Lune
passou o dia enfurnada primeiro no computador, nas redes sociais, e depois , na
biblioteca, onde ficou lendo seus livros de filosofia.
Só
saiu para almoço e jantar.
Naquela
noite, porém, após o jantar e voltar a seu quarto,Lune de repente sentiu uma enorme saudade de sua antiga
amiga Rina.
Tomou
coragem, e abriu seu guarda roupas e olhou um antigo porta retratos escondido
num canto, que continha uam foto dela.
Depois
de o olhar por vários minutos, o guardou de novo, e abriu a janela de seu
quarto.
O
céu estava densamente estrelado naquela noite.
-Ah,
Rina-san, por que você tinha de morrer?Por que me deixou sozinha?Por que me
abandonou?
Disse
ela em voz alta, olhando para as estrelas, de olhos marejados...
E
em resposta aos lamentos de Lune, eis que as estrelas se alinharam formando a
silhueta de Rina, e perfazendo seu sorriso,para acalentar o coração da
amiga...era a maneira de Rina poder dizer que amava sua amiga e que dela não
tinha esquecido !
E que estaria sempre ali, ao lado dela, sorrindo por entre as estrelas no céu, a resplandecer !
E que estaria sempre ali, ao lado dela, sorrindo por entre as estrelas no céu, a resplandecer !
Os
olhos de Lune se arregalaram, o queixo caiu!
Ela
mal podia acreditar !
Ela
seguiu com os dedos as estrelas e de fato, ali estava uma silhueta perfeita de
um corpo feminino, e algumas outras fazendo as vezes de olhos e sorriso!
Lune
se emocionou toda, colocou as mãos nos olhos, e quando as tirou da frente, as
estrelas estavam em seu caos aleatório de novo.
Agora
ela já não sabia se estava desperta ou dormindo, em vigília ou sonhando, ou se
tivera uma visão!
Mas
ela fechou a janela, tomou um banho, colocou uma camisola e foi dormir.
Enquanto
adormecia, murmurou:
-Rina...
E
uma última lágrima caiu de su rosto.
E
adormeceu de mansinho, e sonhou.
Estava
ela, em seu sonho, ainda de camisola, aminhando por um nevoeiro denso.
Sentia-se
perdida, triste, inconsolável.E insegura também.
Fazia
frio, muito frio, um vento gelado rasgava a bruma.
Até
que viu ao longe , uma silhueta feminina.
E
ela brilhava, e como brilhava!
Parecia
um brilho de múltiplas estrelas coloridas fazendo uma aura em volta da
silhueta.
Lune
sabia quem era.
E
aquilo a confortava, mas ao mesmo tempo, assustava.
-Lune-san?
-Rina...san...
-Fique
tranquila, nunca iria te fazer mal.
-Sim,
eu sei...
-Então...vim
te visitar em seu sonh, porque procurastes por mim...
-Tanta
saudade...
-É
natural.Me amas, como amo-te.Também eu sinto tua falta.
-Tenho
passado or tanta coisa...sim, amo-a, nunca deixarei de amá-la, você marcou
minha vida para sempre!
-Obrigada,
e você, a minha, de forma indelével, de seu próprio jeito, que só você mesma
sabe fazer.Mas eu faço parte do seu passado, e você não faz parte de meu
futuro, pois não tenho futuro algum. Mas você tem. E você tem levado muito bem sua vida, tem se
superado e amadurecido muito, fico muito orgulhosa de você! Você só precisa
prestar mais atenção nas outras pessoas e procurar se dar melhor com
elas.Lembre-se de que seus pais estão envelhecendo e eles irão embora antes de
você.Não deixe esta chance passar, pois sentirás falta deles, como sentes de
mim. E não maltrates o Takeo-san...ele lhe tem sido fiel, e estará presente por
muito tempo em sua vida, embora também ele vá embora antes de você.Por fim, Lune-san,
queria que me fizesses um favor: vá amanhã ao cemitério, sozinha, e deposite
flores sobre meu jazigo, ficarei muito feliz por lembrares de mim , por este
gesto !
-Pode
deixar, Rina, farei tudo o que me pediu, e amanhã mesmo irei lá e deixarei lá
as flores, você merece !
-Muito
obrigada, Lune –san ! Agora preciso ir...
E
Rina foi caminhando pela bruma até desaparecer.
Só
então Lune acordou, e notou que estivera dormindo de barriga para cima, e que
tinha os braços cruzados e segurava algo contra o busto, que estava dolorido.
-Aaai,
meus peitos...
E
ela acendeu a luz do abajur.
-Mas
que raios que fiquei segurando...Haaaaaaaan !
Ela
gritou, espantada: era o retrato de Rina !
Mas
ela podia jurar que tinha guardado a ele no armário, como podia estar ali, com
ela?
Ela
se levantou num sobressalto, e colocou o retrato dentro do armário.
Ainda
sonolenta, resolveu ir na cozinha de camisola e tudo.
Abriu
a porta , desceu as escadas, chegou na cozinha, e tão distraída estava,
pensando em seu sonho, que nem notou que a luz da cozinha estava acesa.
O
relógio da cozinha marcava três da madrugada.
Entrou
lá e foi caminhando para a geladeira, até que....
-Haaan?Pai?
-Haan,
filha !
Kazuo
tinha sido pego em flagrante assaltando a geladeira !
Repentinamente,
quando ele olhou para ela, ela corou de vergonha, e fez uma cara de terrível
constrangimento:
Só
agora ela caíra em si que sua camisola era transparente e que por baixo só
havia uma calcinha decotada, e ela estava sem sutiã !
Lune
cruzou os braços na frente do busto imediatamente, e tentou colocar uma perna
na frente da outra para esconder a virilha, roxa de vergonha !
=Dá
o fora daqui !
(Por Continuar)
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