Só
que o metal das grades era muito mais forte do que pensavam:ele ficava
incandescente, mas não derretia !
-Droga,
estamos perdendo muito tempo ! E cadê as outras, que não chegam ?
-Calma,
Chirstina, não podemos arriscar a vida da Rainha !
Foi
quando se ouviu um estrondo surdo.
E
uma avalanche de terra invadiu a cela até a altura dos joelhos.
Chão,
paredes, teto, tudo tremia violentamente, como num terremoto !
-O
que foi isto, um abalo sísmico?
-Não
sei, Capitã Dina, uma pedra atingiu meu sensor de mão e o destruiu , droga !
-Alô,
Cecília? Os sensores da nave detectaram algum abalo sísmico?
Disse
Valéria, pelo seu comunicador.
Mas
a resposta foi só estática.
-Droga,
toda esta terra , esta poeira fina, entraram no meu comunicador e ele não está
funcionando !
-O
meu também não está, Valéria, acho que esta terra nos deixou incomunicáveis !
-Isto
é muito grave, Dina, pois sem comunicação com as naves e com as navetas, ou até
mesmo com a outra metade da Expedição,
como vamos poder agir, sem saber o que está fazendo nosso inimigo?
-Não
sei, Valéria, mas eu sei é que não podemos ficar paradas aqui ! O próximo abalo
pode nos enterrar vivas ! Vamos, meninas, me ajudem aqui! Vamos concentrar o
raio de várias armas ao mesmo tempo em fogo contínuo,estas grades tem de ceder
!
Disse
Dina.
E
meia dúzia de fuzis encostados um no outro, dispararam em carga máxima
atingindo um único ponto da grade, que, finalmente começou a derreter.
O
ar estava ficando rarefeito e o ambiente, sufocante, e pior, os lasers
consumiam ainda mais oxigênio.
Porém,
quando pensaram que a situação não podia ficar pior, eis que começaram a sentir
os pés molhados.
-Está
entrando água por algum lugar aqui, pode ter estourado algum encanamento com
este abalo sísmico, e o volume está aumentando rápido !
-Era
só o que nos faltava, Wendy...e nossas armas não são a prova de água, se
molharem, acabou !
-Então
temos que nos preocupar, CapitãValéria; a água está transformando toda esta
terra num barro pegajoso, e o volume de água não para de subir !
-Vamos,
todas, quero quatro equipes de seis fuzis derretendo as grades, vamos !
Disse
Dina, em resposta ao comentário de Wendy.
As
garotas trabalharam com afinco, e minutos depois, finalmente um bom pedaço da
grade caiu, suficiente para passar uma pessoa.
Elas
adentraram no outro lado da cela, e com seus fuzis, derreteram as correntes que
aprisionavam a Rainha.
A
Princesa das Amazonas correu para a mãe e a amparou quando ela caiu.
-Mãe,
aguenta firme, viemos te salvar ! Vamos embora te levar daqui !
-O....obrigada
filha...mas...eu não aguento, não consigo caminhar...
-Meninas,
peguem Vossa Majestade pelas pernas e braços e vamos embora o quanto antes!
Quatro
tripulantes carregavam a Rainha, e o restante a escoltava. Saíram da cela, com
água já quase nos joelhos e abriram a porta da passagem secreta, quando...
A
escadaria tinha sido destruída !
Agora
estavam no fundo de um enorme fosso, cujas paredes de pedras e terra estavam cedendo,
em meio a uma correnteza de água e barro, tornando impossível escalar, e
também, caminhando para as enterrar vivas!
Era
uma armadilha formidável, e era uma questão de (pouco) tempo para as paredes e
o teto cederem e as esmagarem, ou afogarem ou as soterrarem vivas !
-Por
aqui não tem como sair, temos de tentar para o outro lado !
Disse
Dina.
Voltaram
para a cela, mas a saída para o corredor também estava coberta e fechada por um
manto espesso de pedras , terra e barro.
-Não
tem saída para cá também ! Não tem saída para lugar algum !
Enquanto
isto, a outra metade da expedição já tinha derrotado a todos os monstros e
tinha chegado perto do fundo do corredor, onde deveria ter a cela da Rainha.
Mas
viram o corredor bloqueado por twerra, pedras e barro. E pior: elas também
tinham percedido o abalo sísmico, mas também seus comunicadores ficaram
inoperantes.
Elas
poderiam usar suas armas mais pesadas para destruir aquela barreira, mas
poderiam atingir a outra metade da expedição de resgate do outro lado.
E
do outro lado, a outra metade pensou exatamente a mesma coisa.
E
pior,explosões muito forte poderiam por a estrutura do castelo abaixo !
Voltando
‘a cela da Rainha, uma das guerreiras, Violora, disse:
-Acho
que o único jeito de saírmos é fazendo um túnel pelo lado onde ficava a
escadaria com suas armas. Daquele lado só tem terra e pedras, não tem
estrutura, de modo que talvez consigamos fugir!
-É,
acho que é uma boa idéia...afinal, se causar outro desmoronamento, seremos
enterradas, mas se ficarmos, seremos enterradas também, então não há nada a
perder !
Disse
Valéria, carregando sua bazuca lazer.
(Por continuar)
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