Finalmente,
Sasha e as guerreiras chegaram de volta
na aldeia.
Fez-se
uma enorme fogueira , e acima dela havia uma grande grelha de metal, onde as
carnes eram assadas. A pele e as gorduras foram servidas para as aves, que
comeram num canto, e os pedaços de carne assada e grelhada eram distribuídas
com lanças. Não havia talheres, tinha-se que comer primitivamente, com as mãos,
inclusive por que não haviam pratos, apenas uma grande mesa tosca de madeira.
Após
o jantar, quatro guerreiras montaram guarda, e quatro fogueiras menores foram
acesas, uma em cada canto do acampamento, constituído de toscas e rústicas
armações de madeira cobertas por couro de animais curtido primitivamente.
Nada
de colchões nem travesseiros,dormia-se no chão.
E,
sem mais nada a fazer, todas dormiram.
No
dia seguinte, todas acordaram com o “cantar” das aves gigantes. Cantar era bem
um modo de falar: o barulho que elas
fizeram deixaria qualquer galo rouco e envergonhado, de tão alto , agudo e desagradável.
As
tripulantes , logo que acordaram, receberam cabaças naturais de madeira feitas
a partir de cascas grossas de frutos, com uma bebida extraída da seiva de uma
árvore local. Sua consit~encia lembrava o leite, e era naturalmente doce, mas a
cor era de um tom muito claro de verde.
Ainda
assim, era agradável e logo as garotas
descobririam que ele era muito energético e calórico, alimentando muito
bem.Era, na verdade, rico em cafeína e gorduras vegetais, além de muitos
carbohidratos.
Waldória,
a Princesa das Guerreiras, então dirigiu-se a Valéria:
-Hoje,
como já amanheceu, vamos conhecer o navio espacial de vocês !
-Tudo
bem, estamos precisando mesmo ir lá !
Disse
a Capitã da Exploiter.
Não
havia aves para todas, de modo que foi necessário que cada guerreira levasse na
garupa uma tripulante, e todas montaram nas suas aves gigantes e foram na
direção da nave.
Waldória
e Valéria foram na frente.
Para
evitar os perigos da floresta, foram circundando-a por fora, a uma distância
segura.
Foram
necessárias várias horas cansativas de galope, a meia velocidade, para chegarem
nas imediações da nave.
Finalmente,
Valéria usou seu comunicador e pediu a Pia que desligasse os escudos de energia
em volta da nave, para que pudessem entrar.
Pia
também abriu o hangar e baixou a rampa dele, para que pudessem entrar.
Mas
quando, após vencerem as montanhas, as guerreiras viram a nave, foi um assombro
!
Todas
ficaram embasbacadas diante do tamanho e
do desenho da nave, nunca tinham visto nada parecido com aquilo!
As
aves pararam, e as tripulantes desceram delas.
-Querem
conhecer nosso navio voador por dentro?
Waldoria
desmontou de sua aves e as demais guerreiras também desceram delas, e a
Princesa fez sinal que sim com a cabeça.
Valéria
e Dina então seguiram na frente, seguidas por Cecília e Amber, e as restantes
foram entrando na ordem de ranking militar. As guerreiras foram logo em
seguida, após alguma hesitação, e subiram pela rampa do hangar, que ficava na
traseira da nave.
Lá
dentro, o assimbro das guerreiras continuou, e o desconcerto aumentou ainda
mais, com as nativas não entendendo patavinas.
Finalmente,
depois de se recuperar de seu espanto, Waldoria declarou:
-Capitã
Valéria, com um navio voador gigante e poderoso destes, poderíamos derrotar o
Tirano facilmente !
-Na
verdade , não é apenas um, mas são dois, o outro, o dela, está lá em cima, no
céu.
-Puxa,
que incrível deve ser voar pelo céu !
-E
não só pelo céu, Alteza, pelas estrelas e por tantos mundos diferentes !Mundos
tão distantes, que você não tem idéia de o quão longe estão daqui...nós mesmas
viemos de muito, muito longe !
Disse
Dina.
-Eu
queria muito poder fazer uma viagem destas!
Disse
Waldoria.
As
duas Capitãs se entreolharam, sorrindo.
-Seu
desejo é uma ordem, Alteza! Vamos dar um pequeno passeio então !Sasha e
Christina, levem as guerreiras menos graduadas para o grande observatório dianteiro,
enquanto as mais graduadas vão para a Ponte conosco como nossas convidadas !
-Sim,
Capitã Valéria ! É para já ! Por favor me acompanhem !
Disse
Christna.
-Todas
as oficiais da Ponte, já para seus postos !
Waldória,
Damória e Violora seguiram as Capitãs para a Ponte e ficaram encantadas com o
elevador.
Mais
encantadas ainda ficaram com a Ponte, ao ver o telão mostrando a paisagem
exterior.
Valéria
então começou a dar as ordens para a reinicialização da nave e a decolagem, e
ordenou que levantassem voo bem devagar.
Os
motores a ntigravitacionais rugiram e a nave levantou-se do chão e os motores
de dobra foram ligados.
Suavemente
, a nave começou a se deslocar para a frente, e voou a apenas duzentos metros
de altura acima do terreno, por algumas centenas de quilômetros e as guerreiras
viam a floresta passar num psicar de olhos e muitos lugares do planeta que elas
nem supunham que existissem, onde nunca tinham ido, pois estavam muito além do
quanto suas aves poderiam viajar.
(Por Continuar)
Nenhum comentário:
Postar um comentário