traço de honra ou lealdade. Decididamente, não era alguém em quem pudesse confiar, mas sim, a pessoa mais traiçoeira que já tinham conhecido !
Então que se via naquela praia era puro teatro. As demais garotas sabiam que não podiam brigar com ela, ou Maki saberia, e aí elas virariam as vilãs da história no precário entender de Maki.
Tudo ali era fingido e a alegria delas era forçada e artificial,o clima definitivamente não era dos piores.
Mas Izanami viu ao longe nuvens negras, com raios, chegando do mar, e chegou à praia uma forte ventania, e ela viu todo mundo indo embora dali. Até os donos das barracas de lanchonetes de praia estavam fechando as portas correndo e indo embora apavorados.
Não deu cinco minutos , e  uma sirene do alerta de furacão tocou.
As meninas então trataram de correr de volta para o hotel, pois o tempo fechou de vez e assustadores trovões e raios  tomou conta da praia.

Ao chegarem no hotel, resolveram ficar todas juntas no mesmo quarto. Mayumi agarrou Izanami e a beijou na boca, e ambas tiraram suas roupas.
Sem nada o que fazer, Natsume e Kuome fizeram a mesma coisa, e como dividiam a mesma cama de casal,em poucos minutos uma orgia sexual se estabelesceu entre todas as garotas entre si.
Tudo ia bem, até que perceberam o edifício chocalhar e balançar, após o mais ensurdescedor trovão que já tinham visto na vida e ver os raios enormes bem pertinho das janelas!
Apavoradas, abraçaram-se uma a outra, e aí a luz acabou e elas gritaram.
Tetsuo, que teve seu trabalho na internet e no computador interrompido,abriu a porta do se quarto e foi ver as garotas, e as encontrou todas nuas, abraçadas entre si, chorosas, morrendo de medo.
Ele fechou a porta para resistir à tamanha tentação, e correu para o quarto de Maki.
Ao entrar, viu ela com as meninas e Hideo abraçados, tremendo de medo também.
As bebês choravam com o barulho que as acordara e pareciam estar apavoradas, agarradas com a mãe.
Tetsuo abraçou todos eles, e depois de alguns minutos a tempestade e a ventania uivante arrefeceram. Mas o tempo ainda estava muito escuro e feio,e Maki, movida por um pressentimento, levantou da cama, ainda de camisola, e foi até a janela.
O que ela viu a assustou:
Ela podia jurar que vira, flutuando do lado de fora da janela, Nami, com uma cara muito brava,e cada vez que tinha um raio acompanhado de um trovão, parecia que a falecida irmã de Maki gritava- mais parecia uma tremenda bronca !
Mas Maki, sem saber se o que vivia era realidade, sonho, fantasia, visão, tremeu de pavor, pois repentinamente a imagem de Nami pareceu-lhe um espectro, um zumbi, como se ela estivesse morta-viva, e ao ver isto, Maki não aguentou mais e desmaiou.
Para sua sorte Hideo a aparou ainda no ar e a amparou em seus braços.
Tetsuo chegou e a colocou deitada na cama.
Eles ficaram tomando conta das crianças enquanto a tempestade rugia, e durante toda a tempestade Maki permaneceu desmaiada.
Mas mesmo desmaiada, ela tinha assustadores movimentos convulsivos, e sua face mostrava o rictus do horror, sua boca se abria  muito, como se ela berrasse, mas a voz não saia, e seus olhos estavam vidrados.
Só quando a tempestade passou ela parou com as convulsões e seu semblante voltou a ficar sereno, e as lágrimas pararam de cair.
Alguns minutos depois, ela acordou como se nada tivesse acontecido, mas o que ela viu enquanto estava neste estado, Maki nunca contou a ninguém.

(Por continuar)

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