domingo, 17 de dezembro de 2017

Episódio 162-Sensibilidade de Viver: Interlúdio ETP




Finalmente o dia seguinte chegou, e Lune acordou com o seu celular tocando estridentemente.
Ainda de olhos esbugalhados e sonolenta, ela levantou o torso da cama e se espreguiçou , e esfregou os olhos.
Só então olhou na tela do seu celular a mensagem:
-“Amor, cheguei! Já estou na frente da sua casa !Você já está pronta?Estou te esperando !Takeo !”
Os olhos de Lune se arregalaram, e ela bateu com o punho esquerdo na testa e disse alto para si mesma:
-Aaaahn !É mesmo, aviagem com o Takeo-kun !
Ela se olhou no espelho e levou um susto: toda descabelada, com olheiras, só de camisola !
Aquela mesma, transparentona e que deixava ver os seios e a calcinha...
Lune abriu a janela de seu quarto e viu Takeo ao lado do carro dele, estacionado na calçada em frente a seu quarto .
Ela acenou para ele, que adorou ver o decotão flutuante balançando ao vento, e ele acenou para ela, mostrando que a viu.
Agora era correria !
Ela tirou as roupas entrou no banho correndo, tomou uma chuveirada mal feita e se enxugou aos trancos e barrancos.
Aí começou a procurar qual a roupa que iria vestir, feito barata tonta, na pressa, ela não conseguia achar nada, até que bateu os olhos por acaso na cadeira do computador e tchan tchan tchan tchan !
A mãe dela tinha deixado uma muda de roupa completa e adequada, com lingerie e tudo, prontinha em cima da cadeira!
-Vai esta mesma !Estou com pressa !
Disse Lune para si mesma, se trocando a jato.
-Cadê minhas malas?Cadê minhas malas?Cadeê minhas malas?Cadê minhas malaaaaaaaas?Que droga !
Até que ela tropeçou nas ditas cujas e caiu em cima da cama.
-Ah, droga, estão ali !
Ela se penteou de qualquer jeito, passou só um desodorante, e esqueceu o resto, pegou as malas e com dificuldade, desceu as escadas com elas, quase caindo várias vezes.
Por fim, abriu a porta da sala, colocou as malas para fora e trancou a porta.
Ainda bem que seus pais ainda dormiam, pois nem se lembrou que eles existiam naquele momento!
Takeo, de pé, encostado na sua bela Mercedes, com uma perna cruzada na frente da outra reta, sorriu, e pegou as malas enquanto Lune trancava a porta.
E ela era assim:odiava ter pressa, e na pressa se embananava toda!Por isto, demorou mais do que de costume para trancar a porta.
Assim que se virou de frente para a rua, porém, viu Takeo, de braços abertos, sorrindo docemente para ela.
-Oi, minha linda, bom dia !Vamos indo?
-Bom dia, vamos...ué, cadê as malas?
-Já coloquei no porta malas, querida !
-Deixa eu ver se colocou tudo mesmo!
Takeo teve de reabrir o porta malas e mostrar para ela.
-Vamos embora !
Disse Lume, meio estressada.
Takeo abriu a porta para ela, e assim que ela se acomodou, fechou, e foi para o posto do motorista.
-Vamos nesta !
Disse Takeo, dando a partida no enorme motor V8 , e saíram em direção ao aeroporto.
-Takeo-kun, vamos deixar o carro no estacionamento?
-Não, querida, nós vamos entrar pelo acesso VIP, para aviões particulares, e vamos deixar o carro no hangar do meu pai.
Demorou um pouco, pois pegaram um certo congestionamento, mas logo chegavam ao aeroporto.
Entraram pela área VIP do aeroporto, e foram para o enorme  hangar das Empresas Soryu.onde havia um jatinho Embraer Legacy, um turbohélice Beechcraft King Air, um helicóptero Agusta executivo e um hidroavião anfíbio Dornier Sea Star.
Takeo deixou o carro estacionado em um canto algo escondido do hangar, onde não atrapalharia a entrada e saída das aeronaves.
O piloto apareceu, deu as boas vindas ao casal e levou todas as malas para o bagageiro do hidroavião.
-Em qual que a gente vai, Takeo-kun?Eu não entendo nada de avião...
-Naquele ali !
E Takeo apontou para o Dornier Seastar branco. Ele tinha asas altas e dois motores turbohélices acima das asas,um atrás do outro, um com a hélice virada para a frente, o outro com a hélice voltada para trás.
-Venha, quedrida. Cuidado com os degrauzinhos da escadinha !
-Não sou criança para você ficar falando deste jeito, Takeo-kun !
Os dois se ajeitaram no interior apertado do aviãozinho , configurado para quatro passageiros, com dois assentos lado a lado e mais dois, voltados de frente para os dois primeiros, de um modo que todos os quatro passageiros pudessem se olhar na cara.
Piloto e co piloto entraram na cabine.
-Fofa, coloque o cinto de segurança, por favor!O avião é pequeno, então não há aeromoça para nos servir.
-Tudo pronto para decolar, Soryu-dono !
Disse o Co Piloto, abrindo a porta da cabine.
-Ótimo, podem decolar, vamos embora então, por favor !
-Sim, senhor, chefe !
A porta da cabine se fechou e a porta dos passageiros, assim como a do bagageiro, estavam bem trancadas.
Os motores se ligaram, e logo o aviãozinho já saía de frente e ganhava a pista de taxiamento, e depois, a de decolagem.
-Mas que aviãozinho barulhendo este que você foi arranjar, heim, docinho?E apertado !
-Não acho tanto, querida, mas é um avião alemão e tradicional, muito bom !
Logo o avião chegava na cabeceira da pista e pelos auto falantes, escutaram o piloto falar:
-Nossa decolagem já foi autorizada!

(Por Continuar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário