quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Episódio 157-Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP



Lune passou o dia enfurnada primeiro no computador, nas redes sociais, e depois , na biblioteca, onde ficou lendo seus livros de filosofia.
Só saiu para almoço e jantar.
Naquela noite, porém, após o jantar e voltar a seu quarto,Lune  de repente sentiu uma enorme saudade de sua antiga amiga Rina.
Tomou coragem, e abriu seu guarda roupas e olhou um antigo porta retratos escondido num canto, que continha uam foto dela.
Depois de o olhar por vários minutos, o guardou de novo, e abriu a janela de seu quarto.
O céu estava densamente estrelado naquela noite.
-Ah, Rina-san, por que você tinha de morrer?Por que me deixou sozinha?Por que me abandonou?
Disse ela em voz alta, olhando para as estrelas, de olhos marejados...
E em resposta aos lamentos de Lune, eis que as estrelas se alinharam formando a silhueta de Rina, e perfazendo seu sorriso,para acalentar o coração da amiga...era a maneira de Rina poder dizer que amava sua amiga e que dela não tinha esquecido !
E que estaria sempre ali, ao lado dela, sorrindo por entre as estrelas no céu, a resplandecer !
Os olhos de Lune se arregalaram, o queixo caiu!
Ela mal podia acreditar !
Ela seguiu com os dedos as estrelas e de fato, ali estava uma silhueta perfeita de um corpo feminino, e algumas outras fazendo as vezes de olhos e sorriso!
Lune se emocionou toda, colocou as mãos nos olhos, e quando as tirou da frente, as estrelas estavam em seu caos aleatório de novo.
Agora ela já não sabia se estava desperta ou dormindo, em vigília ou sonhando, ou se tivera uma visão!
Mas ela fechou a janela, tomou um banho, colocou uma camisola e foi dormir.
Enquanto adormecia, murmurou:
-Rina...
E uma última lágrima caiu de su rosto.
E adormeceu de mansinho, e sonhou.
Estava ela, em seu sonho, ainda de camisola, aminhando por um nevoeiro denso.
Sentia-se perdida, triste, inconsolável.E insegura também.
Fazia frio, muito frio, um vento gelado rasgava a bruma.

Até que viu ao longe , uma silhueta feminina.
E ela brilhava, e como brilhava!
Parecia um brilho de múltiplas estrelas coloridas fazendo uma aura em volta da silhueta.
Lune sabia quem era.
E aquilo a confortava, mas ao mesmo tempo, assustava.
-Lune-san?
-Rina...san...
-Fique tranquila, nunca iria te fazer mal.
-Sim, eu sei...
-Então...vim te visitar em seu sonh, porque procurastes por mim...
-Tanta saudade...
-É natural.Me amas, como amo-te.Também eu sinto tua falta.
-Tenho passado or tanta coisa...sim, amo-a, nunca deixarei de amá-la, você marcou minha vida para sempre!
-Obrigada, e você, a minha, de forma indelével, de seu próprio jeito, que só você mesma sabe fazer.Mas eu faço parte do seu passado, e você não faz parte de meu futuro, pois não tenho futuro algum. Mas você tem. E  você tem levado muito bem sua vida, tem se superado e amadurecido muito, fico muito orgulhosa de você! Você só precisa prestar mais atenção nas outras pessoas e procurar se dar melhor com elas.Lembre-se de que seus pais estão envelhecendo e eles irão embora antes de você.Não deixe esta chance passar, pois sentirás falta deles, como sentes de mim. E não maltrates o Takeo-san...ele lhe tem sido fiel, e estará presente por muito tempo em sua vida, embora também ele vá embora antes de você.Por fim, Lune-san, queria que me fizesses um favor: vá amanhã ao cemitério, sozinha, e deposite flores sobre meu jazigo, ficarei muito feliz por lembrares de mim , por este gesto !
-Pode deixar, Rina, farei tudo o que me pediu, e amanhã mesmo irei lá e deixarei lá as flores, você merece !
-Muito obrigada, Lune –san ! Agora preciso ir...
E Rina foi caminhando pela bruma até desaparecer.
Só então Lune acordou, e notou que estivera dormindo de barriga para cima, e que tinha os braços cruzados e segurava algo contra o busto, que estava dolorido.
-Aaai, meus peitos...
E ela acendeu a luz do abajur.
-Mas que raios que fiquei segurando...Haaaaaaaan !
Ela gritou, espantada: era o retrato de Rina !
Mas ela podia jurar que tinha guardado a ele no armário, como podia estar ali, com ela?
Ela se levantou num sobressalto, e colocou o retrato dentro do armário.
Ainda sonolenta, resolveu ir na cozinha de camisola e tudo.
Abriu a porta , desceu as escadas, chegou na cozinha, e tão distraída estava, pensando em seu sonho, que nem notou que a luz da cozinha estava acesa.
O relógio da cozinha marcava três da madrugada.
Entrou lá e foi caminhando para a geladeira, até que....
-Haaan?Pai?
-Haan, filha !
Kazuo tinha sido pego em flagrante assaltando a geladeira !
Repentinamente, quando ele olhou para ela, ela corou de vergonha, e fez uma cara de terrível constrangimento:
Só agora ela caíra em si que sua camisola era transparente e que por baixo só havia uma calcinha decotada, e ela estava sem sutiã !
Lune cruzou os braços na frente do busto imediatamente, e tentou colocar uma perna na frente da outra para esconder a virilha, roxa de vergonha !
=Dá o fora daqui !

(Por Continuar)

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