quinta-feira, 17 de julho de 2014

Poesia: O HERÓI

Rugia a tempestade traiçoeira,
Quando por fim saiu do seu abrigo,
Aquele ser todo poderoso e onipotente,
Desafiando a Natureza,
Por demais que ela queira,
Dali não o arrosta,
Nos estertores do seu obrigo,
Bem claro ela se mostrou incompetente;


Ergue a espada,
Monumental figura,
Contra os raios que do céu resplandescem,
Balançam as árvores,
Treme o solo,
Mas ele desfere altos brados,
Sem misura;

E rasga o ventre da terra,
Eis que os Céus enegrecem,
E tenta fazer dele o seu colo !

Terremotos se alevantam,
Fogos do inferno se agigantam,
Mas brada o Herói,
Vitorioso,
“-Revolta – te, ó, Natureza,
Minhas fôrças se firmam,
Quanto mais poderes se monumentam,
Mais rio – me , valoroso ! “


Irada,
A Natureza,
De tão vilmente enganada,
Planeja sua árdua trama,
Ele,
Dela seria vítima,
Eis que surge um vírus,
Male supremo,
Tão devastador seu efeito,
Prostra – se o Herói diante de tão mínima figura,

A espada cai,
O vencedor cai vencido,
Sorri a Natureza Vingada !

Fim

Cristiano Camargo

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