Após
se aliviar, Lune saiu do banheiro e viu que já era hora de jantar e já estava
com fome outra vez.
Voltou
para a praça de alimentação e foi numa pizzaria, onde devorou uma pizza grande
inteira sozinha , mais para tentar passar a raiva que sentia do que pela sua fome.
Satisfeita,
pegou seu carro e voltou para casa.
Entava
cansada,mas tinha de arrumar as malas ainda.Ao entrar, viu seus pais assistindo
televisão na sala, só acenou e subiu para seu quarto.
Se
havia uma coisa que Lune detestava ter de fazer, era fazer as malas!
Ela
até tinha em seus armários uma bela coleção de malas de diversos tamanhos,
formatos, com rodinhas, com alças, etc.Mas a questão era a arrumação, a
ordem.Ela sempre tentava seguir um roteiro, mas as coisas nunca saíam como
planejado, por que, a princípio, ela sempre acabava levando mais roupas do que
realmente necessitava.
Como
sempre fazia, começou pelas lingeries, meias, maiôs e biquínis.
Depois,
calças, shorts, saias, vestidos, depois blusas e camisas, e não se esquecia de
bonés, óculos de sol, absorventes higiênicos de vários tipos e tamanhos,
eroupas de frio.Sim, roupas de frio !
Apesar
de Okinawa ser um arquipélado de praias e ser sempre quente, ela nunca deixava
de levar abrigos, moletons, casaquinhos e blusas de lã.
Tudo
colocado e...a mala simplesmente não fechava !
-Droga
! Fecha, desalmada, anda, me obedece !
Dizia
Lune para a mala, contrariada, mas a mala resistia em lhe desobedecer.E nada de
conseguir fechar. Por isto ela detestava fazer malas !
Pegou
uma segunda mala.Tirou parte das roupas e colocou na segunda. Mas aí se lembrou:ainda
não tinha levado calçados !
Lá
foi ela cata chinelinhos de dedo, sandálias, tênis, sapatinhos, depois lembrou
do estojo de maquiagem, nécessaire com produtos de higiene e vaidade e colocou
tudo de novo na segunda mala e...adivinhem?
A
mala não fechou de novo !
-Mas
que droga !Você também, ordinária?Está de conluio com a outra, é?
Gritou
Lune para a segunda mala, lançando-lhe um olhar reprovador, mas a mala nada de
reagir.
-Toma
!
E
as duas malas caíram no chão, e uma montanha de roupas e tranqueiras se
espalhou pelo chão e pior, se misturaram
entre si!
-Droga,
droga, droga, mil vezes droga, pombas !Obedeçam, caramba, custa tanto assim
cooperar comigo?Não veem que eu estou nervosa?
Enfim,
ela perdeu a paciência, colocou as duas malas na cama, e foi enfiando as roupas
na mala de qualquer jeito, sem dobrar, amarrotando tudo, e acabou pegando uma
terceira mala menor, só para os calçados e a nécessaire.
Foi
quando sua mãe bateu na porta do quarto:
-Lune
Tamsuki !Que gritaria é esta? O que está acontecendo?
-Nada,
mãe !
Só
que Lune tinha se esquecido de trancar a porta do quarto e como Momiji conhecia
bem os “Nada, mãe” da filha, resolveu entrar, e viu as malas perfiladas na
cama.
-Ah,
enão é isto...brigando com as malas de novo...toda vez que você vai viajar, é
isto... deixa eu ver estas malas !
-Deixa
quieta, mãe, eu me viro...
-Ah,
se vira sim, olha só!Tudo amassada, amarrotada, como você pode viajar deste
jeito? Kazuooooooooo !
O
pai de Lune apareceu.
-Sim,
querida?
Momiji
jogou as malas nos braços dele, que teve que pegá-las no ar , feito um
malabarista.
-Leve
estas malas para o quartinho de despejos, que vou passar tudo e guardar tudo
decentemente para ela , querido !
-Sim,
minha Capitã, estou indo agora...
-E
você, filha, por favor, enquanto eu faço estas coisas, vá tomar um banho e
colocar o pijama e vá dormir. E não se esqueça de não trancar a porta !Quando
eu terminar, eu velho e deixo as malas prontinhas para você !
-Uff,
está bem, está bem...
-Não
está esquecendo nada não, mocinha?
-Obrigada,
mamãe...
-De
nada, e não está esquecendo mais alguma coisa?
Disse
Momiji, apontando com o dedo para a bochecha.
Lune
deu um beijinho no rosto dela.
-Agora
está melhor !Boa noite, até amanhã e durma bem, e boa viagem !Fui !
E
Momiji saiu do quarto.
-Ela
não precisava ter este trabalho todo, eu me viraria muito bem...que droga ter
gente fazendo as coisas no meu lugar para mim toda hora!Vou mais é tomar um
banho e dormir !
E
assim ela fez.
Quando
Lune já estava até roncando, tarde da noite, a cansadíssima mãe dela vinha com
as malas e entrava no quarto dela e deixava as malas no pé da cama.
Ainda
teve forças para das um beijinho carinhoso na testa da filha e acariciar seus
cabelos, e foi para o quarto do casal, e desmaiou na cama de cansaço, enquanto
Kazuo, lendo um livro na cama, continuou o que já vinha fazendo.
(Por Continuar)
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