sábado, 30 de setembro de 2017

Episódio 122- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Os sistemas eletrônicos de controle de estabilidade e os freios ABS entraram em ação imediatamente, e a Mercedes Classe B se desviou do carro no último segundo, ainda freando, sem derrapar, nem sair do controle, e o acidente foi evitado!
-Ufff !Esta foi or pouco ! Nascemos de novo !
-Ay, Diós, Ay Diós miraculoso !
Dizia a católica Mercedes, ainda segurando o coração.
E seguiram viagem.
Já o carro dos perseguidores de Lune não tiveram a mesma sorte: não conseguiram desviar do carro em que elas quase bateram, e trombou e acabou por capotar várias vezes.
Mais tarde, já no meio do caminho:
-Mercedes-san, vamos precisar parar num posto e abastecer, a gasolina está acabando !Já temos menos de um quarto...
-Acabei de ver uma placa informando sobre um posto dois quarteirões para a frente ! Ainda bem,por que eu estou super apertada, preciso ir no banheiro urgente !
-Já estamos chegando, calma.
Logo chegaram no posto, e Lune abasteceu o carro enquanto Mercedes ia no banheiro. Depois do carro de tanque cheio, resolveram parar para comer e beber alguma coisa num restaurante de rede de fast food que tinha dentro do posto.
Lá, pediram seus sanduíches, batatas fritas e refrigerantes, e Lune ainda pediu a torta de maçã que ela tanto gostava.
Depois da refeição, foi a vez de Lune ir se aliviar no banheiro.
Por fim, foram ao carro , entraram nele e saíram do posto e pegaram a estrada de novo.
-Uff, aqui deu tudo certo !
-Ainda bem !E o Helicóptero, Mercedes-san?
-Pelo visto, já saímos da jurisdição dele, pois não o estou vendo nem ouvindo.
-E carro, tem mais algum nos seguindo?
-Me parece que não, Lune-san, não no momento.
-Fico aliviada, embora ainda esteja muito tensa..e cansada!
-Quer que eu dirija para você?
-É, Mercedes-san, é uma boa idéia. Eu vou encostar ali naquele trecho de acostamento mais largo, aí eu vou no seu lugar e você dirige !
-Tudo bem !
Lune então parou, abriu a porta, e passou pelo outro lado e entrou de novo, se sentando no banco do motorista, lugar que agora Mercedes ocupava.
Voltaram a pegar a estrada.
Não deu meia hora, Lune percebeu, pelo retrovisor do quebra sol, um movimento estranho: um caminhão parecia vir em alta velocidade, buzinando e piscando os faróis nervosamente na direção da traseira delas, em rota de colisão !
-Mercedes-san, acelera ! Aquele caminhão quer passar por cima da gente , e é dos grandes !
A amiga de Lune olhou pelos retrovisores e tomou um susto !
Colocou o cãmbio em modo sport, e acelerou tudo de uma vez.
O turbo se encheu novamente e o carro disparou!
-Nossa, nunca dirigi tão depressa na minha vida !
-É, Mercedes-san, mas ele continua atrás da gente ! Vai com tudo !
O caminhão , tipo carreta, estava embalado e ‘a toda e não desistia, parecia decidido a esmagar o carro delas !
-Já estou com  o acelerador lá no fundo !Estamos a mais de duzentos por hora !
-Urr, não sei como este mostro atrás da gente consegue correr tanto deste jeito !
- Vem chegando uma curva, Lune-san, segure-se, não sei se conseguirei fazer !
 A Classe B chegou bem próxima da curva, rápida demais para fazê-la com segurança, então o sistema de controle eletrônico de estabilidade entrou em ação e freou o carro para uma velocidade em que ele poderia fazer a curva com segurança, e ele fez, como se estivesse correndo em trilhos.
Já o caminhão derrapou na pista, perdeu o controle e tombou!
-Uff, mais um perseguidor superado, espero que não tenha mais !
-Eu também espero, Lune-san !
-Ah, finalmente! Olha a placa, Mercedes-san: Osaka, quarenta quilômetros !
-Ai, que bom, não via a hora de chegar! Mas sabe o que estou estranhando, Lune-san?
- O quê?
-Corremos feito loucas na estrada, muito acima do limite de velocidade, mas nenhum policial nos perseguiu, nenhum policial veio atrás de nós, nem acendeu as sirenes, giroflex...por que será?
-E verdade, Mercedes-san, agora que você falou que me toquei, muito estranho isto, pois as estradas japonesas são muito bem vigiadas e policiadas...está tudo muito esquisito!
-Se está...
Finalmente entraram nas largas avenidas de Osaka, e voltaram a velocidade ao normal.
Ali, na sua cidade natal,Lune se sentia mais a vontade e segura.
Logo chegavam na casa de sua família, onde ela estacionou sua Mercedes na frente da casa.O dia estava finalmente amanhecendo. Fim do pesadelo?

(Por Continuar)

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