-Casamento não é corrida, meu carinho. Não estamos competindo um
com o outro. Não gosto quando você usa estes termos !
-Desculpe, minha linda !
Mais tarde um pouquinho, Lune chegou em casa. A limousine
Maybach parada na porta denunciava que os pais de Takeo estavam lá.
Lune parou seu carro, Mercedes Classe B200 turbo, que parecia pequeno diante da
limousine, na garagem, e entrou em casa.
Todos a receberam alegremente.
Finalmente, algum tempo depois, Takeo também chegou.
Todos sentados na sala, Kazuo começou a conversa:
-Muito bem, senhor Hayao, agora que a minha filha e seu
filho já chegaram , podemos finalmente tratar do casamento.
-Com certeza, senhor Kazuo. O primeiro ponto que eu queria
discutir é a respeito de onde será feita a cerimônia, aqui em Osaka, ou lá em
Nagoya?
-Para mim tanto faz, mas precisamos saber a opinião dos
nossos pombinhos aqui!
Disse Kazuo, divertido.
-Se vocês não se importarem, prefiro que seja aqui. Foi a
resposta de Lune.
-Eu concordo com ela! Declarou Takeo.
-Vejo que os dois estão mesmo bem afinados ! Disse Motoko.
-Estão sim, agora, precisamos ver como vão morar. Pois
eles estão querendo se mudar para o apartamento do Takeo-san, mas não sei o que
vocês acham da idéia.
-Olha, senhora Momiji, eu não acho uma boa idéia. Acho o
apartamento dele pequeno demais, e depois, se eles quiserem ter filhos, como
vão acomodá-lo num apartamento de um quarto só ?
-Corretíssimo, senhor Hayao. Eles precisam de um lugar
maior. Eu soube que os vizinhos da frente vão se mudar em breve e...
-Pai, nem pensar ! Nós adoramos todos vocês, mas
precisamos ter nossa vida própria! Nossa liberdade! E não teríamos privacidade
desta maneira...não acha, Takeo-kun?
-Acho sim, Lune-san.Tem um prédio a duas quadras do meu
que tem apartamentos de três quartos, muito espaçosos, um prédio antigo, mas
muito bem conservado. Outro dia nos visitamos um no quarto andar que esta ‘a venda,
e gostamos muito. Apenas uma pequena reforma, e ficará ótimo. O único problema é
que achamos ele meio caro.
-Entao é de vocês ! Será o meu presente de casamento !
-Obrigado, senhor Hayao, então eu pago a reforma para eles
!
-Negócio fechado, senhor Kazuo !
Então outros detalhes foram sendo discutidos e chegaram a
um bom acordo,e agora era a hora do almoço,
e este foi muito animado. O senhor Hayao nem parecia mais aquele homem sério
e severo de antigamente, ria, gargalhava, bebia sakhe e era notório, ele e Kazuo
tinham se tornado grandes amigos!
A família Tamasuki , no entanto não sabia nada sobre
cerimônias de casamento católicas, e a família Soryu teve de explicar tudo,
felizmente eles foram bem didáticos.
Na verdade Lune não ligava, nem nunca ligou para
cerimoniais de casamento, um simples casamento civil para ela já era o
suficiente, mas diante da vontade deTakeo e da família dele, não havia o que
fazer senão ceder.
‘A tarde os pais do noivo foram embora, e agora Lune podia pensar
em descansar e ficar um pouco em paz.
Quem dera a ela poder, mas...
Dali há pouco, Takeo
quis que ela conhecesse uma igreja católica, exatamente aquela na qual
iríam se casar, no centro da cidade.Lune acabou concordando, mas com uma
condição: que fossem no carro dela, que
era menor, pois o trafego no centro era muito complicado para um sedan europeu,
grande para os padrões japoneses.Ele resignou-se e foi pedindo as chaves.
-Não senhor. Quem vai dirigir desta vez sou eu! Vá no
banco do acompanhante.E vê se não fica tentando me beijar no meio do trânsito,
nem colocando a mão debaixo da minha saia ou vai se ver comigo ! Te deixo a pé!
-Está bem, esta bem, anjinho...
Ele disse
cabisbaixo, com cara de decepcionado.
Entraram no carro
de Lune, colocaram o cinto de segurança e saíram.
-Anjo, você não pode ir mais depressa?
-Estou dentro da velocidade máxima permitida na cidade.E
não vou arriscar nossa segurança.
-Mas está todo mundo buzinando e dando farol alto atrás,
amor...
-Não interessa, amor, eles
que me ultrapassem. Eu obedeço todas as leis.E por que a pressa?
-Nada, doçura, nada.
Logo havia um congestionamento ‘a frente e Lune parou. Então
Lune notou que havia um outdoor enorme
ao lado do carro dela, com uma moça de
bikini, e quando ela por si, Takeo estava com os olhos grudados nela.
-Para onde você está olhando, Takeo-kun?
-Han?
Lune foi ficando nervosa...
-Eu te perguntei para onde você está olhando, Takeo-kun !
-O que foi, anjo, não escutei...
-Soryu Takeo !
-O que foi, docinho? O que foi? Por que você está tão
nervosa?
-Para quem você está olhando, senhor machão garanhão taradão?
E Lune pegou no
queixo dele e virou o rosto dele para ela, rangendo os dentes , com um olhar
feroz.
-Para lugar nenhum, amor !
Disse ele, trêmulo.
-Pare de mentir para mim, Takeo-kun! Será que você nunca
vai aprender? Vai ser infantil assim até quando? Será possivel? Você estava
olhando a moça do outdoor !Mas que falta de respeito, que falta de noção, meu bem!Porque você não olha para mim? Heim? Por quê, me responde!
-Calma, fofa, calma...
-Calma coisa nenhuma, Takeo-kun! Pombas ! Quer ficar dando
uma de tarado, olhando com desejo, então olha para mim!
Lune levantou a saia e enfiou a cara dele por baixo com
toda a força.
-Olha para isto aqui, então !Ainda se tivesse ficado
admirando minhas pernas, eu ainda deixaria passar, mas não admito que você olhe
outras moças, especialmente na minha frente !
-Desculpe, meu bem...
-E não seja mais grosseiro, esconda este volume aí no seu
colo...ei, por que você colocou minha bolsa no banco de trás ? Eu não te disse para você
levá-la no seu colo?
-É que...o que vão pensar de mim, docinho...
(Por continuar)
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