Neste meio tempo, alheias a tudo isto, as piratas
do Barracuda Feliz se preparavam para caçar o galeão espanhol.
-Todas a seus postos !Postos de batalha !
Bradou Ariadne.
A perseguição se iniciou!
O galeão começou
uma curva suave, bem aberta, para tentar escapar, já que o vigia já
tinha localizado o navio pirata.
-Eles estão virando a bombordo, Capitã !Curva bem
aberta !
-Entendi, Denise, obrigada ! Elise, curva a
estibordo, bem fechada, agora !
-Sim, Capitã !
Já no galeão espanhol:
-Eles estão fazendo uma curva a estibordo,
Capitão!
-Será que desistiram, senhor?
Disse o Imediato ao seu superior.
O Capitão Hernando Alvarez era um marujo
experiente e conhecia bem as manobras dos piratas.
-Claro que não !Este truque é velho ! Eles vão
fazer uma curva fechada para o lado contrário para nos interceptar !Timoneiro,
pare a curva e siga em frente , direto !
Já no Barracuda Feliz:
-Eles pararam de virar e estão seguindo em linha
reta, Capitã!
-Obrigada, Denise! É, Lorena, aquele capitão não
é nenhum novato ! Porém, o navio dele é grande, pesado e desengonçado, e demora
muito mais que o nosso para fazer curvas, sem falar que o nosso consegue fazer
curvas muito mais fechadas e é muito mais veloz ! Elise, assim que completarmos
cento e oitenta graus, mantenha o navio navegando em linha reta !
-Sim, Capitã !
Não demorou e o Barracuda Feliz já estava logo
atrás do galeão.O navio pirata intercptara uma corrente oceânica e agora estava
tão veloz que não demoraria a
ultrapassar a sua presa.
-Capitão !Os piratas estão ‘a nossa popa,
quinhentas braçadas !
-Quinhentas braçadas?Droga, estão rápidos demais,
não vamos conseguir fugir !
-Não é melhor fazermos outra curva?
-Para onde, Imediato?Meu caro Pablo , na
velocidade em que estão, nos interceptarão para qualquer lado que for...
-Mas de sotavento a velocidade fica menor...
-Mas a nossa também ! Estamos com cinco toneladas
de prata, mais outras tantas de carga para vender, com este peso todo, não
vamos ganhar velocidade facilmente...Tripulação, armem-se ! Pablo, mande os
artilheiros abrirem as janelas dos canhões e os preparar, vamos ter de nos
defender !
Disse o Capitão espanhol.
Mas no navio pirata:
-Lorena, os canhões já estão prontos?
-Sim, Capitã, por prevenção já tinha mandado as
meninas os prepararem faz tempo !
-Ótimo, eficiente como sempre !Assim que
alinharmos com eles, abriremos fogo !Elisa, curva suave, mas fechada e curta,
para bombordo, para ultrapassarmos a presa!
O Barracuda Feliz agora estava bem pertinho de
sua vítima, e os marinheiros espanhóis ficaram espantados:
-Mas são todas mulheres !
Era o rumor geral no navio.
Assim que as duas naus se emparelharam:
-Fogo !
Girotu Ariadne .
E cinco canhões atiraram com tudo, ‘a queima
roupa.
Dois dos mastros espanhóis caíram, eseus canhões foram
destruídos.
Logo as correntes com ganchos foram lançadas e
fizeram um navio encostar no outro.Devido ‘a direrença de altura dos dois
conveses, as piratas se seguraram nas cordas dos mastros e saltaram para o
navio inimigo e o invadiram.
A luta começou, encarniçada, e a matança foi
indiscriminada. Em poucos minutos, o convés espanhol estava tinto de sangue!
-Vitória ! Bradou Ariadne, após matar o capitão
espanhol com sua espada enterrada no coração dele.
Seguiu-se a pilhagem.
As ordens de Ariadne eram claras: ninguém seria
poupado nem feito prisioneiro, todos os espanhóis tinham de ser mortos, e o
foram.
Qual não foi a alegria das piratas ao descobrir a
fortuna em prata encontrada nos porões ! E a quantidade de mantimentos e
víveres então, dariam para abastecer o navio por meses !
Após pilharem tudo o que conseguiram carregar,
abandonaram o navio inimigo e voltaram ao Barracuda Feliz, que se desvencilhou
de sua presa e a deixou navegando ‘a deriva.
A viagem prosseguia, e as piratas estavam mais
felizes do que nunca !
(Por Continuar)
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