quarta-feira, 3 de maio de 2017

Episódio 22- As Piratas também Sonham:Armada !





Com mais de duzentas piratas procurando por ela, em todos os cantos da ilha, não era possível que não a encontrassem !
Só que procura daqui, procura dali, e nada!
Bateram em todas as portas de todas as casas, nos armazéns do Porto, na cidade toda, nas praias, e vasculharam a florestinha do centro da ilha e nada!
Por onde estaria Sofia, a desaparecida !
Até no cemitério procuraram, igrejas, e nada de acha-la!
Ariadne já estava a ponto de desistir !
Mas Denise era incansável, e continuava procurando desesperadamente !
Foi então que June , já na saída da floresta, encontrou uma pequena caverna, e de lá, ouviu rugidos de um cougar e gritos femininos de pavor.
Correu então para a caverna e chamou por Juliette e Long Legs Laura, e como Denise estava por preto, também foi.
Quando chegaram lá, Sofia estava encurralada no fundo da pequena caverna, tendo o grande felino de olhos verdes e dentuça alva e afiadíssima rosnando e urrando para ela, com entes a mostra, pronto para atacar.
A espada de Sofia jazia no chão, e ela estava pálida de pavor, trêmula e paralisada, com seus olhos expressando o terror da morte.
-Ei, gatinho, por que não puxa bringa com alguém do seu tamanho?
Gritou June.
O Cougar virou sua cabeça e olhou para as piratas de espadas em riste.
E as atacou!
June rolou no chão com sua espada, e num golpe rapidíssimo abriu o ventre do felino, em que suas vísceras foram ao chão antes mesmo de ele terminar seu salto, e já chegou a o solo morto, envolto numa poça de sangue.
-Agora, Sofia, me deves tua vida. Minha dívida para com você está paga e tua vingança não tem mais razão de ser.Eu arrisquei minha vida por você assim como você arriscou sua vida por me desafiar!
Disse June.
-Mostre a ela que lhe resta ainda alguma honra e agradeça a ela por ter salvo a tua vida ! Sua vida pagou a morte de seus irmãos e a perda de sua taverna, agora mostre sua gratidão, mostre que ainda tens alguma decência !
Era Ariadne que chegara e ordenava.
Com lágrimas nos olhos, Sofia caía em si que sua chance de se vingar tinha se esvaído por entre seus dedos. Não havia mais o que fazer. Ou ela pedia desculpas, ou ela entregava suas armas a Ariadne e abandonava a pirataria, pois não mais seguia digna de ser uma pirata.
-Perdão, senhora...perdão, Capitã,eu lhe rogo que por favor me desculpes...
-Eu a perdoo, Sofia..sede benvinda de volta ‘a pirataria !
A Capitã abriu os braços e abraçou Sofia, que chorou copiosamente nos ombros dela.
Depois foi a vez de Denise e toda a tripulação do Barracuda Feliz.
Todas a tinham perdoado e por fim, as tripulações se separaram e cada uma foi para seu próprio navio.
Enquanto o Sol se punha, os três navios se separaram, cada um tomando seu rumo.
Sofia jamais se esqueceria daquele dia, em que aprendera que viver para uma Vingança era na verdade morrer como pessoa...
E June estava feliz, pois agora sabia que tinha uma inimiga a menos.E de fato, ela não matava sem precisar, tirar vidas não era algo que lhe dava o prazer sádico dos assassinos. Matava por que precisava, mas não era alguma coisa da qual ela tirava prazer, pois
afinal, June, mesmo sendo uma pirata, mas do que tudo amava a Vida !

(Por Continuar)

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