Com
mais de duzentas piratas procurando por ela, em todos os cantos da ilha, não
era possível que não a encontrassem !
Só
que procura daqui, procura dali, e nada!
Bateram
em todas as portas de todas as casas, nos armazéns do Porto, na cidade toda,
nas praias, e vasculharam a florestinha do centro da ilha e nada!
Por
onde estaria Sofia, a desaparecida !
Até
no cemitério procuraram, igrejas, e nada de acha-la!
Ariadne
já estava a ponto de desistir !
Mas
Denise era incansável, e continuava procurando desesperadamente !
Foi
então que June , já na saída da floresta, encontrou uma pequena caverna, e de
lá, ouviu rugidos de um cougar e gritos femininos de pavor.
Correu
então para a caverna e chamou por Juliette e Long Legs Laura, e como Denise
estava por preto, também foi.
Quando
chegaram lá, Sofia estava encurralada no fundo da pequena caverna, tendo o
grande felino de olhos verdes e dentuça alva e afiadíssima rosnando e urrando
para ela, com entes a mostra, pronto para atacar.
A
espada de Sofia jazia no chão, e ela estava pálida de pavor, trêmula e
paralisada, com seus olhos expressando o terror da morte.
-Ei,
gatinho, por que não puxa bringa com alguém do seu tamanho?
Gritou
June.
O
Cougar virou sua cabeça e olhou para as piratas de espadas em riste.
E
as atacou!
June
rolou no chão com sua espada, e num golpe rapidíssimo abriu o ventre do felino,
em que suas vísceras foram ao chão antes mesmo de ele terminar seu salto, e já
chegou a o solo morto, envolto numa poça de sangue.
-Agora,
Sofia, me deves tua vida. Minha dívida para com você está paga e tua vingança
não tem mais razão de ser.Eu arrisquei minha vida por você assim como você
arriscou sua vida por me desafiar!
Disse
June.
-Mostre
a ela que lhe resta ainda alguma honra e agradeça a ela por ter salvo a tua
vida ! Sua vida pagou a morte de seus irmãos e a perda de sua taverna, agora
mostre sua gratidão, mostre que ainda tens alguma decência !
Era
Ariadne que chegara e ordenava.
Com
lágrimas nos olhos, Sofia caía em si que sua chance de se vingar tinha se
esvaído por entre seus dedos. Não havia mais o que fazer. Ou ela pedia
desculpas, ou ela entregava suas armas a Ariadne e abandonava a pirataria, pois
não mais seguia digna de ser uma pirata.
-Perdão,
senhora...perdão, Capitã,eu lhe rogo que por favor me desculpes...
-Eu
a perdoo, Sofia..sede benvinda de volta ‘a pirataria !
A
Capitã abriu os braços e abraçou Sofia, que chorou copiosamente nos ombros
dela.
Depois
foi a vez de Denise e toda a tripulação do Barracuda Feliz.
Todas
a tinham perdoado e por fim, as tripulações se separaram e cada uma foi para
seu próprio navio.
Enquanto
o Sol se punha, os três navios se separaram, cada um tomando seu rumo.
Sofia
jamais se esqueceria daquele dia, em que aprendera que viver para uma Vingança
era na verdade morrer como pessoa...
E
June estava feliz, pois agora sabia que tinha uma inimiga a menos.E de fato,
ela não matava sem precisar, tirar vidas não era algo que lhe dava o prazer
sádico dos assassinos. Matava por que precisava, mas não era alguma coisa da
qual ela tirava prazer, pois
afinal,
June, mesmo sendo uma pirata, mas do que tudo amava a Vida !
(Por Continuar)
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