sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Episódio 167- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP


Mas o coitado do Takeo teria de ter paciência, pois a geniosa da Lune não estava a fim de lhe conceder o “prêmio” a que tanto cobiçava tão cedo.Ao contrário, estava a fim de cutucar a onça com a vara curta e ficar provocando-o.
Ela queria que ele aproveitasse a praia a dois, e não ela.
Assim, ela só foi tomar banho de mar depois que ele voltou, e enquanto estava na água deixava uma das alças da parte de cima do bikini cair um pouco-e ela sabia que ele ia olhar- e fazia um sorriso meigo e sapeca, aí ele olhava, ela fechava a cara e colocava a alça de volta.
Ela deixava o decote no traseiro aumentar um pouquinho, ou coçava ali olhando para ele com olhar de desejo, ele olhava, ela lançava um olhar medonho, ele disfarçava, e foi fazendo assim até ele parar de olhar para o corpo dela-ela queria o olhar dele nno rosto dela, não no corpo.Esó parou com as provocações quando o olhar dele deixou de ser de tara ou de ser nas zonas erógenas dela.
Só que tanta frustração o deprimia e abatia sua auto confiança, e ele se perguntava se a noite ainda lhe sobraria desejo para transar com ela, o momento que ele mais esperava.
O tempo passou, serviram um lauto jantar ali na praia mesmo, e quando já estava próximo de anoitecer, o comboio composto do jipão Mercedes Classe G, uma van Sprinter que levou as empregadas, e um caminhãozinho Unimog, que levara comida e equipamentos, retornou ‘a mansão.
Já com roupão por cima, entraram na imensa residência e o casal foi direto para o quarto deles.
-Eu vou tomar banho primeiro, e sozinha.E não se atreva a ficar me espiando !
-Sim, minha linda, esperarei aqui na cama.
Lune ligou a televisão e foi , ainda de roupão, para o banheiro da suíte.
Tomou seu banho, e saiu com uma toalha enrolada no corpo e outra no nos cabelos.
-Pode ir agora !
-Mas...
-Está esperando o quê?Não, eu não vou me enxugar na sua frente, esqueça! E vá logo, anda !
Cabisbaixo e novamente frustrado, lá se foi Takeo, se perguntando o que havia com ela para ela estar daquele jeito.
Ele foi para o banheiro  e fechou a porta e ouviu o grito:
-Tranque a porta, por que eu não vou entrar!
A contragosto, ele trancou.
Ele ficou pensando se ela estava assim por estar menstruada, olhou no lixo do banheiro e não encontrou nenhum absorvente sujo.
-Por que você não ligou o chuveiro ainda?Eu não estou escutando o chuveirooooo !
Era a voz cobradora de Lune de novo.
Ele entrou no banho de vez.
Ele desligou o chuveiro e se enxugou, e saiu com a toalha enrolada no corpo e quando abriu a porta do quarto... Lune tinha sumido !
Nem ele sabia como, mas ela reapareceu no momento exato em que ele já tinha vestido a calça jeans e a camisa polo.
-Ah, agora sim está decente! Vá pentear este cabelo, coloque um desodorante e um perfume! E esta barba?Por que não fez esta barba?
Disse Lune apontando a direção do banheiro, e mal ele vestira o tênis, toca ele voltar ao banheiro de novo.
-Vou deitar na cama, mas é para assistir televisão. Se quiser assistir junto comigo, me respeite.
Disse Lune.
Mas Takeo fez menção de tirar o computador da mala e colocar na escrivaninha para instalá-lo.
-Ah, não ! Você não vai me deixar sozinha aqui na cama, me ignorando enquanto fica colhendo imagens de anime hentai e echhi, que eu sei que você tem milhares neste computador aí !Você não precisa de um milhão de meninas de anime, eu mesma de pijamas já sou suficientemente sensual  para você !Anda, tire os sapatos e se deite do meu lado e fique abraçadinho comigo com respeito, sem mão boba  e sem olhar tarado!
Não tinha jeito, Takeo fechou o notebook, o abandonou na escrivaninha e obedeceu.
E assim ficaram a noite toda, assistindo filmes de arte, até a hora de dormir.
Isto para não falar das providenciais  e dolorosas cotoveladas que Lune dava nele cada vez que ele cochilava, ela queria que ele prestasse atenção no filme e ainda conversasse com ela sobre ele.
Quando Lune começou a bocejar, ele fez menção de sair da cama.
-Onde você vai, Takeo-kun?
-Colocar um pijama e comer um lanchinho.
-Se troque então atrás do biombo, e não me apareça só de cuecas. Do lado da cama tem um frigobar com lanchinho pronto. Coma sentado na mesa do quarto e depois venha dormir e apague a luz.
Lá se foi ele, todo cheio de esperanças e ansioso.
Ele se sentou de costas para a cama.
Lune correu e colocou o travesseiro dela na cama e se deitou no sentido oposto ao dele, de modo que , ao se deitar, ele desse de cara com os pés dela na altura do rosto dele.
E dormiu profundamente(ou pelo menos pareceu a ele).
Quando ele chegou, já de pijamas e se deitou, tentou abraça-la e só encontrou a parte final das pernas dela e os pés.
E recebeu chutes na cara, que deixaram bem claro a mensagem:nada de sexo naquela noite!
Debaixo das cobertas, Lune sorria. Já  Takeo tinha vontade de chorar, e, todo magoado, virou-se do lado contrário e acabou por dormir.

(Por Continuar)

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