Após
chegarem na hospedaria, Lune e Mercedes tomaram banho, jantaram e mais tarde,
foram dormir.
No
dia seguinte, após o café da manhã, pegaram o carro e foram para a
universidade.
Quando
chegaram na classe, havia um bilhetinho , com uma caixinha de bombons em cima,
na mesa de Mercedes.
O
bilhetinho estava cuidadosamente acomodado dentro de um envelopinho selado com
um selinho em forma de coração, vermelho.
-Opa,
Mercedes-san, olhe só, uma cartinha de amor para você ! Quem será seu
pretendente?
Disse
Lune , com um sorriso.
-É
mesmo! Você se importa se eu ir olhar a cartinha no corredor, Lune-san?
-Vai
lá, mas não demore, daqui a pouco a professora chega e a aula começa !
Mercedes
saiu da classe, se recostou na parede do corredor, abriu o envelopinho e
desdobrou o papelzinho, e leu:
“-Querida
Mercedes-san: desde que a conheci, me apaixonei por voc~e, seu jeitinho meigo e
delicado me encantou, sua voz é musical e seu olhar é doce e meigo! Não há mais como me segurar;Mercedes-san, eu
te amo do fundo do meu coração e quero te pedir em namoro, mas gostaria de
fazê-lo ao vivo. Você poderia por favor me encontrar, sozinha, na porta do
ginásio de esportes para ouvir minha confissão e meu pedido? Assinado: seu
colega Sato!”
Mercedes
olhou discretamente na sua sala de aula e olhou para Sato, que, de fato, estava
aéreo, distraído, olhando para a janela, pensativo.
“—Ai,
não, ele está pensando em mim...deve estar imaginando que me beija, que estamos
namorando, deve estar imaginando a cena do pedido de namoro...ele me ama mesmo
! E agora?O que é que eu faço?O que respondo?”
Pensou
Mercedes , confusa, atônita, surpresa!
Ela
viu a professora chegando, e tratou de correr para sua carteira, e lá,
sussurrou no ouvido de Lune:
-Era
do Sato-san!Ele diz que me ama, que está apaixonado por mim e quer namorar
comigo, e quer me pedir em namoro no intervalo! E agora?
-Vai
dizer que você nunca foi pedida em namoro na sua vida, Mercedes-san...
-Claro
que já, mas era namorico de criança, não era para valer, eu era muito nova, mas
nunca liguei para estas coisas, e nem nunca fiquei procurando...
-Bom,
depois a gente vê isto, que a aula já vai começar. Mas vá pensando em sua
resposta e pense se gosta dele também, e se acha que ele vale a pena ou não...
-Está
certo, Lune-san...
O
olhar de Mercedes foi para Sato, que, para sua surpresa, estava justamente
olhando para ela fixamente.
Ela
levou um susto, e corou de vergonha na hora, virando o rosto e o escondendo
atrás dos braços.
Estava
totalmente constrangida, sem graça, não sabia o que pensar!
Naquele
dia ela não conseguiria prestar atenção ‘a aula, e gicou toda insegura e
indecisa:aceitava ou não o pedido dele? E se ela o recusasse, e ele se magoasse
e ficasse machucado, talvez deprimido?E se ela o aceitasse e ele abusasse dela,
ou só quisesse a levar para um motel e depois a esquecesse no dia seguinte?E se
ele a traísse com outra?E se ele a traísse até com Lune, como ela
ficaria?Perderia uma grande amizade por causa dele? E se ela estivesse pensando
mal dele sem provas e estivesse sendo inusta com ele?
Ela
o achava bonitinho e simpático, mas, ao menos inicialmente, não sentia desejo
sexual por ele, nem nehuma atração especial. Mas o fato de ele ser discreto e
educado, pelo menos aparentemente respeitoso, a atraía e contava pontos
positivos, mas...seria isto o suficiente para ela vir a amá-lo?Ela sentia que
parecia que faltava ainda alguma coisa de especial para despertar o amor dela
por ele, mas o quê? Nem ela sabia!
Então,
finalmente bateu o tão temido sinal do intervalo, e Mercedes tremia de nervosa
e de ansiedade, ainda infinitamente indecisa.
Para
ir para a frente do Ginásio de Esportes, era preciso primeiro passar pelo
refeitório, e até lá, ela ainda estava acompanhada de Lune.
Foi
quando, ao entrar no refeitório, apareceu uma figura indesejável: Samuel, o israelense que tinha
brigado com Lune no dia anterior.
Só
que desta vez o alvo dele era Mercedes:
-Olha
lá a caolha, cegueta!Você não se enxerga não, coisinha feia?
O
ataque verbal era gratuito, por puro preconceito.
Mercedes
ficou constrangida, e Lune logo se adiantou:
-Escuta
aqui, paspalhão, está a fim de apanhar de novo, é?
-Falou
a vadiazinha...depois da aulas as duas prostitutas vão rodar bolsinha no centro
da cidade?
Lune
já ia dar-lhe um tapa, mas alguém deu um toque no ombro de Samuel, que se virou
para trás e recebeu um tremendo soco na cara!
-Ninguém
fala mal da minha amada e sobrevive para contar a história !
Samuel
limpou o sangue do nariz, e disse:
-Falou
o timidão que não conquista ninguém, e que é virgem até hoje !
-Ora,
seu...
E
a briga começou!
Samuel
e Sato se atracaram ferozmente, mas o israelense era mais alto e bem mais
musculoso, e Sato apanhou feio, até que a turma do “deixa disto” interviu e
separou os dois e os seguranças da faculdade chegaram.
Não
faltaram testemunhas para acusar Samuel, e defender Sato, e no fim, Samuel foi
levado para a Diretoria.
Só
então , Mercedes, que passara a briga toda aflita, se ajoelhou perante o corpo
estendido no chão, de Sato, todo machucado.
Ela
colocou a cabeça dele acomodada sobre suas pernas, e toda chorosa, disse:
-Sato-san
!Sato-san ! Muito obrigada por me defender, eu...eu ...eu descobri que te amo
também ! Eu aceito seu pedido de namoro !
E
beijou-o na boca com sofreguidão e vontade !
Ali
, a magia despertara..a química bateu, e ela começou a sentir como se ela o
conhecesse há muito tempo, e amou o sabor da boca dele!
Dali
por diante, ela o levaria para a enfermaria e cuidaria dele e de seus
ferimentos com carinho e devoção, algo que deixou Lune emocionada!
Mercedes
estava perdidamente apaixonada agora, e todas as dúvidas foram dissipadas!
(Por Continuar)
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