sábado, 16 de dezembro de 2017

Episódio 161- Sensibilidade de Viver:Interlúdio ETP !



Após se aliviar, Lune saiu do banheiro e viu que já era hora de jantar e já estava com fome outra vez.
Voltou para a praça de alimentação e foi numa pizzaria, onde devorou uma pizza grande inteira sozinha , mais para tentar passar a raiva que sentia do que pela sua fome.
Satisfeita, pegou seu carro e voltou para casa.
Entava cansada,mas tinha de arrumar as malas ainda.Ao entrar, viu seus pais assistindo televisão na sala, só acenou e subiu para seu quarto.
Se havia uma coisa que Lune detestava ter de fazer, era fazer as malas!
Ela até tinha em seus armários uma bela coleção de malas de diversos tamanhos, formatos, com rodinhas, com alças, etc.Mas a questão era a arrumação, a ordem.Ela sempre tentava seguir um roteiro, mas as coisas nunca saíam como planejado, por que, a princípio, ela sempre acabava levando mais roupas do que realmente necessitava.
Como sempre fazia, começou pelas lingeries, meias, maiôs e biquínis.
Depois, calças, shorts, saias, vestidos, depois blusas e camisas, e não se esquecia de bonés, óculos de sol, absorventes higiênicos de vários tipos e tamanhos, eroupas de frio.Sim, roupas de frio !
Apesar de Okinawa ser um arquipélado de praias e ser sempre quente, ela nunca deixava de levar abrigos, moletons, casaquinhos e blusas de lã.
Tudo colocado e...a mala simplesmente não fechava !
-Droga ! Fecha, desalmada, anda, me obedece !
Dizia Lune para a mala, contrariada, mas a mala resistia em lhe desobedecer.E nada de conseguir fechar. Por isto ela detestava fazer malas !
Pegou uma segunda mala.Tirou parte das roupas e colocou na segunda. Mas aí se lembrou:ainda não tinha levado calçados !
Lá foi ela cata chinelinhos de dedo, sandálias, tênis, sapatinhos, depois lembrou do estojo de maquiagem, nécessaire com produtos de higiene e vaidade e colocou tudo de novo na segunda mala e...adivinhem?
A mala não fechou de novo !
-Mas que droga !Você também, ordinária?Está de conluio com a outra, é?
Gritou Lune para a segunda mala, lançando-lhe um olhar reprovador, mas a mala nada de reagir.
-Toma !
E as duas malas caíram no chão, e uma montanha de roupas e tranqueiras se espalhou pelo chão e  pior, se misturaram entre si!
-Droga, droga, droga, mil vezes droga, pombas !Obedeçam, caramba, custa tanto assim cooperar comigo?Não veem que eu estou nervosa?
Enfim, ela perdeu a paciência, colocou as duas malas na cama, e foi enfiando as roupas na mala de qualquer jeito, sem dobrar, amarrotando tudo, e acabou pegando uma terceira mala menor, só para os calçados e a nécessaire.
Foi quando sua mãe bateu na porta do quarto:
-Lune Tamsuki !Que gritaria é esta? O que está acontecendo?
-Nada, mãe !
Só que Lune tinha se esquecido de trancar a porta do quarto e como Momiji conhecia bem os “Nada, mãe” da filha, resolveu entrar, e viu as malas perfiladas na cama.
-Ah, enão é isto...brigando com as malas de novo...toda vez que você vai viajar, é isto... deixa eu ver estas malas !
-Deixa quieta, mãe, eu me viro...
-Ah, se vira sim, olha só!Tudo amassada, amarrotada, como você pode viajar deste jeito? Kazuooooooooo !
O pai de Lune apareceu.
-Sim, querida?
Momiji jogou as malas nos braços dele, que teve que pegá-las no ar , feito um malabarista.
-Leve estas malas para o quartinho de despejos, que vou passar tudo e guardar tudo decentemente para ela , querido !
-Sim, minha Capitã, estou indo agora...
-E você, filha, por favor, enquanto eu faço estas coisas, vá tomar um banho e colocar o pijama e vá dormir. E não se esqueça de não trancar a porta !Quando eu terminar, eu velho e deixo as malas prontinhas para você !
-Uff, está bem, está bem...
-Não está esquecendo nada não, mocinha?
-Obrigada, mamãe...
-De nada, e não está esquecendo mais alguma coisa?
Disse Momiji, apontando com o dedo para a bochecha.
Lune deu um beijinho no rosto dela.
-Agora está melhor !Boa noite, até amanhã e durma bem, e boa viagem !Fui !
E Momiji saiu do quarto.
-Ela não precisava ter este trabalho todo, eu me viraria muito bem...que droga ter gente fazendo as coisas no meu lugar para mim toda hora!Vou mais é tomar um banho e dormir !
E assim ela fez.
Quando Lune já estava até roncando, tarde da noite, a cansadíssima mãe dela vinha com as malas e entrava no quarto dela e deixava as malas no pé  da cama.
Ainda teve forças para das um beijinho carinhoso na testa da filha e acariciar seus cabelos, e foi para o quarto do casal, e desmaiou na cama de cansaço, enquanto Kazuo, lendo um livro na cama, continuou o que já vinha fazendo.

(Por Continuar)

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